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Notícias representação

 

 

Senador Paulo Paim visita cooperativa de trabalho do Rio Grande do Sul

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Brasília (13/11) – Nesta quinta-feira (12/11), a Cooperativa Cootravipa (Cooperativa de Trabalhadores Autônomos das Vilas de Porto Alegre Ltda) recebeu a visita do senador Paulo Paim (RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado Federal.

 
A reunião foi realizada para debater a posição das cooperativas de trabalho no Projeto da Câmara (PLC) 30/2015, que dispõe sobre os contratos de terceirização. Na ocasião, também foi realizada a apresentação da Cootravipa pelo diretor presidente, Jorge Bittencourt da Rosa, e pela diretora Elizabete dos Santos Freitas. 
 
O presidente da Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (OCERGS), Vergílio Perius, que esteve presente no encontro, ressaltou a importância da Cootravipa para a inclusão social e garantia de renda aos associados. De acordo com Perius, o Sescoop/RS tem sido grande parceiro da Cootravipa na oferta de capacitação aos cooperados, que vão desde cursos de gestão até a oferta de pós-graduação em cooperativismo.
 
Também estiveram presentes representantes do Sistema OCB e o coordenador jurídico da OCERGS, Tiago Machado. Durante o almoço o senador assistiu ainda à apresentação de cases pelos cooperados. 
 
A Cooperativa foi fundada através do movimento comunitário dos moradores das vilas da zona sul de Porto Alegre e tem o objetivo a inclusão social, proporcionando trabalho digno e renda aos que vivem à margem da sociedade. A cooperativa conta com mais de 1900 sócios ativos atuando em diversas áreas, aliando capacitação e eficiência na prestação de serviços.
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Monique Leroux será a presidente da Aliança Cooperativa Internacional

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Brasília (13/11) – A presidente do Sistema Desjardins, Monique Leroux, do Canadá, foi eleita hoje para o cargo de presidente da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), durante sua Conferência Global, realizada ao longo desta semana na cidade de Antalya, na Turquia. Monique é a segunda mulher a ocupar o cargo, precedida pela atual presidente Dame Pauline Green.

 
A canadense recebeu 407 dos 742 votos. Além de Monique também disputaram a eleição o brasileiro Eudes Aquino, presidente da Unimed do Brasil, o presidente da Confederação Francesa das Cooperativas de Crédito, Jean Louis Bancel, e o presidente da Confederação Argentina de Cooperativas, Ariel Guarco.
 
Monique Leroux é presidente do Conselho de Administração e diretora geral do Grupo Desjardins de Canadá (posição que já havia dito que deixaria em 2016). Logo depois do resultado da eleição, Monique Leroux disse que se sentia profundamente honrada e comovida por ter sido eleita. “Quero expressar meus agradecimentos a todos os integrantes da ACI, pelo apoio e confiança depositados em mim”, comenta. 
 
Durante sua campanha, Monique afirmou diversas vezes que acreditava na capacidade da ACI e do movimento cooperativo mundial de estar mais próximos de seus integrantes, de exercer a liderança diante dos grandes desafios globais e de contribuir com o crescimento e desenvolvimento das cooperativas ao redor do mundo. Leia mais sobre este assunto, clicando aqui.
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Cooperativas do PA participam de festival de chocolate em Paris

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Belém (13/11) – O chocolate do Pará já conquistou o mundo. Com um cacau de alta qualidade e uma produção que estimula o desenvolvimento socioambiental, as cooperativas paraenses foram destaque na 21ª edição do Salão do Chocolate em Paris. O evento é a maior vitrine mundial para produtores de cacau e chocolate, que expõem seus produtos para indústrias e especialistas. A Cooperativa Agropecuária Mista de Tomé-Açu (Camta), a Cooperativa Agroindustrial da Transamazônica (Coopatrans) e a Cooperativa Mista Agropecuária de Tucumã (Coopertuc) foram as representantes do Pará. No total, participaram 700 profissionais envolvidos no setor em 20 país diferentes.

 
A proposta do Festival Internacional é abrir novos negócios e perspectivas de mercados. O Governo do estado do Pará, através do Funcacau, da CEPLAC (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira), da SEDAP (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca), reúne e subsidia a participação de produtores há sete anos.
 
Atualmente, o Brasil é o 5º país no ranking dos maiores exportadores do Cacau. A Costa do Marfim é o primeiro. De acordo com a Associação dos Produtores de Cacau (APC), atualmente são produzidos cerca de 150mil toneladas por ano do produto e há demanda para 400mil. O consumo de chocolate fino cresce 12% ao ano no Brasil. Em 2009, o Ministério da Agricultura firmou o primeiro convênio com a APC para apoiar a ida de produtores nacionais ao Salão do Chocolate de Paris. A promoção comercial contribuiu para que o cacau fino do Brasil se tornasse matéria-prima para chocolates de marcas reconhecidas mundialmente.
 
Para o Diretor Gerente da Camta, Ivan Saiki, o diferencial do mercado brasileiro é a preocupação com as questões sociais e ambientais. “O Salão reúne os principais produtores do cacau. Todos os produtos de lá são muito bons. No entanto, a diferença do fruto produzido aqui, principalmente no Pará, é o que tem por trás da produção. O que ela representa para a sociedade e para o meio ambiente. Lá na África tem mão de obra escrava e infantil. Não se tem noção de sustentabilidade e nem de desenvolvimento social. Comprando desses países, se contribui para a manutenção da pobreza, da miséria e de condições desumanas de sobrevivência. Aqui não, trabalhamos com carteira assinada e não tem criança trabalhando. Isso é sustentabilidade. O cacau é uma cultura que preserva o meio ambiente, a que se pese o Sistema Agroflorestal em que nos tornamos referência. Não é simplesmente um cacau, é um cacau que tem sustentabilidade. Grandes indústrias, principalmente a japonesa, estão vindo comprar aqui no Estado por isso”. 
 
COOPERATIVAS
 
Foi a 4ª participação da Camta no Salão do Chocolate em Paris. A cooperativa recebeu a certificação de “cacau fino”, cedido pelo Festival, que seleciona as 150 melhores amostras de cacau do planeta. A Camta é um dos maiores exportadores do fruto no Estado. Os seus principais mercados são o japonês e o argentino. A Cooperativa trabalha ainda com polpa de fruta, pimenta, óleos vegetais.
 
A Cooperativa Agroindustrial da Transamazônica (Coopatrans) também participou do evento. Sediada em Medicilândia, a Coopatrans elevou o município à posição de maior produtor de cacau do mundo com uma produção de 35 milhões de toneladas/ano. É a única indústria de chocolates da região Norte que faz todo o processo desde a moagem da amêndoa ao beneficiamento final. Até a embalagem dos chocolates é feita na região, com o artesanato das mulheres dos agricultores a partir da folha da fruta. A cooperativa foi criada como uma alternativa de atividade econômica que respeita o meio ambiente e contribui para o desenvolvimento socioeconômico da Amazônia. 
 
“A região sempre enfrentou muitos problemas de degradação ambiental. Nossa proposta era ser uma iniciativa que gerasse emprego e renda e que alavancasse a economia regional sem comprometer a questão ambiental. Conseguimos provar que é possível criar uma marca preocupada com o desenvolvimento da Amazônia e com a integridade das comunidades locais. Hoje, a CacauWay se destaca e começa a ser reconhecida, chegando também a outras regiões paraenses. A meta é continuar evoluindo para que o chocolate amazônida seja conhecido nacionalmente e até fora do país”, afirma o presidente da Coopatrans, Ademir Venturin.
 
Para o Presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas Paraenses no Estado do Pará (OCB/PA), Ernandes Raiol, o cacau é um negócio em franco desenvolvimento no segmento cooperativista.
 
“As cooperativas paraenses estão participando dos principais eventos do chocolate e isso é importante para aumentar a visibilidade do mercado brasileiro que era mal visto anteriormente. Há sete anos os produtores brasileiros estão participando e agora o mundo está conhecendo a qualidade do cacau do Brasil. As nossas cooperativas já até ganharam selo de cacau fino. Esse mercado deve crescer ainda mais. O Sistema OCB-PA, que representa o setor no Estado, fará investimento de R$ 100 mil conquistados por meio de chamada pública do Ministério da Agricultura para capacitar e incentivar a produção de cacau orgânico na região oeste do Pará”. (Fonte: Assimp Sistema OCB/PA)
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Sescoop/RJ fomenta cooperativas em Maricá

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Rio de Janeiro (13/11) – O presidente do Sistema OCB/RJ, Marcos Diaz, se reuniu no dia 11 de novembro com o secretário de administração de Maricá, Gilberto Palmares, para tratar de ações de fomento do cooperativismo nesta cidade da Região dos Lagos. A reunião na Prefeitura de Maricá foi em continuidade de outro encontro realizado no mês de maio, na sede do Sistema OCB/RJ.
 
Localizada entre as cidades de Niterói, São Gonçalo e Saquarema, Maricá é uma das mais importantes do Rio de Janeiro e tem no segmento Transporte uma das principais forças cooperativistas. Dentre os assuntos debatidos na reunião esteve a possibilidade da criação do Espaço do Cooperativismo dentro da Prefeitura de Maricá, sendo o local específico para divulgação do segmento econômico para a população.
 
“Essa ação faz parte de uma nova estratégia que o Sistema OCB/RJ está realizando com o objetivo de desenvolver as cooperativas do estado. Outras instituições do Sistema “S” já fazem esse tipo de parceria e esse projeto é muito importante, pois nos aproxima da sociedade e o cooperativismo passa a ser ainda mais reconhecido”, disse Diaz.
 
O secretário Gilberto Palmares afirmou que a proposta é interessante. “A cidade de Maricá tem um apelo muito forte para esse modelo econômico. Além disso, a atual gestão vem trabalhando em ações de fomento de cooperativas. Uma oportunidade de parceria como essa será determinante para o sucesso das ações desse tipo”, comentou Gilberto.
 
Além de um espaço do cooperativismo na Prefeitura, foram discutidas parcerias em realização de cursos e palestras para sócios de cooperativas da cidade, parcerias com outras secretarias e, por fim, a realização de um evento alusivo ao Dia de Cooperar em 2016.
 
As conversas acontecerão em outra oportunidade, em data a ser definida. Participaram desta reunião os assessores da OCB/RJ Adelson Novaes, Carlos Piragibe e Luis Amaral, a analista de projetos do Sescoop/RJ, Sabrina Oliveira. (Fonte: Assimp Sistema OCB/RJ)
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Sistema OCB participa do lançamento da Frente Parlamentar do Vinho

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Brasília (12/11) – O lançamento da Frente Parlamentar de Defesa e Valorização da Produção Nacional de Uvas, Vinhos, Espumantes e Derivados, ocorrido na manhã desta quinta-feira, na Câmara dos Deputados, contou com a presença de diversos parlamentares e dirigentes do setor vitivinícola. Além do Sistema OCB, o encontro contou com a participação da Federação das Cooperativas Vinícolas do Rio Grande do Sul (Fecovinho).

Abrindo os trabalhos, o coordenador da Frente, deputado Mauro Pereira (RS), destacou a importância da atuação da bancada para o desenvolvimento do setor vitivinícola, caracterizado essencialmente por produtores de agricultura familiar, organizados em pequenas e microempresas ou sob forma de cooperativas.

“A frente contribuirá para discussões e avanços de temas de interesse do setor no Congresso Nacional, como a busca pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e para a implantação do Simples Nacional para as vinícolas. Por suas características, a cadeia de vinhos é muito sensível a adversidades naturais e de instabilidade no mercado, o que nos traz a necessidade de buscar políticas públicas que valorizem o desenvolvimento do setor”, destacou o deputado.

MPV 690/2015 – A Frente Parlamentar de Defesa e Valorização dos Vinhos nasce com o desafio de adequar a Medida Provisória (MPV) 690/2015, que alteram o modelo de incidência do IPI aplicável às bebidas quentes de “ad rem” para “ad valorem”. Já as alterações na alíquota do IPI ficaram a cargo de uma norma infralegal (Decreto nº 8.512/2015), que fixou em 10% o imposto sobre os vinhos contidos nos códigos NCM 2204.

Como efeito advindo da MPV 690/2015, e de normativos correlatos, o aumento abusivo na cobrança do tributo pode inviabilizar a produção nacional, gerando ainda mais desemprego. No caso do setor cooperativista, muitos produtores deixarão de produzir a matéria prima ou passarão à informalidade, visto ser inviável a continuidade de industrialização da bebida.

Isso pode gerar prejuízos não só para a cooperativa e seus cooperados, mas também à comunidade na qual está inserida, que em muitos casos depende da economia gerada na região pelo modelo cooperativista. Há cooperativas que, sozinhas, agregam mais de mil famílias de pequenos produtores.

Alguns vinhos chegam a ter um aumento de mais de 200% no valor do IPI, o que consequentemente terá que ser repassado no preço de venda do produto, situação que é praticamente impossível na atual conjuntura da economia do país. A mudança no cálculo do IPI vai aumentar o preço de cada garrafa de vinho, a depender do valor do produto, de R$ 2 a R$ 5.

COOPERATIVAS VITIVINÍCOLAS – Hoje a cadeia de vinhos é composta por mais de 1,1 mil vinícolas no país, presentes principalmente no Rio Grande do Sul. As cooperativas representam hoje 23,1% da produção de uvas do país e 25% dos produtores do setor vinícola.

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MPV sobre parcerias entre cooperativas e poder público vai à sanção

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Brasília (12/11) – O plenário do Senado Federal aprovou ontem à noite a Medida Provisória (MPV) 684/2015, que estabelece o novo regime jurídico das parcerias voluntárias entre a Administração Pública e entidades sem finalidade lucrativa, incluindo as sociedades cooperativas no escopo do projeto. O texto aprovado provém do relatório do deputado Eduardo Barbosa (MG).

A partir de emenda de redação proposta pelo Sistema OCB no plenário do Senado, todos os itens que permitem a continuidade de celebração de parcerias entre cooperativas e poder público foram consolidados em uma única alínea, garantindo, assim, maior segurança jurídica ao setor. A proposta foi apoiada pelo senador Waldemir Moka (MS), presidente de honra da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), sendo acatada pela senadora Gleisi Hoffmann (PR), relatora do projeto, na leitura do relatório.  

INOVAÇÕES – De acordo com a MPV 684/2015, as organizações da sociedade civil terão de participar de processo seletivo (chamamento público) e cumprir uma série de exigências para fechar parcerias com os governos. Entre os requisitos estão, por exemplo, a comprovada experiência no serviço a ser prestado, ter "ficha limpa" e, pelo menos, três anos de existência.

COOPERATIVISMO – Especificamente às cooperativas, o texto aprovado atende a continuidade de celebração de instrumentos que substituirão os atuais convênios e contratos de repasse, desde que estas estejam capacitadas para execução de atividades ou de projetos de interesse público e cunho social. A perspectiva é que fique a critério do gestor público avaliar se as ações atendem aos requisitos do interesse público e cunho social nestas parcerias.

Além disso, as cooperativas deverão atender às exigências previstas na legislação específica, como a necessidade de constituição de conselho fiscal capaz de opinar sobre os relatórios de desempenho financeiro e contábil e sobre as operações patrimoniais realizadas, além da escrituração de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e com as Normas Brasileiras de Contabilidade.

SANÇÃO: A MPV 684/2015 segue agora para a análise para a análise da Presidência da República, que terá 15 dias úteis, a partir do recebimento da matéria pela Casa Civil, para analisar a proposta, para fins de sanção, veto total, sanção com vetos parciais. O Sistema OCB trabalhará junto ao Poder Executivo para manter no texto da lei os dispositivos que tratam sobre as parcerias das cooperativas com o poder público.

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Audiência Pública debate participação de cooperativas em licitações

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Consenso na reunião foi que as cooperativas de trabalho podem, sim, ser contratadas pela administração pública brasileira

Brasília (12/10) – A participação de cooperativas de trabalho em processos licitatórios foi o assunto principal da audiência pública realizada ontem na Câmara dos Deputados, em Brasília. O evento foi solicitado pelo deputado federal Leo de Brito (AC) integrante da Frente Parlamentar do Cooperativismo. Representantes do Sistema OCB, da Coopserge (Cooperativa dos Trabalhadores Autônomos em Serviços Gerais), da Cootravipa (Cooperativa de Trabalhadores Autônomos das Vilas de Porto Alegre Ltda) participaram da audiência realizada na Comissão de Fiscalização e Controle, e da Querubim (Cooperativa de prestação de serviços técnico-assistencial em enfermagem).

A audiência que durou três horas contou, também, com a participação de representantes da Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho, do Ministério Público do Trabalho e da Procuradoria Geral do Estado do Acre (PGE).

Segundo o deputado Leo de Brito, a principal motivação da reunião é a situação das cooperativas que prestam serviços ao Estado do Acre. “O Ministério Público do Trabalho (MPT) está atuando contra a prestação de serviço por cooperativas ao governo acreano, nas áreas de segurança e limpeza urbana, prejudicando milhares de cooperados. A alegação seria de que os contratos são irregulares e geram relação de subordinação inadequada de trabalho”, explica o parlamentar.

O assessor jurídico do Sistema Ocergs, Tiago Machado, que representou o Sistema OCB durante a audiência pública, destacou a pertinência da discussão. “Nós não estamos aqui para falar de entidades ou cooperativas, mas de pessoas que dependem de trabalho. Há uma vedação de participação de cooperativas em licitação – de forma velada – porque tem sido colocado nos editais uma série de profissões que fazem um reconhecimento de vínculo empregatício por antecipação. Há, em alguns processos licitatórios artigos com a seguinte inscrição: ‘determinadas funções são por sua natureza subordinadas’”, informa o advogado.

Contudo, segundo Machado, na prática isto não é verdade. “O fato de eu contratar um pintor autônomo para pintar minha casa, determinando os horários de entrada e saída, as cores a serem utilizadas e a forma que ele deve trabalhar nas paredes, não o torna meu empregado. Pelo contrário. Embora restringido pela limitação de como e do que se vai fazer, ele mantém sua condição de autônomo”, ressalta o representante do movimento cooperativista.

Para ele, o verdadeiro cooperativismo não pode ser focado nessa ou naquela profissão. “A própria Constituição diz que todos têm o direito de formar e de viver a rotina de uma cooperativa, que necessita vitalmente ter uma boa gestão, organização e profissionalização”, argumenta.

O advogado lembrou, também que, em todo o Brasil, as cooperativas enfrentam uma luta diária, dispendendo altos valores, pois todas as vezes que ela tem de participar de uma licitação, deve entrar com uma ação judicial. Depois disso, ela enfrenta uma ação civil pública do Ministério Público do Trabalho. E depois ela ainda é parte em ações individuais e que trazem gastos astronômicos.

FISCALIZAÇÃO – O jurista explicou que o grande problema que envolve a questão diz respeito à forma com a qual o Ministério Público do Trabalho tem conduzido as fiscalizações, visando combater as cooperativas fraudulentas. Ele diz que o jeito de fiscalizar é que tem prejudicado todas as cooperativas de trabalho, impedido a atuação delas no mercado. “Nós também somos contra as cooperativas que atuam na irregularidade e também achamos que elas têm de ser fechadas e os trabalhadores indenizados. E o melhor jeito de combater esse tipo de fraude é por meio das fiscalizações do MPT, contudo, é preciso averiguar caso a caso para não generalizar”, enfatiza Tiago Machado.

DÚVIDAS – A presidente da Coopserge (Cooperativa dos Trabalhadores Autônomos em Serviços Gerais), Rosanira Rodrigues, que liderou um grupo de cooperados para participar da audiência pública de ontem, expôs a insegurança que tem tirado o sono dos dois mil cooperados.

“Se o cooperativismo é vivido com seriedade ele muda a vida das pessoas. Eu e todos os outros cooperados somos a prova viva disso. Estamos correndo o risco de ficar sem trabalho e sem esperança. O MPT só diz que não podemos trabalhar, enquanto cooperativistas, nem no Governo do Acre nem na Prefeitura de Rio Branco. Se não temos estes postos, vamos trabalhar onde? O Acre é um estado pequeno e também vive esta crise. Será que o Ministério tem emprego garantido para estes cooperados? Se a cooperativa fechar, para onde vão estes trabalhadores? Porque as nossas leis não são respeitadas?”, questiona.

RESPEITO – O procurador de Justiça, representante da Procuradoria Geral do Estado do Acre, David Laerte Vieira, defende a permanência da Coopserge enquanto prestadora de serviços do governo. Para ele, a União deve respeitar a autonomia das unidades federativas. Vieira explicou que a situação é bastante preocupante porque, só no estado acreano, há 10 mil trabalhadores em situações semelhantes.

“Os cooperados vão executar os serviços e a subordinação deles não seria a um agente público, mas a um contrato. O horário que eles devem prestar um serviço está previsto no contrato.

“Nós entendemos, portanto, que não deve haver vedação de contratação de cooperativas. Elas são capazes e podem desempenhar qualquer serviço na gestão pública. Inclusive, se houver algum regramento feito pela União, reforço que isso vale para o Governo Federal. Aliás, é necessário ouvir os estados e, acima de tudo, respeitar tanto a autonomia estadual quanto dos municípios”, argumenta.

TRABALHO – Para Elisabeth dos Santos Freitas, representante da Cootravipa (Cooperativa de Trabalhadores Autônomos das Vilas de Porto Alegre Ltda), o Ministério Público do Trabalho tem uma visão equivocada. “Não são as cooperativas que estão erradas, muito menos os cooperados. Não se pode confundir em nenhum lugar aspectos como organização e submissão. Nós temos uma cooperativa com 2,2 mil cooperados e estamos no mercado há mais de 32 anos. Não é porque somos cooperativa que somos acéfalos. Nos organizamos, temos regras, planejamento, pois sabemos da importância da cooperativa para a vida de diversas famílias. Se estamos no mercado é porque apostamos na qualificação e na profissionalização. O melhor que há para as cooperativas, é o trabalho. Só isso. O que queremos é trabalhar”, enfatiza Elisabeth.
 
MINISTÉRIO PÚBLICO – O subprocurador-geral do Ministério Público do Trabalho, Fábio Leal Cardoso, deixou claro que a instituição jamais foi contrária à contratação de associados de cooperativas de trabalho pelos poderes públicos. "O que o Ministério Público combate é o falso cooperativismo, que acaba prejudicando os trabalhadores assalariados", disse Fábio Cardoso.

Para assistir à explanação do assessor jurídico do Sistema Ocergs, Tiago Machado, representante do Sistema OCB, clique aqui.

E para assistir à integra da audiência pública, clique aqui.

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Eudes Aquino apresenta suas propostas para presidência da ACI

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Antalya (12/11) – Os quatro candidatos à presidência da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) apresentaram hoje suas propostas durante um debate que na Conferência Global da Aliança Cooperativa Internacional, em Antalya, na Turquia. Além do brasileiro Eudes Aquino, presidente da Unimed do Brasil, são candidatos à presidência da ACI a presidente do Sistema Desjardins, Monique Leroux, do Canadá, o presidente da Confederação Francesa das Cooperativas de Crédito, Jean Louis Bancel, e o presidente da Confederação Argentina de Cooperativas, Ariel Guarco.

A eleição para a presidência da ACI foi convocada no mês de julho, depois que a atual presidente, Dame Pauline Green, anunciou a sua aposentadoria do cargo. A próxima chefia da principal organização internacional do cooperativismo no mundo terá um mandato de dois anos. A eleição ocorrerá amanhã durante a Assembleia Geral da Aliança Cooperativa Internacional.

Eudes Aquino propõe uma maior atuação da Aliança Cooperativa Internacional na promoção dos processos de intercooperação entre membros de todo o planeta. Na opinião do candidato brasileiro, a ACI deve ser mais atuante junto aos organismos internacionais de poder, tais como ONU, FAO e OIT, de forma a garantir o reconhecimento em nível mundial dos estados para o cooperativismo.

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OCESP participa de diversos encontros em prol das cooperativas

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São Paulo (12/11) – Na semana que passou, a OCESP esteve presente em diversos encontros, representando as cooperativas paulistas em discussões e encaminhamentos para melhorar a situação de diferentes ramos. O presidente Edivaldo Del Grande esteve em Brasília, onde participou da reunião mensal da Diretoria da OCB, do encontro com 24 políticos da Frente Parlamentar do Cooperativismo, das discussões dos Conselhos Consultivos dos ramos Infraestrutura (com o diretor Danilo Pasin) e Habitacional (com a diretora Débora Paitz), do encontro com adidos agrícolas de 25 países, do lançamento do Catálogo Brasileiro de Cooperativas Exportadoras e da recepção de alunos do projeto EnCantando, da cooperativa de crédito mineira Sicoob Coopemata.

Em São Paulo, Del Grande participou da premiação Melhores do Agronegócio, organizada pela revista Globo Rural. O superintendente Aramis Moutinho Junior, acompanhado do superintendente Nelson Claro e do assessor especial Américo Utumi, recepcionou, no auditório da OCESP, 50 cooperados representantes de núcleo da cooperativa Sicredi Vale do Piquiri ABCD PR/SP, que está prestes a abrir um ponto de atendimento na avenida Paulista. No final da semana, Aramis também esteve no evento Academia de Líderes, da Unicred Central SP.

INFRAESTRUTURA – O texto relativo à nova metodologia de revisão tarifária, atualmente em audiência pública da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), foi debatido no dia 27 pelo Conselho Consultivo do Ramo Infraestrutura, durante reunião, realizada no Sistema OCB, em Brasília. Algumas proposições serão encaminhadas à ANEEL e defendidas nas reuniões a serem promovidas no Rio Grande do Sul (12/11) e em Santa Catarina (13/11), quando as cooperativas terão a oportunidade de tirar suas dúvidas e de expor suas necessidades. O conselheiro Jânio Stefanello fez questão de destacar que a metodologia proposta deve ser profundamente estudada, pois envolve potenciais riscos às cooperativas.

Além deste assunto, os conselheiros também discutiram sobre as negociações com o Ministério de Minas e Energia (MME) para adequações à legislação e alternativas ao fim dos subsídios. Para tanto, foi realizada uma atualização das tratativas com o MME. “A ação é um tema prioritário para o Ramo”, afirma Edivaldo Del Grande, representante da Diretoria no Ramo e presidente do Sistema Ocesp.

HABITACIONAL – Também no dia 27, o Conselho Consultivo do Ramo Habitacional passou a contar com um novo coordenador nacional. Durante a reunião do colegiado, realizada na OCB, em Brasília, o presidente da Federação das Cooperativas Habitacionais do Estado do Espírito Santo, Aristóteles Passos Costa, foi eleito por unanimidade.

Após a aclamação do nome do novo coordenador, foi aprovado o plano de ação 2016, que prevê, como prioridade, a realização de um diagnóstico para conhecer a realidade do Ramo Habitacional, com a intenção de propor soluções que visem à elaboração de políticas públicas, assegurando o desenvolvimento do ramo.

Atualmente, o Ramo Habitacional conta com 283 cooperativas que, juntas, congregam 123,5 mil cooperados, gerando cerca de mil empregos diretos.

EXPORTAÇÃO – Adidos agrícolas de 25 países estiveram reunidos no dia 27, na OCB, para conhecer o cooperativismo e o potencial de produção e de exportação das cooperativas brasileiras. A reunião foi promovida pelo Sistema OCB e antecedeu o lançamento da edição 2015 do Catálogo Brasileiro de Cooperativas Exportadoras.

A reunião teve ainda a exposição de cases bem sucedidos de três cooperativas: Aurora (PR), Comigo (GO) e Camta (PA). Além disso, entre uma apresentação e outra, a realidade dos estados do Paraná (o maior exportador do país) e do Espírito Santo (segundo maior produtor de café Conilon do mundo), também foi trazida ao conhecimento dos adidos.

FRENCOOP – Alinhar o plano de trabalho e discutir estratégias para as proposições prioritárias do sistema cooperativista nos próximos meses. Esses foram os objetivos de reunião da Diretoria da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), realizada dia 28/10 na sede do Sistema OCB, em Brasília. A reunião foi coordenada pelo deputado Osmar Serraglio (PR), presidente da Frencoop, e contou com a presença da Diretoria da OCB. No total, participaram da reunião 24 parlamentares, sendo 22 deputados federais e dois senadores da República.

Durante o encontro, os parlamentares levantaram a preocupação com o Capítulo do Agronegócio disposto no Novo Código Comercial (PL 1.752/2011), que não contempla as especificidades do cooperativismo. Ainda no que diz respeito ao ambiente rural, foi demonstrada a necessidade de se rever o Decreto 4.541/2002, que dispõe sobre a metodologia tarifária de energia elétrica, para a devida adequação dos subsídios para as cooperativas de eletrificação rural.

Os parlamentares também discutiram formas de se inserir as cooperativas de trabalho no projeto de lei que trata sobre a terceirização (PLC 30/2015). Para tanto, foi sugerida a participação do cooperativismo no rol de audiências públicas que estão sendo tratadas sobre o tema em diversas regiões do país. A perspectiva é que o relatório do senador Paulo Paim (RS) seja entregue no primeiro semestre de 2016.

Por fim, os integrantes da Frencoop discutiram estratégias para avançar em importantes pleitos para o cooperativismo de crédito. Dentre os avanços propostos, destacam-se o PLP 100/2011 (que possibilita a realização de operações entre cooperativas de crédito e entes públicos municipais) e a derrubada do Veto 43/2015 (que trata sobre a adequada tributação das aplicações financeiras, não só para cooperativas de crédito, mas também para as demais cooperativas).

ENCANTANDO – A diretoria da OCB recebeu, no dia 28, alunos do projeto EnCantando, realizado pelo Sicoob Coopemata, uma cooperativa de crédito localizada na Zona da Mata, em Minas Gerais. O grupo é o segundo formado por crianças a ser recebido na Unidade Nacional, por meio do programa Portas Abertas. Os jovens interpretaram três canções: Caçador de mim, O Trenzinho caipira e O céu se abre.

 O presidente do Conselho de Administração do Sicoob Coopemata, César Augusto Mattos, explicou que a ideia do projeto EnCantando nasceu a partir de uma ação do Dia de Cooperar (Dia C) e que faz parte de sua política de responsabilidade social.

MELHORES DO AGRO – O presidente Del Grande, acompanhado do superintendente Nelson Claro, participou também da entrega do Prêmio Melhores do Agronegócio, da revista Globo Rural, realizada na noite de 20/10, em São Paulo (SP). Os empreendimentos foram eleitos os melhores em cada categoria com base em resultados financeiros obtidos no ano de 2014.

O prêmio Campeã das Campeãs foi para a Cooperativa Coamo, de Campo Mourão (PR), vencedora também na categoria indústria de soja e óleo. Outras três cooperativas foram agraciadas com o prêmio Melhores do Agronegócio: Aurora, na categoria Aves e Suínos; Copersucar, em Bioenergia; e Cooperativa Agroindustrial Alfa, na categoria Produção Agropecuária. (Fonte: Assimp Sistema Ocesp - Com informações da OCB)

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Ministério da Agricultura reconhece importância do cooperativismo para suas ações

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Márcio Freitas é convidado por Kátia Abreu a coordenar grupo de Câmaras Temáticas e Setoriais

Brasília (11/11) – A convite da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, coordenou, ontem, uma reunião cujo objetivo foi avaliar as demandas prioritárias encaminhadas à pasta por meio das Câmaras Setoriais e Temáticas e, ainda, realizar o monitoramento em relação à eficácia do atendimento de seus pleitos, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A reunião ocorreu na sede do Ministério, em Brasília, e contou com a participação da chefe de gabinete, Marisa Matteo, da coordenadora-geral das câmaras temáticas e setoriais, Maria Auxiliadora Domingues, além dos presidentes de cada um dos colegiados.

Dentre os pontos mais importantes destacam-se: a apresentação das questões operacionais listadas pela Coordenação Geral das Câmaras, criação de outros três colegiados: Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Erva Mate, Câmara Temporária do Sisbi e Suasa e Câmara Temática da Lei Plurianual.

PRIORIDADES – O grupo também definiu as demandas prioritárias para ser o foco da atenção do MAPA nos próximos meses.

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Sistema OCB tem reunião com Secretário do Ministério da Saúde

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Brasília (11/11) – O cooperativismo do Ramo Saúde foi o tema principal da audiência entre o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, e o secretário substituto de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Rogério Carvalho. A reunião ocorreu ontem, em Brasília. Na ocasião, Renato Nobile apresentou números e dados do cooperativismo brasileiro, enfocando especialmente o Ramo Saúde, e reforçou pleitos do movimento cooperativista.

“O Sistema OCB tem solicitado a participação das cooperativas em eventos como a 15ª Conferência Nacional de Saúde, por exemplo. Esta aproximação também é importante pois pretendemos estabelecer uma parceria com o Ministério da Saúde para a realização de práticas e ações de parcerias público-privadas (PPPs). Consideramos que isso é perfeitamente possível de realizar e, para isso, exemplificamos ao secretário Rogério Carvalho alguns casos de experiências bem sucedidas”, explicou Nobile.

Uma das experiências apresentadas foi a construção do Hospital do Subúrbio, em Salvador/BA, a primeira unidade hospitalar pública do Brasil, viabilizada por uma parceria público-privada.

Outro caso de sucesso ocorreu na cidade de Franca/SP. Trata-se da oferta, pelo laboratório São Joaquim Unimed, de serviços de análises clínicas para a Prefeitura. A parceria funciona desde 2010, com o laboratório realizando exames de rotina, com os custos (de coleta, materiais, insumos e transporte) sendo de responsabilidade da Prefeitura Municipal de Franca, possibilitando que a remuneração seja realizada de acordo com a tabela SUS.

De acordo com Renato Nobile, o Secretário reconheceu a importância do cooperativismo, expôs alguns entendimentos do Ministério sobre a cadeia da saúde no Brasil e discorreu sobre os desafios do setor para os próximos anos, se comprometendo, também, a analisar os pleitos do Sistema OCB.

SAIBA MAIS – As competências da Secretária de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP) do Ministério da Saúde são: formular e implementar a política de gestão democrática e participativa do Sistema Único de Saúde – SUS e fortalecer a participação social. Além disso, a SGEP articula as ações do Ministério da Saúde, referentes à gestão estratégica e participativa, com os diversos setores, governamentais e não-governamentais, relacionados com os condicionantes e determinantes da área saúde.

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ENTREVISTA DA SEMANA: Jeibson dos Santos Justiniano

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Estímulo ao desenvolvimento do cooperativismo é dever constitucional

Brasília (11/11) – Durante o Encontro dos Ramos Educacional e Trabalho, realizado no dia 29/10, em Brasília, pelo Sistema OCB, o procurador do Ministério Público do Trabalho da 11ª Região, Jeibson dos Santos Justiniano, discorreu sobre Cooperativismo e Direito ao Trabalho: Desafio cotidiano na esfera judiciária.

Ele enfatizou que não consegue imaginar um modelo de distribuição de riqueza melhor do que o cooperativismo. “De todos os tipos de relação de trabalho, o presente nas cooperativas, é o mais socialmente justo, pois todo o resultado econômico obtido é distribuído entre os diversos cooperados”, enfatiza.

O jurista que viveu uma década de sua formação profissional no ambiente cooperativista, atuando como programador de computador na Unimed Manaus, destacou que o cooperativismo é constitucional e que o Estado Brasileiro descumpre a Lei quando deixa de estimular seu desenvolvimento, à medida que o torna um problema filosófico.


Como eventos, a exemplo do Encontro dos Ramos Educacional e Trabalho, podem contribuir com o desenvolvimento do cooperativismo?

Jeibson Justiniano –
Um evento como este é interessante para criar um diálogo entre duas visões: a primeira é dos órgãos de fiscalização das relações de trabalho e, a segunda, a do próprio sistema cooperativista. É preciso estabelecer um processo de diálogo entre estes polos, que precisam entender mais amplamente a realidade cooperativista.


Esse diálogo é um desafio para o setor?

Jeibson Justiniano
– Sim, é, pois é necessário avançar nesta interlocução. É preciso criar outros eventos, não só jurídicos, mas de conhecimento de realidade, de demonstração de modelos que funcionam e que têm excelentes resultados, para que operador do Direito consiga compreender melhor essa relação entre a cooperativa e o cooperado. Urge mostrar, também, os benefícios do cooperativismo, os resultados gerados diretamente ao trabalhador cooperado e, também, à sociedade.

Toda vez que se fala em defesa do cooperativismo, o ponto de partida é o modelo jurídico, mas é preciso que os organismos fiscalizadores conheçam um pouquinho mais de processos como o de gestão nas cooperativas. O cooperativismo precisa mostrar seus resultados e estatísticas. Isso é importante para que entendamos que nem todas as cooperativas de trabalho são fraudulentas, por exemplo.


Como o senhor avalia as cooperativas enquanto instrumento gerador de trabalho e renda?

Jeibson Justiniano
– Sou entusiasta do modelo. Acredito que o cooperativismo dá direito ao trabalho. Não consigo imaginar um modelo de distribuição de riqueza melhor do que o cooperativismo. De todos os tipos de relação de trabalho, o presente nas cooperativas, é o mais socialmente justo, pois todo o resultado econômico obtido é distribuído entre os diversos cooperados

O cooperativismo é o único modelo que conheço cuja gestão presume o trabalhador participando ativamente das assembleias gerais, dos processos de decisão dos rumos da cooperativa e da eleição de seus representantes e dirigentes. Isso não é encontrado em outros modelos. No cooperativismo vemos o trabalhador, realmente, designando seus rumos, enquanto participante econômico, por meio de sua cooperativa.


Considerando o ambiente jurídico, o senhor vê algum tipo de discriminação do cooperativismo?

Jeibson Justiniano
– Acredito que existem duas visões que não têm um ponto de intercessão: há a visão dos órgãos de fiscalização de que toda cooperativa de trabalho é fraudulenta e, também, a ideia de que o modelo de cooperativa de trabalho é fundamentalmente válido.

Tenho defendido que nenhuma visão extremada é interessante. É preciso analisar as experiências concretas para verificar se estamos diante de uma cooperativa que prima pelos valores e fundamentos cooperativistas, visando melhorar as condições do trabalhador, ou se estamos diante de um organismo que visa burlar a legislação trabalhista como ocorreu no passado.


Então existe um certo “pé atrás” em relação ao cooperativismo?

Jeibson Justiniano
– Sim, com certeza. Principalmente do poder público, porque, ao longo do tempo, vemos cooperativas se tornando uma sociedade empresária e a grande razão percebida pelo cenário jurídico é a questão tributária, porque, o cooperado é tributado como pessoa física, tem oneração maior em termos de rendimento líquidos. E sendo sócio de uma sociedade empresária, ele tem uma nova incidência tributária, aplicada a empresas.

O cooperativismo, enquanto instrumento adotado por trabalhadores, objetivando sua atuação econômica, tem valor fundamental e faz parte do arcabouço da proteção dos direitos fundamentais da Constituição do Estado Brasileiro. O cooperativismo é, não só legal, mas constitucional.

Quando a Constituição determina que a lei incentive o cooperativismo estamos diante de um mandamento, de uma ordem ao Poder Público, ao Estado Brasileiro, para que implemente medidas legislativas e administrativas para contribuir com o desenvolvimento deste setor.

E isso não ocorre porque?

Jeibson Justiniano
– Para responder, vou utilizar a frase de um jurista italiano: “o problema de um valor fundamental, hoje, não é mais justificá-lo, e sim promovê-lo”. Isso quer dizer que o cooperativismo não precisa mais ser justificado, pois tem amparo tanto na Constituição do país quanto na legislação brasileira. O que o cooperativismo precisa é ser, efetivamente, promovido e isso não é um problema filosófico. É um problema político.

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Projeto aprovado adequa programa de P&D às cooperativas de infraestrutura

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Foi aprovado hoje (10/11), pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 3.672 de 2012, que prioriza a utilização dos recursos destinados a programas de eficiência energética na indústria nacional. A proposta integra a Agenda Institucional do Cooperativismo 2015.







O texto retira das cooperativistas permissionárias a obrigatoriedade de investimento em programas de eficiência energética para indústria brasileira. O projeto foi relatado pelo deputado Covatti Filho (RS), membro da diretoria da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), que votou pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do substitutivo da Comissão de Desenvolvimento Econômico (CDEIC), contemplando assim o pleito do cooperativismo de eletrificação, encaminhado pela OCB.

O sistema cooperativista apoia a vinculação dos programas de eficiência energética ao desenvolvimento da indústria nacional, reafirmando a necessidade dos grandes atores do setor em colaborar e investir em tais programas. Porém, vemos como ineficiente tal obrigatoriedade às cooperativas de eletrificação, uma vez que os recursos arrecadados para este fim são insuficientes para desenvolver programas de qualidade e eficácia, em função das características do seu mercado, agindo somente para onerar o consumidor final. Deste modo, entendemos como fundamental desonerar o consumidor das cooperativas, contribuindo assim para o desafio brasileiro em reduzir os custos da energia.

A matéria segue para o Senado Federal, que analisará apenas as alterações realizadas pela Câmara dos Deputados.

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Arábia Saudita põe fim ao embargo à carne bovina brasileira

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Brasília (10/11) – A Arábia Saudita pôs fim ao embargo à carne bovina in natura brasileira. A medida foi oficializada nesta segunda-feira (9) durante reunião entre a ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e CEO da Autoridade Saudita de Alimentos e Medicamentos (SFDA), Doutor Mohammed Al-Meshal, que assinaram novo modelo de Certificado Sanitário Internacional.

Com a abertura, o setor estima que o Brasil tem potencial para exportar 50 mil toneladas de carne bovina ao ano, com valor estimado em US$ 170 milhões. O decreto, de acordo com o CEO, será publicado nesta segunda-feira pelo Reino da Arábia Saudita, levantando o embargo imediatamente. O país suspendeu a compra de carne bovina brasileira em 2012, após um caso atípico de doença da vaca louca, em 2012.

O fim do embargo à carne brasileira representa abertura não apenas do mercado saudita, mas de todos os países do Golfo. Somente a Arábia Saudita comprou, em 2014, US$ 355 milhões do produto, o que equivale a quase 100 mil toneladas. O valor representa 10% de tudo o que o Brasil exporta em carne bovina, que soma 1,1 milhão de toneladas anualmente.

“Este é um momento muito importante para o Brasil, é motivo de comemoração”, afirmou a ministra durante a reunião da sede da SFDA, elogiando o papel decisivo do embaixador do Brasil na Arábia Saudita, Flavio Marenga, durante as negociações.

PARCERIA – O Mapa pretende colocar fim a todos os embargos à carne brasileira. “A Arábia Saudita era um dos últimos países que nos faltava. O último será o Japão, onde deveremos abrir o mercado para nossa carne processada”, disse a ministra.

Mohammed Al-Meshal destacou a prosperidade da agricultura brasileira e agradeceu a parceria. “Dependemos dos alimentos de vocês, precisamos de vocês. A abertura do mercado de carnes é boa para o Brasil, mas também é muito bom para a Arábia e para nossa população”, enfatizou o CEO.

Kátia Abreu afirmou que o próximo passo é expandir a venda de produtos brasileiros que já têm acesso ao mercado saudita e explorar novos itens, como frutas, mel e arroz. A perspectiva do governo árabe é reduzir a produção própria de grãos para evitar consumo de água na agricultura.

“Já somos os maiores fornecedores de frango, café e açúcar da Arábia Saudita e agora teremos uma grande oportunidade de negócios para o Brasil, ao reforçar a venda de grãos para esse mercado”, observou a ministra. (Fonte: Assimp do Mapa)

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Cooper Une apresenta nova frota de micro-ônibus

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Camaragibe (10/11) – O sábado (7/11) foi de muita festa na sede da Cooperativa da União dos Profissionais do Ramo de Transporte Coletivo de Passageiros (Cooper UNE), na cidade de Camaragibe, que fica a 15 km do Recife (PE). Políticos, gestores de empresas parceiras e cooperados foram convidados para conhecer os novos micro-ônibus que serão integrados ao sistema de transporte da cidade e que ocuparão o espaço deixado pelas kombis no município. Representando o Sistema OCB/PE, o gerente de Desenvolvimento de Cooperativas do Sescoop/PE, Emanuel Sampaio, prestigiou o evento.

Ao todo, são 14 novos veículos de transporte. Eles aposentarão as antigas kombis e tomarão as linhas Santana/Tabatinga e Vale das Pedreiras/Céu Azul, antes ocupadas por elas, a partir do dia 16 de novembro. Os micro-ônibus têm capacidade para transportar de 24 até 36 pessoas sentadas.

Possuem elevadores destinados aos cadeirantes e um espaço próprio para pessoas com deficiência visual, que estejam acompanhadas por cão guia. No quesito segurança, a cada cinco segundos, uma câmera irá tirar fotos do passageiro que acabou de entrar no ônibus e fará a comparação com o registro do bilhete eletrônico, investigando se a identidade confere. Caso haja alguma irregularidade entre a pessoa e o bilhete, as informações são geradas para a cooperativa, local de onde a polícia poderá ser acionada.

Ainda no ponto do bilhete eletrônico, o modo com que ele será trabalhado é algo inovador em todo o estado. O sistema vai ser feito de modo municipal. Em diversos pontos da cidade, serão instalados locais para cadastro do bilhete, com cartões diferenciados aos estudantes, idosos ou pessoas com necessidades especiais.

Os horários de pico e a quantidade de passageiros dentro das linhas serão monitorados e as informações repassadas à central. Após a mensuração de 90 dias, a mobilidade será retrabalhada para garantir o transporte mais rápido ao passageiro e com o mínimo de aperto nos coletivos.

“Queremos conhecer os horários das pessoas em Camaragibe. As informações serão geradas e discutidas com o propósito de garantir uma melhor mobilidade dentro do município por meio dos novos veículos”, explicou Jorge Mesquita, gerente de TI da Radsoft, empresa parceira da Cooper UNE na aquisição e implementação do sistema.

Para o presidente da Cooper Une, Arnaldo Vieira, contar com um novo jeito de oferecer mobilidade dentro do município é um sonho antigo e que, agora, pode ser comemorado. “Há 10 anos lutamos pelo transporte público de qualidade. Hoje, acho que essa qualidade chegou. Sei que as pessoas dependentes desses micro-ônibus se sentirão mais valorizadas quando colocarem os pés nesses novos modelos”, frisou Arnaldo.

A valorização do passageiro também foi citada pelo vice-prefeito da cidade, Bosco Silva. Na visão dele, a retirada das kombis das ruas representa uma ação positiva dentro de Camaragibe. “A Cooperativa faz um excelente trabalho quando renova a frota e investe na qualidade de vida das pessoas. As kombis não são mais uma realidade. Elas tinham poucos quesitos de conforto e segurança. A partir de agora, as pessoas poderão aproveitar um momento ímpar no transporte dentro da cidade. É um exemplo a ser seguido em todo estado”, concluiu. (Fonte: Assimp Sistema OCB/PE)

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Sistema OCB/RJ participará do Salão do Táxi Rio de Janeiro

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Rio de Janeiro (10/11) – O Riocentro sediará nos dias 13 e 14 de novembro o Salão do Táxi Rio de Janeiro. O evento terá como um dos focos a qualificação profissional dos taxistas. O Sistema OCB/RJ é um dos patrocinadores do Salão, que promete reunir mais de 5 mil profissionais dentre cooperados, empresários, diretores, gerentes e administradores de cooperativas e empresas de frotas de todo o Estado do Rio de Janeiro.

A OCB/RJ fomentará a criação e o desenvolvimento de cooperativas de táxi. O presidente e diretores da instituição receberão os interessados e apresentarão as atividades da instituição. Já o Sescoop/RJ oferecerá, gratuitamente, um espaço para a troca de informações e experiências. Profissionais da instituição ministrarão palestras expressas de capacitação profissional para taxistas além de desenvolver debates com temáticas direcionadas.

Entre as capacitações que serão ministradas pela equipe do Sescoop/RJ estão: a oportunidade de negócios com os Jogos Olímpicos Rio 2016, questões tributárias e novos cenários para cooperativas de táxis. Este último tema, inclusive, abordará a influência que a chegada de novas tecnologias tem nas instituições cooperativistas.

O presidente do Sistema, Marcos Diaz, acredita ser de extrema importância a realização de capacitações e diz que a população fluminense será a mais beneficiada com os treinamentos. “Os taxistas, através das formações, serão capazes de prestar um serviço de melhor serviço. A instituição está fazendo o que há ao nosso alcance para melhorar a capacitação profissional da categoria”, ressalta.

O diretor da OCB/RJ e representante do ramo Transporte no Rio de Janeiro, Vinícius Mesquita, afirma acreditar no retorno positivo dos debates. “Será essencial para a construção de um novo modelo de serviço de táxi no município do Rio de Janeiro”, diz.

AGENDE-SE - Com entrada franca e estacionamento gratuito para táxis, o Salão do Táxi será realizado nos dias 13 e 14 de novembro, no Riocentro localizado na Avenida Abelardo Bueno, nº 6.555 – Barra da Tijuca, a partir de 11h. (Fonte: Assimp Sistema OCB/RJ)

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Sistema OCB/PE realiza ação de saúde e bem-estar do homem

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Cabo de Santo Agostinho (9/11) – O Sescoop/PE e a cooperativa Coopertranscabo, do Ramo Transporte, realizam, no próximo dia 21/11, mais uma ação comemorativa ao mês Novembro Azul. A ação contará com orientações sobre cuidados pessoais e prevenção das doenças mais comuns no sexo masculino. Esse é o terceiro evento da ação Saúde e Bem-Estar do Homem e acontece na sede da cooperativa, no centro da cidade do Cabo de Santo Agostinho, que fica a 37 km do Recife.
 
Para o presidente da Coopertranscabo, Arnaldo José de Souza Filho, a expectativa é positiva. “A maioria de nossos operadores é homem e resolvemos aproveitar o mês para levar até eles a informação sobre higiene pessoal e outros temas relevantes. O homem, em geral, reluta para buscar orientação médica”, afirmou. 
 
O presidente também reforçou a importância da parceria entre a cooperativa e o Sescoop/PE, que já aconteceu em outras oportunidades. “O Sescoop/PE é muito importante pela qualificação. No ano passado, participamos de dois cursos: Atendimento ao Cliente e Direção Defensiva”, concluiu.
 
A ação Saúde e Bem-Estar do Homem é uma iniciativa da área de Promoção Social do Sescoop/PE com cooperativas pernambucanas, que busca atender a cooperados e colaboradores. Já receberam a ação as cooperativas Coopstar e Cooptta. Para saber mais, entre em contato pelo e-mail: Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. (Fonte: Assimp Sistema OCB/PE)
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Constituição de fundo com recursos do Funcafé é debatido na Câmara dos Deputados

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Durante audiência pública na Câmara dos Deputados, com participação do Sistema OCB, setor cafeeiro propôs discussão técnica e mais aprofundada sobre o tema

Brasília (6/11) – A criação de um fundo garantidor de risco para cafeicultores com recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) tem causado preocupação no setor produtivo. O assunto foi pauta de uma audiência pública realizada ontem na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados. Além de parlamentares e integrantes do governo, a audiência contou com a participação do setor cafeeiro e do cooperativismo.

O fundo garantidor de risco é o foco central do Projeto de Lei nº 1655/15, do deputado Carlos Melles (MG), cuja relatoria está por conta do deputado Evair de Melo (ES), integrante da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), onde atua como representante do setor ambiental.

O projeto prevê a retirada de um limite de R$ 200 milhões do Funcafé para a formação do fundo garantidor. Tal fundo garantiria até R$ 2 milhões por produtor ou R$ 20 milhões por cooperativa. Isso quer dizer que o produtor rural ou a cooperativa que não têm como comprovar garantias, possam contratar empréstimos por meio de um aval obtido junto ao fundo.

Pelas regras vigentes, o Funcafé destina-se prioritariamente à compensação dos incentivos concedidos à exportação de café e à formação de estoques reguladores.

A audiência foi sugerida pelo deputado Silas Brasileiro (MG), que também é presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), temeroso de que a proposta desvirtue o Funcafé. Ele reclamou ainda de o Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), órgão gestor do fundo, vinculado ao Ministério da Agricultura, não ter sido ouvido.

“O recurso do Funcafé é oriundo do confisco de produtores. É um fundo intocável. Esta é a única cultura agrícola do Brasil que tem um fundo. Sua finalidade é gerar renda, gerar lucro ao produtor. A partir do momento em que não se tenha mais esse fundo, o produtor ficará em dificuldade”, observou Brasileiro.

O analista técnico e econômico do Sistema OCB, Pedro Silveira, representou as cooperativas produtoras de café, enfatizando que o assunto ainda carece análise mais profunda. “Nós do movimento cooperativista consideramos que a iniciativa é importante, especialmente se levarmos em consideração todas as dificuldades que tanto produtores quanto cooperativas têm na hora de contratar crédito. Contudo, avaliamos que é necessário discutir o assunto com o CDPC e que haja uma realimentação do Funcafé, afinal de contas, o projeto de lei prevê apenas a saída de recursos, mas não fala nada sobre a recomposição do Fundo. Precisamos discutir técnica e operacionalmente para avaliar se iremos criar algo perene ou provisório”, argumenta o Silveira.

RECURSOS DA UNIÃO - Silas Brasileiro sugeriu uma modificação no projeto para que a União também entre com recursos no socorro ao cafeicultor. “Precisamos de uma política de governo que gere renda e que atenda à todo o setor. Como o governo é o responsável pela falta de política, consequentemente quem tem que arcar com o prejuízo é o Tesouro Nacional”, comenta.

Outros participantes do debate demonstraram a mesma preocupação de Silas Brasileiro. “Um dos objetivos do fundo é financiar a estocagem do café. O Brasil é um grande produtor, mesmo colhendo uma safra pequena. Se não tiver um ordenamento da oferta, não há mercado que resista”, disse o coordenador do CNC, Maurício Miarelli.

A sugestão do governo também vai no sentido de a União entrar com recursos, caso exista gestão de riscos, como afirmou o diretor do Departamento de Crédito, Recursos e Riscos do Ministério da Agricultura, Vitor Ozaki. “A política de gestão de risco rural do ministério subvenciona parte do prêmio do seguro agrícola. Se o produtor tem que pagar de prêmio R$ 1 mil e a se a subvenção for de 50%, o produtor paga R$ 500 e o governo, outros R$ 500, com recursos do Tesouro”, explicou o diretor.

DESFECHO – O relator da proposta na comissão, deputado Evair de Melo (ES), anunciou a retirada de seu relatório de pauta para discuti-lo mais e levar o assunto ao CDPC. No parecer inicial, Melo havia sugerido a aprovação do projeto com emenda que autoriza a participação da União no fundo garantidor.

FUNCAFÉ - O Fundo de Defesa da Economia Cafeeira – Funcafé, criado pelo Decreto-lei nº 2295/86, e destina-se ao financiamento, modernização, incentivo à produtividade da cafeicultura, da indústria do café e da exportação; ao desenvolvimento de pesquisas, dos meios e vias de transportes, dos portos, da defesa do preço e do mercado, interno e externo, bem como das condições de vida do trabalhador rural. Seu objetivo é financiar o custeio, a colheita e a estocagem da produção cafeeira brasileira.

Os beneficiários são os cafeicultores (pessoas físicas e jurídicas), associados de cooperativas de Crédito Rural de Sicoob, em financiamento contratados diretamente ou repassados por suas cooperativas de produtores rurais. (Com informações da Agência Câmara)

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Governo indica não obrigatoriedade de DPVAT para máquinas agrícolas

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Brasília (6/11) – As máquinas agrícolas estão isentas do pagamento do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT). A informação é proveniente do Ministério da Fazenda, que respondeu a um questionamento encaminhado pelo deputado Alceu Moreira (RS), representante de assuntos econômicos da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop).

A resposta do Ministério da Fazenda foi dada logo após o veto da presidente Dilma Rousseff a um dispositivo da Medida Provisória 673/2015 que dizia respeito à dispensa do DPVAT. A justificativa do veto da presidente exigia o pagamento, ou seja, queria insistir na cobrança, o que foi negado pela Fazenda.

O ministério explicou, ainda, que na inexistência do licenciamento, conforme previsto na MPV sancionada, o DPVAT automaticamente fica isento, não havendo legalidade na sua cobrança. Entretanto, a decisão indica que, no caso de um acidente com esse tipo de veículo, a vítima não terá cobertura do seguro.

Conforme posição do Sistema OCB, a cobrança do DPVAT sobre máquinas agrícolas resultaria num custo muito superior ao cobrado dos carros de passeio, que circulam exclusivamente nas rodovias. Até porque as máquinas agrícolas circulam 99% do tempo dentro das propriedades e com uma incidência de acidentes inferior a 1% do total ocorrido no país.

Ainda de acordo com o Ministério, o questionamento do deputado Alceu Moreira gerou uma minuta de resolução normativa, a ser analisada nos próximos dias, para esclarecer melhor as isenções previstas aos proprietários de tratores, colheitadeiras e outras máquinas agrícolas.

HISTÓRICO – Uma das grandes conquistas legislativas do setor agropecuário em 2015 diz respeito à aprovação da MPV 673/2015, transformada na Lei nº 13.154/2015. A nova lei estabelece que as máquinas agrícolas, caso transitem em via pública, ficam sujeitas ao registro único, sem ônus, em cadastro específico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), dispensados o licenciamento e o emplacamento. O registro é exigível a máquinas produzidos a partir de 1º de janeiro de 2016.

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Roberto Rodrigues se reúne com Diretoria Executiva do Sistema OCB

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Brasília (5/11) – O embaixador especial da FAO para o cooperativismo mundial, Roberto Rodrigues, se reuniu hoje com a diretoria executiva do Sistema OCB, para discutir a realidade do cooperativismo brasileiro, bem como as estratégias para torná-lo conhecido e reconhecido pela sociedade como movimento capaz de transformar a realidade socioeconômica das pessoas.

A reunião ocorreu na Casa do Cooperativismo, em Brasília e o embaixador, grande defensor do desenvolvimento sustentável e dos recursos naturais, fez questão de marcar sua passagem com um gesto que retrata sua preocupação com o futuro das novas gerações. Rodrigues plantou mudas de ipês ao redor da sede da Organização, junto com o presidente da entidade, Márcio Lopes de Freitas.

“O gesto de plantar uma árvore tem, para mim, três importantes sentidos: o primeiro é o da esperança no futuro. A planta enfrentará as intempéries naturais e deve florescer um dia, trazendo à tona a inspiração de que precisamos para continuar caminhando; o segundo diz respeito ao desprendimento e à humildade. Esta árvore viverá diversas décadas e eu, provavelmente, não estarei lá quando ela estiver vivendo sua plenitude, mas saberei que contribui com isso; e, por último, é uma ação concreta de caráter ambiental. Esta árvore vai sequestrar carbono, manter a água no solo, melhorará a qualidade do ar. Estes são os grandiosos retornos deste gesto”, explica Rodrigues.

PREFERÊNCIA – Segundo ele, sua planta favorita é o ipê amarelo. “Costumo dizer que ele é a árvore nacional, pois floresce em todas as partes do país. Além disso, é um grande exemplo para nós. O auge de sua florada ocorre entre os meses de agosto e setembro, em condições extremas de falta d’água, quando tudo parece morto. Aí, o ipê amarelo surge com sua resistência e beleza, sorrindo para quem passa pelas estradas e ruas”.

REFERÊNCIA – Roberto Rodrigues é um dos grandes entusiastas do cooperativismo mundial. Aqui no Brasil, além de ministro da Agricultura, ele também ocupou o cargo de presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) no período de 1985 a 1991.

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