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Brasília (13/8) – Na última terça-feira, 11/8, parlamentares do Senado Federal e da Câmara dos Deputados discursaram, em plenário, sobre o cooperativismo e sua relevância para o Brasil. A senadora Ana Amélia reforçou como o cooperativismo pode ser a saída para o desenvolvimento do país, alertando sobre as dificuldades econômicas que alguns setores passam.
Em suas palavras “Na época da agricultura dos anos 90, a situação era caótica, e elas (as cooperativas) se reinventaram e o sistema cooperativista superou as dificuldades. Agora, da mesma forma, estão, apesar de tudo, com as portas abertas”.
Em continuidade, o senador Waldemir Moka ressaltou a força do cooperativismo, em especial o de agronegócio, e teceu elogios à atuação da Cooperativa Aurora em São Gabriel do Oeste (MS).
Já na Câmara dos Deputados, o parlamentar Domingos Sávio fez uma reflexão sobre o atual momento brasileiro e destacou sua defesa ao cooperativismo, em especial às cooperativas de crédito. No mesmo dia, o deputado Giovani Cherini homenageou a Marcha das Margaridas e o valor da agricultura cooperativista.
Confira os discursos clicando abaixo:
Senadora Ana Amélia
Senador Waldemir Moka
Deputado Domingos Sávio
Deputado Giovani Cherini
Rio de Janeiro (13/8) – Dirigentes e lideranças cooperativistas, deputados estaduais e autoridades de diversas esferas governamentais acompanharam, no dia 10 de agosto, o lançamento da nova composição da Frente Parlamentar do Cooperativismo Fluminense (Frencoop Fluminense) na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Na ocasião também foi lançado o Instituto Brasileiro de Estudos em Cooperativismo (Ibecoop).
A missão da Frencoop é contribuir para o aperfeiçoamento da legislação cooperativista das instituições ligadas ao cooperativismo, a partir de uma atuação articulada e transparente, com debates e deliberações legislativas referentes ao setor. Entre os deputados integrantes estão: Julianelli, Paulo Ramos, Martha Rocha, Samuel Malafaia, Jorge Felippe Neto e Luiz Martins.
Atualmente, existem cerca de 1.700 cooperativas em todo o Estado e, juntas, possuem 200 mil associados, 15 mil empregados e movimentam mais de R$ 8,6 bilhões/ano. Entre ramos cooperativistas que mais se destacam no Rio de Janeiro, estão: Agropecuário, Crédito, Saúde, Trabalho, Transporte e Infraestrutura.
Cooperativismo é o caminho para sair da crise, dizem parlamentares
Durante o seu discurso, o presidente do Sistema OCB/Sescoop-RJ, Marcos Diaz, ressaltou a importância da Frencoop Fluminense e do segmento cooperativista para a economia. “O lançamento da nova composição marca um acontecimento da maior relevância para o progresso social que deve se manifestar através do exercício do cooperativismo fluminense, que produz elevados patamares de desenvolvimento socioeconômico sustentando, realizando de forma eficiente os objetivos de crescimento do país”, afirmou.
Marcos Diaz também falou que uma das formas para conseguir o crescimento é com o aperfeiçoamento acadêmico e legislativo. “A difusão da pesquisa científica, assim como o decorrente aperfeiçoamento legislativo são dois vetores intrinsecamente conectados e essenciais para o bom desempenho das altas finalidades do segmento”, comentou o presidente.
Na mesa diretora da Alerj, o deputado Paulo Ramos falou da necessidade em divulgar os benefícios do cooperativismo à sociedade. "O cooperativismo é uma forma superior de gestão, pois possibilita o desenvolvimento e a justiça social. Com a Frencoop daremos a nossa contribuição como instrumento da população”, disse o parlamentar.
Um dos fundadores e cooperado da Unimed Resende, o deputado Dr. Julianelli disse que, através dessa Frente Parlamentar, o cooperativismo ocupa seu lugar de destaque na sociedade fluminense. “Iremos participar e contribuir com iniciativas para que o segmento seja prestigiado e respeitado", resumiu.
Representando o governador Luiz Fernando Pezão, o chefe de gabinete Sérgio Poubel ressaltou que Pezão é entusiasta do segmento cooperativista e colocou o Governo do Estado à disposição para discussão e fomento do cooperativismo. “Quando foi prefeito de Piraí, o governador viu no associativismo uma forma de sair da crise local, e conseguiu. Por isso, acreditamos na Frencoop e nas questões que ela pode produzir para a economia”, afirmou Poubel.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Estado do Rio de Janeiro (OAB/RJ), Felipe Santa Cruz, citou a justiça social e a igualdade como os diferenciais do cooperativismo. “Quando se fala em cooperativismo, falamos na união de homens e mulheres de bem em prol do desenvolvimento conjunto e igualitário”, finalizou.
IBECOOP – Na sessão solene lançado o Instituto Brasileiro de Estudos em Cooperativismo (Ibecoop). O presidente da instituição, Ronaldo Gaudio, também assessor jurídico da OCB/RJ, afirmou que a meta do Instituto é dar mais profundidade aos estudos acerca do segmento. “Nosso propósito é dar mais capilaridade ao cooperativismo, colocando no mundo real as questões relacionadas às cooperativas”, disse. Mais detalhes em: www.ibecoop.org.
MEDALHA – Ainda durante a solenidade foi feita uma homenagem especial a dois nomes que vêm contribuindo para o desenvolvimento do cooperativismo no Rio de Janeiro e no Brasil. Carlos Alberto Pêgo, diretor da OCB/RJ e presidente da Federação das Cooperativas Odontológicas do Estado do Rio de Janeiro e Espírito Santo, e o professor José Horta Valadares, um dos maiores estudiosos em cooperativismo no Brasil, receberam a Medalha Fábio Luz Filho – a maior honraria do segmento no Rio de Janeiro. (Fonte: Assimp Sistema OCB/RJ)
João Pessoa (13/8) – Um dia para aproximar cooperativas dos entes públicos, esclarecer dúvidas e discutir soluções para o Ramo de Transporte. Assim foi a segunda edição do Projeto Portas Abertas na Paraíba, promovida nesta terça-feira (11/8) pelo Sistema OCB/PB. Gestores públicos de vários órgãos apresentaram seus projetos e serviços a representantes de cooperativas e empresas que atuam no ramo, na região metropolitana de João Pessoa (PB).
Pela manhã, houve palestras com o superintendente do Sescoop/PB, Pedro D’Albuquerque; o representante do ramo Transporte da OCB Nacional, Tiago de Barros Freitas; a presidente da Empresa Paraibana de Turismo (PBTur), Ruth Avelino; o secretário estadual de Turismo e Desenvolvimento Econômico do Estado (SETDE), Laplace Guedes; gerente de Fiscalização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), João Paulo de Souza e o coordenador de Fiscalização da ANTT – Unidade Regional PE, Arlindo Santos.
À tarde, os cooperados visitaram as sedes do Departamento de Estradas de Rodagens da Paraíba e o Serviço Social do Transporte/Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SEST/SENAT). O presidente do Sistema OCB/PB, André Pacelli, colocou os serviços oferecidos pela instituição à disposição das cooperativas e falou sobre as oportunidades para o setor no estado. Ele lembrou que “o potencial de crescimento turístico da Paraíba é enorme e há também outras opções para o setor”.
“Um exemplo é o polo industrial que está se desenvolvendo na divisa com Pernambuco. Hoje, muita gente que lá trabalha está morando em João Pessoa por conta da facilidade do trânsito e da qualidade das nossas estradas. E eu já tive a oportunidade de ver vans levando e trazendo estas pessoas. Há um mundo de oportunidades e, por mais que se fale em crise, a gente tem que saber aproveitá-las”, destacou.
O cooperado Sílvio de Barros, da Extremo Turismo e Transporte, destacou a importância do debate, especialmente, no tocante à participação da ANTT, que recentemente publicou a Resolução nº 4.777/15, que amplia a licença de viagem por trecho de 125 km para 540 km para cooperativas de transporte de passageiros cuja frota contenha micro-ônibus com até 20 lugares. “Eu fiquei feliz porque me pareceu um bom canal entre quem de fato trabalha e a autoridade responsável pelas resoluções e, nesse sentido, levar para cima as reivindicações de quem de fato está trabalhando e dependendo das resoluções que por eles são feitas”.
Para Elivaldo Silva de Sousa, que atua no ramo de turismo e fretamento de ônibus e vans, o evento foi uma forma de entender melhor como funciona o cooperativismo. “Não sou de cooperativa, porém estou tentando entrar porque estou vendo que o mercado está me levando à cooperativa para poder me manter. Este evento é de suma importância porque está dando a oportunidade da gente discutir mais sobre a questão da legislação, expor dúvidas e tentar equacionar isso para que se tenha mais soluções práticas”.
PROGRAMAS E SERVIÇOS – Os programas oferecidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) foram apresentados pelo superintendente da unidade paraibana, Pedro Albuquerque. Em seguida, o representante do Ramo Transporte, Tiago de Barros Freitas, da OCB Nacional, apresentou projetos institucionais.
Tiago elogiou a iniciativa da unidade estadual em promover a ação “Eu acho louvável a iniciativa da OCB e Sescoop da Paraíba promover o Portas Abertas, essa iniciativa que nasceu na unidade nacional, trazendo as cooperativas. O papel da unidade estadual é prestar serviço para a cooperativa e a gente percebe que muitas vezes a cooperativa acaba não conhecendo o que ele tem direito em relação ao que a unidade estadual pode oferecer”, afirmou. (Fonte: Assimp Sistema OCB/PB)
Interessados em participar do evento que discutirá experiências no setor lácteo devem se apressar para garantir sua inscrição
Brasília (12/8) – A troca de experiências e a interação entre as gerações de vinculadas à produção leiteira é o foco central do 2º Encontro de Jovens Produtores de Leite, a ser realizado entre os dias 15 e 17 de setembro, em Juiz de Fora (MG). O evento, promovido pela Federação Pan-americana do Leite (Fepale), em parceria com o Sistema OCB e a Embrapa Gado de Leite, está com as inscrições abertas.
No total, apenas 250 vagas foram disponibilizadas, por isso, os interessados têm de se apressar, tendo em vista o caráter internacional do encontro. A programação contará com atividades de interação, palestras, oficinas e visitas técnicas. Estão sendo esperados jovens com idade entre 18 e 30 anos, oriundos de 12 países. Clique aqui para se inscrever
Nesta edição, a sustentabilidade da atividade leiteira, melhoramento genético do animal e o orgulho de ser produtor de leite serão alguns dos temas tratados na programação. Clique aqui para acessar a produção
SOBRE O EVENTO – A 1ª edição do evento foi realizada em 2013, na cidade de Colonia del Sacramento, no Uruguai, e reuniu mais de 150 jovens dos seguintes países: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guatemala, Venezuela e Uruguai. O projeto foi criado para debater assuntos pertinentes aos profissionais da área, como a sucessão nas propriedades, a participação dos jovens nas organizações e entidades do setor, a migração para áreas urbanas, entre outros.
Ramo Mineral é prioridade para deputado Edinho Bez
Brasília (12/8) – Um dos principais nomes do cooperativismo no Congresso Nacional, Edinho Bez está no seu sexto mandato consecutivo como deputado federal. Integrante da diretoria da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) já representou os ramos Produção (2007-2008); Infraestrutura (2011-2013); e Mineral (2009-2010; 2013-2014; 2015-2016).
Há três anos como coordenador do Ramo Mineral da Frencoop, o parlamentar trabalha ativamente junto aos seus pares na construção de marcos regulatórios que possam viabilizar o trabalho das cooperativas brasileiras de mineração.
Em tramitação na Câmara dos Deputados desde 2013, o novo Marco Regulatório do Setor Mineral, de autoria do Poder Executivo, é a principal proposição sobre a temática em andamento na Casa Legislativa. Com o apoio do deputado Edinho Bez o Sistema OCB trabalhou e continua atento para que os pleitos da Ramo Mineral sejam inseridos na pauta do Congresso.
1. Qual é a sua relação com o cooperativismo?
Edinho Bez – Tenho intimidade com o cooperativismo. Sou defensor deste importante setor em todos os lugares onde me faço presente, em especial aqui no Congresso Nacional. Como catarinense, tenho orgulho de fazer parte de um estado onde o cooperativismo está muito presente e é capaz de transformar a vida das pessoas, em diversos ramos de atuação. Nas duas últimas duas décadas, entre outras prioridades, destacamos os avanços no cooperativismo, haja vista que no meu estado hoje, a metade de nossa população está inserida direta ou indiretamente no sistema. No caso do cooperativismo mineral, o qual tenho a honra de representar na Frencoop, estamos representados em 17 Unidades Estaduais com cooperativas que agregam mais de 85 mil cooperados, em atividades diversas. A sua formação se dá por pessoas com o interesse em comum de minimizar um gargalo existente na Federação, Estado, Município e/ou até mesmo na comunidade.
2. Como o cooperativismo pode colaborar para o desenvolvimento do setor mineral?
Edinho Bez - Dentre os princípios diretivos de atuação pelo cooperativismo temos o “desenvolvimento das comunidades”. O setor mineral ainda enfrenta alguns gargalos que impedem o seu fortalecimento e promoção, observando este princípio podemos afirmar que as cooperativas são a melhor forma de organização da atividade, onde a comunidade é inserida no processo de extração sustentável, agregação de valor e fomento a novos negócios. Inclusive recentemente estivemos juntamente com o presidente da nossa OCB, o amigo Márcio Lopes de Freitas, em uma audiência com o ministro de Minas e Energia, Carlos Eduardo de Souza Braga, onde tratamos de inúmeros assuntos do sistema cooperativista.
Outro importante ponto a destacar é o fator econômico, em especial a forma de distribuição dos recursos arrecadados através da CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais). Hoje 60% do valor pago pela exploração mineral vai para o município no qual estão os recursos extraídos, isso gera recursos para as prefeituras, além de aquecer a economia da região.
3. Com relação ao novo Marco Mineral, por que são necessárias alterações ao texto enviado pelo Poder Executivo?
Edinho Bez - O novo Marco Regulatório da Mineração tem como objetivo flexibilizar e modernizar a atividade mineral. Observando que o atendimento está direcionado para as grandes e médias empresas, entendemos ser imprescindível inserir as cooperativas neste momento histórico para o setor. As cooperativas representam a pequena extração mineral, são elas as responsáveis por viabilizar o trabalho dos nossos garimpeiros e o sustento de suas famílias, além de garantir que as extrações sejam feitas de forma correta. Não podemos deixá-las de fora dos debates e regulamentações que visam o seu desenvolvimento. Vale lembrar que estive, juntamente com representantes da OCB, discutindo em audiência com o deputado federal Leonardo Quintão, relator da matéria na Comissão Especial, onde na oportunidade ficou de acatar algumas sugestões solicitadas e justificadas por nós.
4. Como estão as negociações para atender os pleitos do cooperativismo dentro do Novo Marco da Mineração?
Edinho Bez – Como já citei, na resposta anterior, o relator da matéria na Comissão Especial, deputado Leonardo Quintão, tem recebido e analisado nossos pedidos de forma muito receptiva. Devemos lembrar que demandas do ramo mineral representam as prioridades das cooperativas. Entendemos que o projeto tem por objetivo atender todas as formas de extração mineral, dessa forma, estamos buscando inserir nossos pleitos para resguardar a forma operacional da atividade num todo. O que buscamos junto ao relator e aos membros da comissão é assegurar o adequado funcionamento e operacionalização das cooperativas do setor mineral.
SAIBA MAIS
NOVO MARCO REGULATÓRIO DO SETOR MINERAL - Em junho de 2013 a presidente da República, Dilma Rousseff, em solenidade no Palácio de Planalto, apresentou o projeto de lei que visa alterar as atuais regras do setor mineral. A proposição também tem por Objetivo criar uma Agência Reguladora para o setor. Tramitando na Câmara dos Deputados sob o número 5807/2013, a matéria foi apensada ao Projeto de Lei 37 de 2011, e enviada a uma Comissão Especial para análise.
Sob a relatoria do deputado Leonardo Quintão a matéria recebeu um parecer preliminar que acata 80% das solicitações do setor cooperativista mineral. Com o fim da 54ª legislatura em 2014 foi necessário a reinstalação da Comissão Mista. No momento a relator prepara um novo parecer e negocia as novas alterações ao texto já apresentado.
Medicilândia (12/8) – Produzir chocolate com o verdadeiro sabor da Amazônia. Esta é a missão da CacauWay, indústria de chocolate mantida pela Cooperativa Agroindustrial da Transamazônica (Coopatrans) que aquece o comércio regional com mais de 20 produtos como bombons de recheios variados, achocolatados, geleia, e licor. Sediada em Medicilândia, a CacauWay elevou o município à posição de maior produtor de cacau do mundo com uma produção de 35 milhões de toneladas/ano.
A Cooperativa foi criada como uma alternativa de atividade econômica que respeita o meio ambiente e contribui para o desenvolvimento socioeconômico da Amazônia. “A região sempre enfrentou muitos problemas de degradação ambiental. Nossa proposta era ser uma iniciativa que gerasse emprego e renda e que alavancasse a economia regional sem comprometer a questão ambiental. Conseguimos provar que é possível criar uma marca preocupada com o desenvolvimento da Amazônia e com a integridade das comunidades locais. Hoje, a CacauWay se destaca e começa a ser reconhecida, chegando também a outras regiões paraenses. A meta é continuar evoluindo para que o chocolate amazônia seja conhecido nacionalmente e até fora do país”, afirma o presidente da Coopatrans, Ademir Venturin.
O diferencial dos produtos da marca é a qualidade do Cacau. Os chocolates possuem diferentes percentuais da fruta, agradando aos mais variados gostos. A CacauWay produz tabletes com 30%, 60%, 65% e 70% de cacau com 16 variedades de recheios.
“Utilizamos uma grande quantidade da massa da fruta. Priorizamos o controle de qualidade com a seleção dos frutos, garantindo a produção de um chocolate bom para os nossos clientes. Outro fator de destaque é que não adicionamos outra gordura que não seja proveniente da gordura do próprio cacau. Ou seja, nosso chocolate é sem gordura trans”, complementa Ademir.
Formada por quarenta agricultores familiares, a cooperativa já possui seis lojas de comercialização nos municípios de Altamira, Castanhal, Anapú, Santarém e em Medicilândia com apenas quatro anos de funcionamento. É a única indústria de chocolates da região norte que faz todo o processo desde a moagem da amêndoa ao beneficiamento final. Até a embalagem dos chocolates é feita na região, com o artesanato das mulheres dos agricultores a partir da folha da fruta.
MERCADO – O mercado da Cacauicultura vem se destacando como principal atividade agrícola no Oeste do Estado. O território da Transamazônica é o maior pólo produtor de cacau do Pará com produção aproximada de 35,1 mil toneladas, que corresponde a 74,5% da produção total do Estado. A região apresenta diversas condições favoráveis para o cultivo como a presença da terra roxa, um solo de alta fertilidade.
No Estado, sete cooperativas atuam no segmento. O Sistema OCB/PA (Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Pará) acompanha a cadeia cooperativista cacaueira com ações estratégicas de fortalecimento do setor como capacitações, consultorias e captação de recursos nos municípios.
“O Sistema está se esforçando para fortalecer as cooperativas e contribuir para o crescimento desse mercado promissor a partir de ações direta de incentivo ao segmento. Nossa proposta é expandir a produção das cooperativas e possibilitar maiores oportunidades de comercialização desses produtos que são, comprovadamente, de alta qualidade. Já são referência dentro do mercado nacional e queremos elevá-lo a patamares ainda maiores”, afirma o Presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol. (Fonte: Assimp Sistema OCB/PA)
Capacitação é fruto de um acordo de cooperação cujo objetivo é o fortalecimento das cooperativas do Ramo Agropecuário
Brasília (11/8) – As linhas de financiamento agrícola ofertadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foram o foco da primeira capacitação de técnicos de unidades estaduais e nacional, ocorrida hoje, a sede da OCB/RJ, na capital fluminense. Este é o resultado de um termo de cooperação técnica assinado no fim do ano passado, entre o banco e a Organização das Cooperativas Brasileiras, com o objetivo de aumentar a competitividade das cooperativas do Ramo Agropecuário, por meio de recursos captados junto à instituição financeira.
No total, 22 técnicos de 15 unidades, mais o coordenador do Ramo Agro no Sistema OCB, Paulo Cesar Dias do Nascimento Junior, participaram da capacitação, que detalhou temas como: programas de operacionalização, o apoio que pode ser dado pelo BNDES às cooperativas agropecuárias e agroindustriais e, ainda, o Programa ABC.
Para o presidente do Sistema OCB, contar com o apoio do BNDES é de extrema relevância considerando o momento atual do cenário cooperativista. “As cooperativas estão crescendo muito e o setor deverá crescer ainda mais. Ter equipes que conheçam os produtos do BNDES, que podem beneficiar as cooperativas, vai fortalecer bastante o nosso processo de desenvolvimento”, comenta Márcio Freitas.
Para o líder cooperativista, o Acordo de Cooperação Técnica fortalece o relacionamento institucional entre as casas e “é mais um importante passo para acelerar o ritmo de fortalecimento de nossas cooperativas agropecuárias, uma vez que visa a divulgação permanente e atualizada das políticas e formas de atuação do BNDES para a promoção do acesso das cooperativas às suas linhas de financiamento.”
O superintendente do BNDES, Marcelo Porteiro, durante a cerimônia de assinatura do termo de cooperação, deixou claro que as cooperativas são um dos focos principais da atual gestão do banco. “Quando o BNDES empresta um recurso, é muito importante que seja evidenciada a transparência do tomador, para sabermos que o valor tomado será, de fato, aplicado. O que temos observado é que as cooperativas são muito transparentes, por isso elas são prioridade”, avalia Marcelo Porteiro.
CAPACITAÇÃO – Técnicos do BNDES ofereceram um programa de treinamento aos colaboradores do Sistema OCB, que tenham vinculação com o Ramo Agropecuário, com a intenção de que eles sejam, a partir de hoje, os multiplicadores sobre as formas de apoio do banco ao setor.
FORTALECIMENTO – Com vigência de 60 meses, o acordo de cooperação técnica é um importante passo do setor, porque permitirá adequar e disseminar as linhas de financiamento público para o investimento, custeio e capital de giro das cooperativas agropecuárias, permitindo que os associados em cooperativas possam se fortalecer por meio da economia de escala e abrindo a possibilidade para que estes atuem em condições de igualdade em relação às sociedades empresárias.
RECURSO – Atualmente, o BNDES possui diversas linhas de financiamento, voltadas às cooperativas agropecuárias, como o Programa de Capitalização das Cooperativas Agropecuárias (Procap-agro), o Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop), o Pronaf Agroindústria Investimento e o BNDES PSI. Desde 2009, o banco já desembolsou mais de R$ 13 bilhões para cooperativas por meio dos seus diversos Programas.
BANCO – O BNDES é hoje o principal instrumento de financiamento de longo prazo para a realização de investimentos em todos os segmentos da economia, em uma política que inclui as dimensões social, regional e ambiental. Desde a sua fundação, em 1952, o BNDES se destaca no apoio à agricultura, indústria, infraestrutura e comércio e serviços, oferecendo condições especiais para micro, pequenas e médias empresas. O Banco também vem implementando linhas de investimentos sociais, direcionados para educação e saúde, agricultura familiar, saneamento básico e transporte urbano.
OUTROS DESDOBRAMENTOS – Além da capacitação realizada hoje, no Rio de Janeiro, o acordo de cooperação também prevê outros dois desdobramentos: visita do BNDES a cooperativas para apresentação das linhas de financiamento aos cooperados (vagas limitadas); Inclusão de palestra do BNDES em eventos organizados pelas unidades estaduais, além do desenvolvimento de cartilhas sobre os programas. Desta forma, as unidades estaduais que não participaram do treinamento ainda podem obter o mesmo conteúdo, integrando-se a umas ações mencionadas.
Brasília (11/8) – Representantes do Sistema OCB acompanharam hoje de manhã o lançamento do Programa de Investimento em Energia Elétrica (PIEE), realizado no Palácio do Planalto. O evento contou com participação da presidente da República, Dilma Rousseff, do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, além de diversos integrantes do governo federal, do Poder Legislativo e integrantes da cadeia produtiva energética do país.
O tema “infraestrutura energética” é um dos assuntos que têm sido acompanhados de perto pelo Sistema OCB, visto que traz impactos nos âmbitos da competitividade e da sustentabilidade da produção econômica no país, afetando o dia-a-dia das cooperativas brasileiras, em especial das do Ramo Infraestrutura. O tema também é tratado no documento Propostas do Sistema OCB à Presidência da República – 2015-2018. Além disso, o grande incentivo do Governo Federal à geração por fontes renováveis gera mais uma importante oportunidade de atuação para as cooperativas de eletrificação.
PIEE – O programa prevê a contratação de R$ 186 bilhões em investimentos novos de geração e transmissão elétrica entre agosto de 2015 e dezembro de 2018. De acordo com o plano, serão leiloados R$ 116 bilhões em obras de geração e R$ 70 bilhões em linhas de transmissão. Os objetivos apresentados pelo governo são: ampliar a oferta de energia no país, tornar os preços mais competitivos com o mercado internacional e aumentar o uso de fontes limpas e renováveis.
GERAÇÃO – Dos novos projetos de geração de energia que devem ser contratados, o PIEE prevê que sejam investidos R$ 42 bilhões (até 2018) e outros R$ 74 bilhões (após 2018) para agregar ao sistema elétrico entre 25 mil MW e 31,5 mil MW. Os investimentos serão em: hidrelétricas, termelétricas e energias renováveis (biomassa, eólica e solar).
TRANSMISSÃO – Na transmissão, até 2018 deverão ser leiloados 37.600 quilômetros de linhas, com investimentos previstos de R$ 70 bilhões, sendo R$ 39 bilhões a serem executados até 2018 e os R$ 31 bilhões após esse período. Os investimentos serão em: escoamento para novas usinas, reforços do sistema e atendimento da carga e interligações regionais.
CONSOLIDAÇÃO – No lançamento do PIEE, foi apresentada ainda a consolidação dos investimentos contratados em anos anteriores que terão etapas a serem executadas nesse quadriênio. São mais R$ 114 bilhões a serem executados no período (R$ 92 bilhões em geração e R$ 22 bilhões em transmissão), ampliando no curto prazo a oferta de energia. Na geração, entre 2015 e 2018 serão concluídos 35.022 MW, sendo quase 12 mil MW de energia eólica, solar e biomassa.
Quando somados os investimentos que terão execução entre 2015 e 2018, parte deles do PIEE e parte provenientes dos projetos contratados anteriormente e ainda em execução, constata-se que o setor elétrico brasileiro concretizará investimentos de R$ 195 bilhões neste quadriênio, sendo R$ 134 bilhões em geração e R$ 61 bilhões em transmissão.
O PIEE consolida a base hidrotérmica do setor elétrico brasileiro, com ampliação da presença de gás natural, em substituição a combustíveis mais caros e mais poluentes, e com uma expansão crescente de outras fontes renováveis, além da hidrelétrica. O programa também buscará o caminho da diversificação energética, com a ampliação do uso da biomassa, da energia eólica, e da energia solar fotovoltaica.
Brasília (11/8) - Com o intuito de ampliar o conhecimento sobre o cooperativismo, a estrutura e o funcionamento das duas entidades OCDF e Sescoop/DF no meio político, a Organização das Cooperativas do Distrito Federal e a Presidência da Assembleia Legislativa do DF promovem no dia 14/8, uma palestra sobre o setor, destianda a assessores de parlamentares da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
De acordo com o assessor parlamentar da OCDF, Ruy Telles, a palestra é fundamental para que os assessores adquiram noções sobre o cooperativismo. “Constantemente, os deputados são procurados por cooperativas, para reivindicações que nem sempre são do conhecimento deles. Este encontro vai proporcionar uma compreensão melhor sobre segmento, permitindo um debate para tirar dúvidas e trocar informações”, exemplificou. (Fonte: Assimp Sistema OCDF)
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Evento: Palestra sobre o cooperativismo para assessores de parlamentares da Câmara Legislativa
Data: 14/8/15
Local: Sala de Comissões nº 1 – Térreo Superior da Câmara Legislativa
Informações: 3345-3036
Curitiba (11/8) – O secretário-chefe da Casa Civil do Governo do Paraná, Eduardo Sciarra, recebeu as sugestões do setor cooperativista para o programa estadual de desburocratização. Ele participou, ontem de manhã, da reunião de diretoria do Sistema Ocepar, na sede da entidade, em Curitiba. Sciarra afirmou que submeterá as propostas do cooperativismo às várias áreas do governo envolvidas na formatação do novo programa.
“No máximo em 45 dias deveremos ter ações definidas para a desburocratização. Viemos aqui, na Ocepar, para ouvir as demandas e coletar as sugestões do setor cooperativista com o objetivo de reduzir a burocracia nas diversas esferas de atuação do governo estadual”, afirmou.
“Temos problemas e precisamos criar mecanismos para facilitar e agilizar os procedimentos, em específico no que diz respeito aos licenciamentos, que afetam ao setor produtivo. A contribuição do cooperativismo é muito positiva para formatarmos o programa eficaz e abrangente”, ressaltou. (Fonte: Assimp Sistema Ocepar)
Brasília (10/8) – A 19ª Conferência Regional da Aliança Cooperativa Internacional para as Américas já tem data e local marcados. O evento ocorrerá na Cidade do Panamá, entre os dias 15 e 18 de setembro. São esperados mil delegados de todo o continente americano. A conferência será aberta com uma palestra da presidente da Aliança Cooperativa Internacional, Dame Pauline Green, que falará sobre a participação das cooperativas na economia, poder e desenvolvimento.
No primeiro dia de evento será realizado o Encontro de Parlamentares. Membros dos parlamentos de diversos países americanos se reunirão para discutir avanços e trocar experiências em melhorias dos arcabouços jurídicos voltados para o cooperativismo. Ocorrerá também, no primeiro dia, os encontros das cooperativas agropecuárias e de trabalho, além das reuniões do grupo de jovens e de igualdade de gênero.
O segundo dia focará no eixo sustentabilidade, já o terceiro focará no eixo participação e o último dia nos marcos jurídicos voltados ao cooperativismo no continente.
A ACI-Américas é uma organização internacional vinculada à Aliança Cooperativa Internacional. Com organizações-membro em 21 países do continente americano, a ACI-Américas trabalha pelo desenvolvimento do cooperativismo no hemisfério ocidental atuando fortemente junto aos governos dos países, organizações internacionais e entidades privadas. Com sede em São José da Costa Rica, a ACI-Américas foi fundada em 1989, sendo hoje a organização regional da ACI com o maior número de integrantes.
A programação completa, bem como as inscrições para o evento estão disponíveis no site da ACI-Américas: www.aciamericas.coop.
Campo Grande (10/8) – A TV Morena destacou o cooperativismo em sua programação. O assunto abordado foi o projeto de recuperação de nascentes desenvolvido por um grupo de cooperadas da Copasul e suas esposas. O Projeto surgiu dentro do curso de Liderança Feminina da Cooperativa e tem como objetivo a recuperação de nascentes de um dos afluentes do rio Laranjaí, de Naviraí, e foi uma das ações do Dia de Cooperar. Clique aqui para assistir
"Manaus (10/8) – A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Amazonas, em parceria com o Sistema OCB/AM, realizará no dia 14/8, um painel sobre Direito Cooperativo abordando temas como “O cooperativismo na Constituição Federal, A terceirização e as cooperativas de trabalho e O futuro das cooperativas de saúde”.
O evento contará com três palestras a serem proferidas por Fábio Medina Osório, ex-promotor de justiça do Rio Grande do Sul e doutor em Direito Sancionador pela Espanha; por Jeibson Justiniano, procurador regional do Trabalho; e Otávio Gomes, promotor de justiça da 51ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor.
O evento, voltado para dirigentes, colaboradores e cooperados, além de estudantes e operadores de direito, contará também com três debatedores em cada palestra. A intenção é dinamizar e enriquecer as discussões e aprimorar o conhecimento dos participantes sobre o cooperativismo. As atividades começam às 9h, no auditório da OAB, em Manaus. Confira a programação
(Fonte: Assimp Sistema OCB/AM)
De acordo com o Banco Central, as categorias são: plenas, clássicas e de capital e empréstimo
Brasília (6/8) – O Banco Central do Brasil (BCB) tem, a partir de hoje, 90 dias para enquadrar as cooperativas de crédito em três categorias: plenas, clássicas e de capital e empréstimo. A nova segmentação foi anunciada ontem pelo presidente do BCB, Alexandre Tombini, durante evento que reuniu em Brasília, as principais lideranças do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo. A intenção é segmentar as cooperativas por perfil de risco.
Este é o teor da Resolução nº 4434/15, editada pelo BCB e publicada hoje no Diário Oficial da União. O texto do normativo foi submetido à consulta pública, no ano passado e contou com intensa participação da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), por meio de seu Conselho Consultivo do Ramo Crédito (CECO), que enviou diversas contribuições.
“No geral, acredito que o cooperativismo tem muito a celebrar. Mesmo que algumas de nossas sugestões não tenham sido acatadas, o teor da Resolução atende muito bem ao setor, colaborando para que o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo continue em seu crescimento exponencial com a solidez e segurança necessárias para atingirmos a meta de, em dois anos, termos 10 milhões de cooperados. É um desafio, mas as cooperativas têm condições de alcançar esta marca”, comenta o coordenador do CECO, Celso Regis Ramos.
De acordo com o Banco Central, com a mudança as cooperativas serão enquadradas nas categorias plena (que podem praticar todas as operações), clássicas (que não podem ter moeda estrangeira, operar com variação cambial e nem com derivativos – instrumentos do mercado futuro – entre outros) e as de capital e empréstimo (que não poderão captar depósitos, sendo seu "funding" apenas o capital próprio integralizado pelos associados).
PRAZO – O enquadramento será realizado com base nas informações de balancetes já apresentados ao banco. Quando a cooperativa receber a indicação de sua categoria terá, também, um prazo de 90 dias para concordar ou solicitar a revisão da classificação.
SOBRE O SETOR – O cooperativismo de crédito se constituiu com a importante missão de ser instrumento de organização econômica da sociedade. O que se propõe não é o lucro, mas a inclusão financeira de milhões de pessoas no mundo, independentemente da origem, atividade econômica ou classe social. Ao longo do tempo, conquistou a confiança e provou ser um modelo sustentável e moderno. Hoje, atuam 57 mil cooperativas de crédito em 103 países, reunindo 208 milhões de pessoas.
Estes números representam instituições financeiras que além de oferecerem produtos e serviços ao mercado, trazem aos associados a possibilidade de serem donos do negócio e não apenas clientes. No Brasil, a visão de sustentabilidade do cooperativismo de crédito ganha uma importância maior com o atual momento do cenário econômico.
Os associados têm confiança na solidez do nosso modelo de negócio e, neste cenário com elevação da taxa de juros, um contexto internacional turbulento e ações em curso para ajustes na política econômica do país, o cooperativismo de crédito se sobressai e mantém-se em curva ascendente de indicadores.
Segundo dados da OCB, a base de associados do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) teve um crescimento de 171%, de 2006 a 2014. Em relação ao volume de ativos, o total no período analisado aumentou em 590%, alcançando a cifra de R$ 143,6 bilhões em 2014.
Entre a crise financeira mundial, em 2009, e o início da estabilização do Sistema Financeiro Nacional, em 2011, o cooperativismo de crédito deu um salto no volume de ativos de R$ 37 bilhões para R$ 58 bilhões – quase dobrando de tamanho. O volume de operações de crédito teve crescimento total no período de 483%, o que representa, em média, um aumento ano a ano de 60,3% nas operações das cooperativas de crédito.
"Brasília (5/8) – Durante o seminário Novo Ciclo do Cooperativismo de Crédito no Brasil, realizado na sede do BCB, o presidente do Banco Central, ministro Alexandre Tombini, fez questão de destacar que a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) é sempre o primeiro parceiro a ser buscado na hora de se relacionar com as cooperativas de crédito.
“É muito importante destacar que, na ação junto às cooperativas de crédito, o Banco conta muito particularmente com o apoio de entidades representativas do segmento. A Organização das Cooperativas Brasileiras, como representante do sistema cooperativista, e o seu conselho consultivo, o CECO, sedimentaram ao longo do tempo um canal que permite o acesso do Banco Central às principais demandas das instituições reguladas, assim como nos transmite os problemas enfrentados por seus associados”, ressalta o presidente do Banco Central. (Clique aqui para ler o discurso na íntegra)
Tomibini aproveitou o anúncio da resolução que classifica as cooperativas de crédito em três categorias para lançar um desafio a ser superado em dois anos: “Diante de tantas lideranças do movimento cooperativista aqui presentes, quero aproveitar o início deste novo ciclo para lançar aqui um desafio ao setor, para que iniciemos hoje a caminhada rumo aos 10 milhões de cooperados. A partir da continuidade do trabalho dos que militam nesse setor, em conjunto com a atuação prudencial do Banco Central, acredito que esse segundo dígito pode ser alcançado em poucos anos.”
Ele lembrou que o sistema cooperativista de crédito do Brasil, atualmente, está constituído por dois bancos cooperativos, quatro confederações, 35 cooperativas centrais e mais de mil cooperativas singulares de crédito, acrescentando que o quadro de associados saltou de 4,2 milhões, em 2010, para 7 milhões em 2014.
FORÇA – O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, agradeceu à parceria com o Banco Central e elogiou a diretoria técnica do Banco, na figura do diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania do Banco, Luiz Edson Feltrim. “Sem a abertura e a dedicação dessas equipes do Banco Central dificilmente teríamos avançado até aqui. O Ramo Crédito, representado aqui por tantas lideranças nacionais, está presente social e economicamente no país, quando gera emprego, renda, qualidade de vida. Essa é a força deste ramo”, comenta Márcio Freitas.
RESILIÊNCIA – Fazendo uma breve contextualização histórica sobre a crise global de 2008, o presidente do Sistema OCB disse que as cooperativas mostraram sua resiliência. “O setor se reinventou, encontrou caminhos e soluções para os problemas que impactaram não só empresas, mas governos. Os efeitos da operação das cooperativas, ao redor do mundo, apesar das dificuldades da crise econômica, levaram a ONU a declarar 2012 como Ano Internacional do Cooperativismo. Então, afirmo sem dúvida, que na crise, as cooperativas podem ser os parceiros mais estratégicos dos governos sérios, porque organiza pessoas com princípios e valores éticos capazes de revolucionar um sistema”, enfatiza Márcio Freitas.
HOMENAGEM – Roberto Rodrigues, embaixador da ONU para o cooperativismo mundial, fez questão de ressaltar que a atuação do Banco Central em prol do desenvolvimento do cooperativismo brasileiro é fundamental para o crescimento econômico do país. “A abertura do Banco para discutir assuntos do nosso setor é uma homenagem ao trabalho de tantas pessoas que nos antecederam na estruturação do Ramo Crédito. É, sim, uma homenagem ética, moral e histórica para todas as pessoas que constroem o país por meio da operação incansável de suas cooperativas”, reconhece.
Para ele, na superação de crises, o movimento cooperativista se constitui o melhor exemplo de ferramenta estratégica. “As cooperativas são, definitivamente, o caminho mais plausível para que a população participe da governança do país. O cooperativismo é um aliado incansável, um braço econômico como poucos, para um governo inteligente”, conclui Roberto Rodrigues.
SEGURANÇA – O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que também participou da abertura do seminário de hoje, na sede do Banco Central do Brasil, disse que a nova classificação aumenta a segurança do sistema e pode reduzir custos, uma vez que as cooperativas serão acompanhadas de acordo com o tamanho do risco de suas operações. “A medida é um ótimo exemplo daquilo que é estrutural, pois segmenta o setor e traz clareza e reponsabilidade a esses operadores de crédito. A segmentação, sem dúvida, contribuirá com a continuidade do crescimento do Brasil”, avalia o ministro da Fazenda.
Cooperativismo é saída para desenvolver agropecuária, diz economista
João Pessoa (5/8) – Quando o assunto é a conciliação entre agropecuária, desenvolvimento e meio ambiente, o professor Sinésio Fernandes Maia, é categórico: “o cooperativismo é a saída”. Ele coordenou entre os dias 26 e 29 de julho, o 53º Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural (Sober), realizado em João Pessoa (PB), com apoio do Sistema OCB/PB.
Professor do Departamento de Economia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Sinésio defende que a conjunção de forças proporcionada pelo modelo de organização cooperativista é a melhor forma de solucionar problemas relacionados à produção e comercialização, entre outras dificuldades enfrentadas pela agropecuária.
A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) foi lembrada pelo professor Sinésio Fernandes como uma das apoiadoras fundamentais para sucesso do evento, que reuniu 1,1 mil participantes. O setor cooperativista também foi destaque em palestras, trabalhos apresentados no congresso, além do estande do Sistema OCB/PB, que ofereceu informações e orientação aos participantes.
Na entrevista abaixo, o professor Sinésio Fernandes avalia o evento e tece considerações sobre Cooperativismo e outras temáticas debatidas ao longo do congresso.
Considerando o tema do evento, como o cooperativismo pode conciliar o desenvolvimento agropecuário com equilíbrio ambiental?
Sinésio Fernandes - Acho que [o cooperativismo] seria a saída. Seja na produção ou na comercialização dos produtos locais, na hora de negociar preços de insumos e preços finais para o produtor. O cooperativismo para mim é a saída para qualquer construção de organização produtiva. Toda vez que você pensa em uma produção e tenta fazer isoladamente, perdemos poder de barganha, de determinação de preço e de negociação de custos. Então, quando entendemos a ideia do cooperativismo como fortalecimento e conjunção de várias forças para um determinado setor, vemos que é uma saída para solucionar problemas locais, às vezes são tão difíceis quando se está isolado.
Na Paraíba, quais as alternativas para o desenvolvimento do cooperativismo?
Sinésio Fernandes - Um dos parceiros nossos nesse evento é a cooperativa de laticínios Leite Cariri (Coapecal), um exemplo de organização e administração. Apesar de, ao longo do tempo, estar sem condições de maior densidade de associados, nos serve, ainda, de exemplo de organização. Sem uma essa conjunção local, perde-se espaço para lugares mais organizados. Se não se organizar enquanto cidadão ou empresa, perde-se competitividade. Tem de ser competitivo porque as grandes empresas e grandes cooperativas não estão brincando no mercado, estão lutando para sobreviver.
Espero que após toda essa discutição, tenhamos um legado nos processos de produção, transformação, comercialização do produto, na gestão de políticas públicas, na importância de se juntar para fazer planejamento estratégico... Necessitamos muito dessa forma de organização.
Qual a importância de eventos como este, para o fortalecimento dos elos entre universidade e outros entes do setor produtivo?
Sinésio Fernandes - Primeiramente, esse evento não se realizaria se não tivesse o apoio destas instituições, entre elas a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), na participação local do Sescoop, em nome de André Pacelli, que foi quem primeiro sinalizou que o evento seria realizado, pois tem a dimensão da importância de se discutir o tema”. Ele sinalizou positivamente desde o primeiro momento em que a gente foi sondar se teria parceiros para trazer esse evento para cá.
Qual a sua avaliação do evento?
Sinésio Fernandes - O evento tem 53 anos de vida e, pela primeira vez, nós trazemos esta discussão sobre o meio rural nacional para a Paraíba. Qual é a motivação de se fazer um evento dessa envergadura na Paraíba? É muito fácil dizer que o setor agropecuário da Paraíba tem pouca participação na construção do PIB, mas isto não é completamente verdade. Se fizermos uma medida correta da participação do agronegócio, nós vamos ter uma série de outros indicadores que não representam somente os 6% que geralmente são computados de participação do setor [no estado].
Então, quando trazemos um congresso dessa envergadura para “dentro de casa”, nós vamos discutir desde o método de cálculo que indica a importância do agronegócio para a construção do PIB até as políticas públicas.
Nós temos diversos focos aqui. É um evento que reúne economistas do Brasil todo e do exterior, com várias expertises como administração rural, sociologia rural e economia rural. É uma oportunidade de juntar todo esse pessoal num mesmo espaço e podermos tirar um legado disso. São 1.450 submissões, 800 trabalhos foram aprovados, 88 trabalhos colocados em forma de painéis em dos nove painéis setores que têm temas específicos. Etanol, Comércio Exterior, Políticas Públicas, Agricultura Familiar, Cooperativismo... Todos temas relacionados ao mundo do agronegócio e este ano a gente sugeriu mais a discussão sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.
Temos no evento professores, pesquisadores, alunos de graduação e pós-graduação, técnicos de setores públicos da Agricultura, além de instituições como Senar e OCB. Todos estes técnicos podem numa reunião desta se integrar e trocar informações de forma bastante objetiva.
Esperamos que o legado seja juntar esse pessoal todo para que a gente possa discutir, depois de tantas palestras e trabalhos, uma política de melhorias locais para o estado da Paraíba e a região Nordeste.
(Fonte: Assimp Sistema OCB/PB)
Durante sessão solene, no Senado, parlamentares e autoridades manifestaram seu interesse em ver o movimento cooperativista continuar a crescer
Brasília (4/8) – “Meu desejo hoje é que o cooperativismo seja considerado pelos governos e políticos sérios e que querem ver o Brasil voltar a crescer como uma bússola a apontar para o norte, para a melhor direção”. Com esta frase, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, concluiu seu discurso durante a sessão solene realizada hoje, no Congresso Nacional, em homenagem ao Dia Internacional do Cooperativismo (celebrado em 4/7) e aos 45 anos da Organização das Cooperativas Brasileiras.
A data de hoje, cuidadosamente pensada pelos autores da Sessão Solene, o deputado federal Osmar Serraglio (PR) e a senadora Ana Amélia (RS), presidente e vice-presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), respectivamente, para culminar com o retorno das atividades do Congresso Nacional, figurará como um dos mais importantes dias da história do cooperativismo nacional.
Além de deputados e senadores, a sessão solene também contou com a participação de representantes do governo federal, de embaixadas, de unidades estaduais, e de amigos do cooperativismo.
Márcio Freitas fez questão de usar a tribuna do Senado para agradecer. “É com um sentimento de muita gratidão que estamos aqui para, unicamente, dizer obrigado aos parlamentares do Congresso Nacional por todo o apoio dado ao movimento cooperativista e reconhecer a forte atuação da nossa Frencoop. Hoje, temos o dever de dividir com todos vocês, os excelentes resultados das cooperativas brasileiras que, mesmo com a crise, mostram ao país sua solidez e capacidade de agregar pessoas em prol de um objetivo comum: o bem estar coletivo”, comenta o presidente do Sistema OCB.
Para ele, o cooperativismo, ao contrário de outros modelos empresariais, só dá certo porque, por meio de seus princípios éticos, aglutina pessoas em volta do mesmo ideal de gerar felicidade não só aos cooperados, mas à comunidade à sua volta. Os resultados obtidos pelas cooperativas, segundo ele, não estão aplicados no exterior, mas na própria comunidade que circunda a cooperativa. “Isso se deve ao compromisso com o povo, com quem trabalha e se dedica ao movimento cooperativista, local e regionalmente”.
Por fim, o presidente do Sistema OCB destacou que “as cooperativas, apesar de todo o cenário econômico crítico, continuam a projetar desenvolvimento”. A explicação, segundo ele mesmo, é: “Porque elas têm responsabilidade com a nossa gente e compromisso com o desenvolvimento da nação brasileira.”
Diversos parlamentares fizeram questão de discursar em reconhecimento ao trabalho desenvolvido pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) de defesa e desenvolvimento do cooperativismo do país, nesta terça-feira (4/8) durante sessão solene no Congresso Nacional. Confira abaixo alguns depoimentos:
ÉTICA – “Graças aos princípios do cooperativismo, a contribuição gerada pelas cooperativas representa um enorme resultado socioeconômico para o país. Estou certa de que as dificuldades econômicas do Brasil seriam maiores se não fosse o empenho das cooperativas em manter sua produção e, assim, contribuir com a estabilidade econômica do país. As cooperativas dão exemplo de democracia, transparência e ética. Aliás, ética é algo que não se pode terceirizar e isso, as cooperativas apresentam todos os dias ao Brasil.” Ana Amélia – senadora (RS), vice-presidente da Frencoop.
DESENVOLVIMENTO – “O cooperativismo é uma força social transformadora, fundamentada na reunião de pessoas e não no lucro. Por isso é importante celebrarmos os 45 anos da OCB e o 93º Dia Internacional do Cooperativismo aqui nesta Casa de Leis, onde as demandas do setor só aumentam, dia após dia, e onde atuam os representantes dessas pessoas, dos cooperados que acreditaram em nós. A hora é de o cooperativismo nos servir de bússola nesta caminhada rumo à retomada do crescimento. Ouso dizer que as cooperativas são uma das poucas opções que temos para tornar a ver o país, deslizando sobre os trilhos do crescimento.” Osmar Serraglio – deputado federal (PR), presidente da Frencoop
FÉ – “Quero que este movimento, o cooperativismo, se espalhe ainda mais pelo país, pois quando percorro o meu estado – o Paraná – vejo o quanto as cooperativas surgem como soluções para uma série de problemas socioeconômicos. É claro que a crise do país, atualmente, afeta todos os setores da economia nacional, mas as cooperativas têm se mantido firmes, conseguindo driblar este mau tempo. Aqui no Senado, o movimento cooperativista tem representantes que acreditam em seus princípios e capacidades. A OCB sempre esteve aberta a colaborar conosco no desenvolvimento de estratégias políticas que beneficiem as cooperativas, por isso, meus parabéns!” Gleisi Hoffmann – senadora (PR)
PRESENÇA – “A OCB tem feito um trabalho brilhante no que diz respeito ao cooperativismo de crédito. Este que é um setor de suma importância para a economia brasileira, em primeiro lugar, por sua capilaridade: em diversos municípios de nosso país, a única instituição financeira é uma cooperativa de crédito. Se todas as cooperativas se juntassem, formariam a segunda maior rede bancária – em postos de atendimento – do país. Isso contribui diretamente para a concorrência do setor, garantindo melhores preços e produtos aos consumidores. Hoje, existe um robusto marco regulatório, construído em conjunto com o parlamento; contamos com um alto grau de profissionalismo daqueles que atuam na governança cooperativista; além de uma atuação firme da OCB. Tudo isso garante incríveis resultados para o setor e para a sociedade.” Luiz Edson Feltrim – Diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania do Banco Central
GESTÃO - “Aniversários tão marcantes como este da OCB, são momentos propícios para uma reflexão: onde estamos? Devemos rever nosso posicionamento? Quais as estratégias para isso? Como podemos fazer para aumentar nossa competividade? As respostas para esta pergunta estão, certamente, no cotidiano da OCB, organização tão brilhantemente liderada por Márcio Freitas. Quanto mais conheço o cooperativismo, mais vejo que gestão é a palavra de ordem das cooperativas que, aliás, estão na liderança em questões como inovação tecnológica e armazenagem. Nós do Ministério da Agricultura, temos um programa que pretende elevar 400 mil famílias à classe média rural e sem o apoio das cooperativas brasileiras, não teremos como atingir nossas metas dentro dos prazos estabelecidos. Por isso, continuaremos ao dispor do cooperativismo e daqueles que, todos os dias, fazem o cooperativismo brasileiro dar certo.” Caio Rocha - Secretário do Produtor Rural e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)
Instituição trabalha para garantir um amanhã melhor para todas as pessoas
A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) completou em junho 45 anos de atividades intensas em prol do desenvolvimento sustentável do cooperativismo no Brasil. Criada em 1970, a entidade substituiu a Associação Brasileira de Cooperativas (ABCOOP) e a União Nacional de Cooperativas (Unasco). Atualmente, a OCB tem em seus registros 6,8 mil cooperativas com, pelo menos, 11,5 milhões de brasileiros são associados. Considerando o universo familiar, é possível garantir que cerca de 46 milhões de pessoas estão ligadas diretamente ao cooperativismo. Esse número equivale a 22,8% da população brasileira. Os dados foram enfatizados durante comemoração dos 45 anos da instituição no Congresso Nacional, em Brasília (DF).
E quando o assunto é geração de emprego, o cooperativismo sobressai em relação a muitos setores de atividade econômica. Graças aos seus 13 segmentos econômicos, as cooperativas brasileiras empregam, formalmente, cerca de 340 mil pessoas no país.
Dentre suas atribuições, a OCB é responsável pela promoção, fomento e defesa do sistema cooperativista, em todas as instâncias políticas e institucionais. É de sua responsabilidade também a preservação e o aprimoramento desse sistema, o incentivo e a orientação das sociedades cooperativas.
REPRESENTAÇÃO – Junto com a Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop), responsável pela representação da categoria econômica para fins sindicais, e com o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), que cuida da promoção da cultura cooperativista e do aperfeiçoamento da gestão, a entidade compõe o Sistema OCB, cuja missão é a representação político-institucional do setor.
ATUAÇÃO – Tendo em vista seu importante papel de agente de desenvolvimento econômico e social, a ONU declarou 2012 como Ano Internacional das Cooperativas. Mais do que já fazia, o Sistema OCB intensificou suas ações com vistas a alcançar as metas da Década do Cooperativismo, instituída pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI) para fomentar o cooperativismo brasileiro. Diversas alianças estratégicas têm sido firmadas com esse propósito. Banco Central do Brasil, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Embrapa, além das próprias agências reguladoras estão entre os principais parceiros do cooperativismo brasileiro.
Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB, recebeu o Prêmio Personalidade do Agronegócio Ney Bittencourt
São Paulo (3/8) – Representantes do setor agropecuário e autoridades do país estão reunidos em São Paulo para debater a importância da integração e da sustentabilidade para o futuro do agronegócio brasileiro. E foi neste cenário, durante o 14º Congresso Brasileiro do Agronegócio, que o cooperativismo foi destaque com uma homenagem a Márcio Lopes de Freitas, cooperativista convicto e atuante há mais de 30 anos, líder e representante nacional do movimento.
À frente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) desde 2001, Freitas recebeu o Prêmio Personalidade do Agronegócio “Ney Bittencourt de Araújo”, concedido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), sendo homenageado também com o pronunciamento do embaixador da FAO para o Cooperativismo Mundial e coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas, Roberto Rodrigues.
Para comentar a indicação de Freitas à premiação, Rodrigues falou sobre a ausência de líderes na atualidade e a consequente possibilidade de perda de confiança na democracia. “Hoje, a população elege seus representantes e, se não estiver satisfeita com a condução do governo, vai para as ruas manifestar. Há um desejo constante de mudança, de participar ativamente da governança do país, mas as regras não permitem claramente isso. Então, como mudar esse processo? O caminho está na organização da sociedade. Quanto mais organizado, mais desenvolvido é um país. Eu lhes digo que a organização da sociedade econômica está nas cooperativas”, comenta Rodrigues.
Na sequência, Roberto Rodrigues ressaltou o relevante posicionamento e as conquistas alcançadas pelo movimento cooperativista brasileiro, chamando a atenção para o percentual de participação do setor na produção agropecuária nacional, de 50%, lembrando-se da importância de se ter uma liderança atuante para se chegar a esse estágio.
“Foi sob o comando de Márcio que as cooperativas chegaram a esses resultantes, com sua competência e seu DNA cooperativista. Ele aprendeu com o pai a teoria e, na prática, como presidente de uma cooperativa singular, primeiramente, que o levou à Ocesp, por seu exemplo de boa gestão, e na sequência à presidência da OCB. O Márcio tem feito um trabalho notável de valorização do cooperativismo no país e sua divulgação no exterior. Ele é um exemplo como modelo de liderança”.
Após receber o prêmio, Freitas agradeceu à Abag e às lideranças presentes, fazendo uma menção especial às palavras de Roberto Rodrigues e, principalmente, ao movimento cooperativista. “Agradeço ao cooperativismo brasileiro por me dar a oportunidade de trabalhar e lutar por uma causa que realmente acredito”, disse, emocionado. E continuou: “Já falamos muito hoje, aqui, em diversas palestras, que há uma necessidade de evolução, de velocidade, para que a agropecuária brasileira continue a surfar essa onda, mas que outro fator também é fundamental, ter gente trabalhando para isso”, destacou.
Freitas também enfatizou a necessidade de se ter e cultivar a confiança, ponto abordado por diversas lideranças do setor durante o evento. “É fundamental fortalecer o sentimento de confiança para que o Brasil consiga contornar o momento que vivemos hoje e vença, então, o desafio de continuar produzindo com sustentabilidade e integração. Eu acredito, sinceramente, que as cooperativas são o ‘armazém’ mais adequado para se depositar essa confiança e gerarmos resultados. O cooperativismo faz isso: cultiva a confiança entre as pessoas. Cultivar confiança e capital social é o que vai fazer a diferença para um Brasil melhor, por isso fecho a minha fala dividindo essa premiação com todas as cooperativas brasileiras e lideranças do setor, além de minha equipe, na OCB”, finalizou Freitas.
Clique aqui para conferir a trajetória de Márcio Lopes de Freitas
SOLUÇÃO – Ao iniciar sua fala, o governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, cumprimentou as autoridades presentes, destacando o reconhecimento prestado ao presidente do Sistema OCB. Segundo ele, é uma “merecida homenagem”. Na sequência, o governador listou dois fatores principais que podem ajudar o Brasil a contornar a situação que vive hoje e esquentar a economia: “exportação, para reconquistar mercados e investimento em infraestrutura e logística, o que contribuirá para a geração de empregos, a partir da construção de rodovias e portos”. Alckmin disse ainda que é preciso mais eficiência no país. “Para isso, é necessária uma mudança cultural, o que pode ser feito com a integração entre agricultura e pecuária, como já ocorre em alguns estados brasileiros.
INVESTIMENTOS – O presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Carlos Corrêa Carvalho, salientou que os recursos naturais excepcionais, no Brasil, convidam a mais investimentos baseados em tecnologia tropical, reforçando a competitividade do país. “Nesse sentido, é fundamento um forte apoio de uma diplomacia brasileira aliada, abrindo portas relevantes nos países importantes, pois afinal de contas, dólar valorizado não é suficiente”, diz.
O presidente da Abag enfatizou ainda que o setor tem conseguido superar as crises. “Vivemos uma fase de mudanças de paradigmas em agricultura e energia. Estaremos vendo, ao mesmo tempo, uma revolução do agro como base em uma nova economia verde. Descarbonizar os combustíveis já é meta global. Intensificar a produção de grãos, no Brasil será fato e os ganhos de eficiência nas carnes será surpreendente. Estar dando suporte à participação do Brasil na próxima COP 21 será estratégico para o setor”.
O EVENTO – Promovido anualmente pela Abag desde 2002, com o apoio de parceiros como o Sistema OCB, o Congresso Brasileiro do Agronegócio edição 2015 termina amanhã. A programação ocorre em São Paulo e tem como tema central “Sustentar é Integrar”. A abertura do evento também contou com a participação do ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, André Nassar, representante da ministra Kátia Abreu, o presidente da Embrapa, Maurício Lopes, e outras lideranças do setor.
O principal objetivo do evento é debater o papel decisivo do agronegócio brasileiro que tem conseguido conciliar produção de alto desempenho, que coloca o país como maior produtor de várias culturas, com conservação ambiental e benefícios sociais, na forma de geração de emprego e renda, além de assegurar solidez na balança comercial, por meio de sucessivos superávits.
ALIMENTOS E LOGÍSTICA – A edição de 2015 do Congresso da Abag envolve também a realização, amanhã, de dois Fóruns que abordarão os temas Alimentos e Logística. Evento que já faz parte da agenda dos principais executivos que atuam no agronegócio brasileiro, o Congresso da Abag contou, na edição de 2014, com a presença de aproximadamente 800 participantes, além das cerca de 5 mil pessoas que assistiram aos painéis e participaram dos debates por meio da internet, uma vez que o evento foi transmitido ao vivo pela web, o que ocorrerá também na edição deste ano.