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Notícias negócios

 

ARTIGO: 15 anos de livre admissão de associados

“Não temos que olhar a concorrência e dizer que vamos fazer melhor... Temos que olhar a concorrência e dizer que vamos fazer diferente.” (Steve Jobs)
 

 

Em 25 de junho de 2003, por meio da Resolução nº 3.106, do Conselho Monetário Nacional (CMN), mediante proposta do Banco Central do Brasil (BC), o cooperativismo financeiro conquistava o direito de estender os seus benefícios societários e operacionais a toda a sociedade, independente de vínculo profissional ou econômico das pessoas físicas e jurídicas interessadas em integrar o movimento. É o que no sistema cooperativista chamamos de livre admissão.

Do lado dos usuários de serviços financeiros – público em geral –, a liberdade de acesso a outro fornecedor, com características singulares, especialmente o de compartilhar a propriedade do empreendimento, revelou-se igualmente um importante triunfo.

O uso da prerrogativa pelas cooperativas permite que mitiguem os riscos inerentes à concentração em segmentos específicos. Já o contato com novos públicos, por outro lado, traz mais complexidade à gestão, exigindo maior qualificação profissional.

Da mesma forma, a diversificação e a amplitude associativas, além da extensão do atendimento nos médios e grandes centros urbanos, viabilizou, economicamente, o ingresso das cooperativas em pequenas e remotas comunidades pelo interior do país, muitas delas até então desprovidas de produtos e serviços bancários.  Aliás, hoje em mais de 600 localidades brasileiras os serviços bancários – crédito, entre eles - chegam à população graças, unicamente, às cooperativas. É dizer, sem as cooperativas centenas de milhares de trabalhadores e empreendedores teriam de deslocar-se a outras praças, provocando evasão de riquezas e empobrecimento de suas comunidades.

O aumento na escala de usuários igualmente estimulou e tornou possível a oferta de produtos e serviços além da captação e do crédito, facultando aos cooperados a migração integral para a cooperativa e livrando-os de um segundo relacionamento bancário, sempre oneroso e operacionalmente inconveniente.

Para se ter ideia do (acelerado) crescimento nessa década e meia de livre admissão, o cooperativismo financeiro saltou de 1,9 milhão, em 2003, para 9,8 milhões de membros, em 2017. Fazendo um recorte somente das cooperativas de livre admissão em 31/12/2017, constata-se que, apesar de somarem apenas 1/3 das entidades, elas detêm mais de 70% das agências, representam 74% dos cooperados e concentram 75% dos depósitos, das operações de crédito e dos ativos do cooperativismo.  

A propósito de custos de produtos e serviços, considerando que não visam ao lucro – pois o seu cliente é também o seu dono –, as cooperativas, à medida em que ampliam a sua escala associativa e operacional conseguem praticar tarifas e taxas de juros mais em conta que o sistema bancário convencional. Em muitos casos nem mesmo há cobrança de pacotes de tarifas, e em algumas linhas de crédito a taxa de juros chega a ser 50% inferior à praticada pelos demais agentes financeiros, de acordo com o Relatório de Economia Bancária/2017, do BC. Essa precificação diferenciada, só em 2017, gerou um ganho econômico agregado para os cooperados na ordem de R$ 20 bilhões, valor este que permaneceu nas respectivas comunidades irrigando a economia local.

Em síntese, a atuação societária e operacional irrestrita permite que as cooperativas cumpram com maior efetividade os seus quatro grandes objetivos: promoção da inclusão e educação financeiras; desenvolvimento econômico, pela retenção e reinvestimento da poupança nas próprias comunidades; atendimento integral das demandas financeiras dos cooperados, com preços justos e mediante um atendimento qualificado ; motivação para o reposicionamento do mercado bancário como um todo na busca de maior convergência com as expectativas dos seus clientes.

Os resultados já alcançados demonstram o acerto da abertura normativa, que se tornou um marco no processo de emancipação das cooperativas. E o que se reserva ao cooperativismo financeiro? Entre desafios e oportunidades, o segmento haverá de partir para uma consolidação estrutural, eliminando atividades e componentes organizacionais redundantes em todos os níveis (cooperação intrassistêmica) e intensificando a colaboração entre as diferentes bandeiras (cooperação intersistêmica); deverá dar continuidade ao processo de aprimoramento da governança, tanto estratégica como executiva; precisará avultar e qualificar os investimentos em tecnologia, até mesmo para acompanhar a revolução em curso no mundo digital; terá de escalar o número de cooperados, dedicando especial atenção aos ingressantes no mercado bancário, e com eles intensificar o relacionamento operacional.


SOBRE O AUTOR

Ênio Meinen, diretor de operações do Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob) e coautor/autor, respectivamente, dos livros Cooperativismo financeiro: percurso histórico, perspectivas e desafios  e Cooperativismo financeiro: virtudes e oportunidades. Ensaios sobre a perenidade do empreendimento cooperativo, obra esta também versionada em língua inglesa sob o título Financial cooperativism: virtues and opportunities. Essays on the endurance of cooperative entreprise.

Cooperativismo: aliando teoria e prática

​Brasília (27/6/18) – O cooperativismo é um modelo de negócio que alia desenvolvimento social e econômico, teoria e prática. Por isso, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) se uniram para estimular a produção científica com foco nas cooperativas e, ainda, aproximar os pesquisadores do dia-a-dia dos cooperados brasileiros.

Na primeira chamada pública organizada pelo Sescoop e CNPq, o número de inscrição superou as expectativas. No total, 374 projetos de pesquisa garantiram sua participação na seleção, que escolherá 28 trabalhos, cujos autores receberão um estímulo financeiro para o custeio das pesquisas, além de bolsas. O valor total destinado aos projetos a serem selecionados é R$ 2,7 milhões.

Segundo a diretora de Engenharia, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do CNPq, Adriana Tonini, como o cooperativismo é uma área relativamente nova no cenário de pesquisas acadêmicas e também no âmbito do CNPq o número de projetos inscritos impressionou.

“Por ser uma área inovadora, acreditávamos que a comunidade teria, sim, interesse em participar da seleção. Assim, atuamos de forma bem intensa no sentido de divulgar a chamada, em várias frentes e de diversas maneiras, junto a universidades e centros de pesquisa. O resultado foi, realmente, muito expressivo”, avaliou.​​

EIXOS

Os projetos de pesquisa devem estão alinhados aos seguintes eixos:

a) Impactos econômicos e sociais do cooperativismo nas comunidades e no país. Neste eixo foram inscritos 151 projetos;
b) Competitividade e inovação nas cooperativas, com 139 intenções de pesquisa;
c) Governança cooperativa, que contou com 67 inscrições;​
d) Cooperativismo e cenário jurídico, com 17 projetos inscritos.​​

REGIÕES

Essa chamada de trabalhos de pesquisa científica também foi um sucesso em relação à participação de pesquisadores de todas as regiões do país. O Sul, por exemplo, foi a região que mais inscreveu projetos. No total, os pesquisadores do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul completaram com sucesso o registro de 133 projetos. No ranking, as demais regiões aparecem nas seguintes posições: Sudeste (103), Nordeste (69), Centro-Oeste (36) e Norte (33).​​

PRÓXIMOS PASSOS

Os projetos inscritos entrarão, em breve, na fase de análise. Para saber do resultado final, fique atento às atualizações do site do CNPq.​Confira, abaixo, a entrevista realizada com a diretora de Engenharia, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do CNPq, Adriana Tonini:​​

​Como a senhora avalia o interesse dos pesquisadores pelo cooperativismo?​

Adriana Tonini - Nossa avaliação é extremamente positiva, especialmente se considerarmos a distribuição da temática nas quatro linhas (impactos econômicos e sociais do cooperativismo nas comunidades e no país; competitividade e inovação nas cooperativas, governança cooperativa e cooperativismo e cenário jurídico).

Essa divisão por linhas permitiu despertar, no pesquisador, o interesse dentro de sua área de pesquisa para a submissão das propostas e, ainda, promover uma distribuição regional, o que explica a quantidade significativa do número de propostas, que representam significativamente o mapa do nosso país, pois recebemos inscrições de todas as regiões.​​

O número de projetos inscritos era esperado? Como o CNPq avalia a demanda?

Adriana Tonini - Como o cooperativismo é uma área relativamente nova no cenário de pesquisas acadêmicas e também no âmbito do CNPq, o número de projetos inscritos superou nossas expectativas. Contudo, por ser uma área inovadora, acreditávamos que a comunidade teria, sim, interesse em participar da seleção. Assim, atuamos de forma bem intensa no sentido de divulgar a chamada, em várias frentes e de diversas maneiras, junto a universidades e centros de pesquisa. O resultado foi, realmente, muito expressivo. ​​

A chamada representa um avanço na aproximação entre as cooperativas e as instituições de ensino e pesquisa?

Adriana Tonini - Com certeza! Conforme comentei anteriormente, o tema cooperativismo é algo novo e, considerado a grande demanda que tivemos nesta chamada, podemos inferir que o assunto estava carente de investimentos que estimulassem a pesquisa e, em consequência disso, as descobertas que fortaleçam a atuação das cooperativas de maneira sustentável. Acredito que conseguimos atender aos anseios reprimidos de um grupo grande de pesquisadores, em todo o território nacional, o que pode ser constatado pela inscrição de projetos localizados nas cinco regiões do país.​​

De que forma o CNPq enxerga esse relacionamento entre academia e cooperativas?

Adriana Tonini - Nós, do CNPq, não vemos outro caminho para a transferência e a difusão de tecnologia e, ainda, para a geração de produtos, processos e serviços inovadores que não seja por meio das parcerias entre academia e institutos de pesquisa. E, agora, com esse estímulo do movimento cooperativista, uma nova fronteira se abre, nos auxiliando na nossa missão, que é a de fomentar a Ciência, Tecnologia e Inovação e atuar na formulação de suas políticas, contribuindo para o avanço das fronteiras do conhecimento, o desenvolvimento sustentável e a soberania nacional.​​

Em sua opinião, por que é tão importante para o cooperativismo investir em pesquisa?

Adriana Tonini - Porque esse investimento trará benefícios à sociedade como um todo, afinal, as cooperativas são responsáveis por promoverem o desenvolvimento econômico e social tanto dos seus cooperados quanto das comunidades onde estão inseridas. Além disso, espera-se também que essas pesquisas contribuam para o aprimoramento e melhoria da gestão econômica e social dessas organizações.

Que mensagem deixaria aos pesquisadores inscritos na chamada ou que buscam mais incentivos para desenvolver pesquisas sobre o cooperativismo?

Adriana Tonini - Bem, nós sabemos que, devido ao valor total da chamada, apenas cerca de 7% de todas as propostas inscritas serão efetivamente aprovadas e, assim, custeadas. Por isso, gostaria de dizer aos pesquisadores que ainda não foram contemplados que busquem formas de implementar suas propostas de pesquisas. Agindo assim, eles estarão contribuindo para a geração de novos conhecimentos e propiciando, ainda, avanços teóricos e metodológicos acerca do cooperativismo.

Para além disso, esperamos poder lançar, em breve, novas chamadas que oportunizem contemplar outras propostas, afinal de contas, temos a certeza de que grande parte dos projetos inscritos tem potencial para impactar, positivamente, essa área de conhecimento.

Por fim, gostaria de destacar nosso agradecimento a todos os pesquisadores que participaram desse processo. Na medida em que as ideias forem saindo do papel, por meio da execução das pesquisas em si, teremos a certeza de que valeu a pena. Com o interesse dos pesquisadores e com as informações das cooperativas o Brasil inteiro só tem a ganhar... e muito.

Cooperativas de trabalho discutem terceirização

Brasília (22/6/18) – Discutir o contexto que envolve a prestação de serviços terceirizados por cooperativas de trabalho. Este é um dos objetivos do Seminário do Ramo Trabalho da Região Sul, realizado no início desta semana pelo Sistema OCB e Sescoop/RS, em Porto Alegre. O evento contou com a participação de representantes do movimento cooperativista de todo o país.

A abertura do seminário contou com o presidente do Sistema Ocergs, Vergilio Perius, do representante da diretoria da OCB no Conselho Consultivo do Ramo Trabalho, Petrucio Magalhães, do secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo do RS), Tarcísio Minetto, e da coordenadora do Conselho Consultivo do Ramo Trabalho e presidente da Fetrabalho/RS, Margaret Garcia da Cunha.

As lideranças fizeram uma breve contextualização a respeito dos seminários regionais, que têm sido promovidos pela OCB, com a intenção de discutir a realidade e as oportunidades do segmento, visando o desenvolvimento sustentável das cooperativas de trabalho.

TERCEIRIZAÇÃO

O primeiro painel do evento foi mediado pela coordenadora jurídica da Ocepar, Micheli Mayumi Iwasaki, e teve como tema Cooperativas de Trabalho e Terceirização. O advogado trabalhista, José Pedro Pedrassani, discorreu sobre as diferenças entre uma empresa S.A e uma cooperativa, as responsabilidades social e econômica de cada uma, os deveres e direitos dos associados, como por exemplo o mesmo direito de voto.

Em seguida, a assessora jurídica da OCB, Milena Cesar, falou sobre a atuação da entidade, junto aos Três Poderes da instituição, com foco na Lei da Terceirização e seus impactos no cooperativismo. O advogado trabalhista, Tiago Machado, defendeu que a Lei da Terceirização não se aplica às cooperativas de Trabalho e que o estatuto social da cooperativa é a fonte de direito que rege a ligação entre ela e seus associados. Após uma análise dos julgamentos da Justiça do Trabalho ele instruiu que as cooperativas se organizem de forma sistêmica e verticalizada e busquem o apoio do Ministério do Trabalho e Emprego para ampliar, ainda, a profissionalização da gestão.

Por fim, o desembargador federal do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, Luís Alberto de Vargas, lembrou da origem do cooperativismo de Trabalho, suas vantagens para o associado, sua responsabilidade de educar e formar cidadãos mais conscientes, algumas vantagens da Lei da Terceirização para o ramo e finalizou: “Vocês não podem ter medo de dialogar com as autoridades. Vocês têm uma bela história. Não se envergonhem e continuem lutando”.


GESTÃO

Ao abrir o segundo painel do dia, que tratou dos Programas de Gestão das Cooperativas e teve como mediador o coordenador de Autogestão e Treinamento do Sescoop/SC, Élvio Silveira, o superintendente técnico-operacional do Sistema Ocergs, Gerson Lauermann, enfatizou que para contribuir cada vez mais para a transparência e melhoria da gestão das cooperativas é preciso ter informação.

Segundo Lauermann, o Programa de Desenvolvimento Econômico-Financeiro (GDA) transforma essas informações em indicadores de desempenho, que oferecem dados e números que proporcionam saber como estão as cooperativas. Destacou, ainda, que o GDA é uma das ferramentas disponíveis para o acesso, de forma rápida, fácil e confiável, às principais informações econômicas e financeiras de todas as cooperativas da sua região.

Lauermann afirmou, ainda, que as cooperativas precisam dar resultado e agregar valor ao cooperado. O discurso é reforçado pela gerente de Desenvolvimento da Gestão de Cooperativas do Sistema OCB, Susan Miyashita Vilela, que também participou como palestrante do painel. “Sem viabilidade econômica a cooperativa não existe e sem viabilidade social a cooperativa não tem razão de existir. A cooperativa precisa dar resultado e para poder dar resultado ao cooperado ela precisa agregar valor ao mesmo”, afirmou.

Ao explanar sobre o GDA, Susan ressaltou que qualquer empresa precisa ter acompanhamento para obter resultado. “Para a OCB, o resultado se torna palpável a partir de três eixos: Gestão, Governança e o eixo Ser Cooperativa”, enfatiza.

Susan comentou sobre o índice de melhoria das cooperativas de Trabalho que aderiram aos programas de gestão. De acordo com o levantamento da OCB, o índice das cooperativas do ramo é de 60,4% no primeiro ano de adesão ao GDA, percentual inferior ao índice nacional de todos os ramos, que é de 65,9%. O ramo Trabalho apresenta índices de 75,3%, 81,3% e 86,7% no segundo, terceiro e quarto ano, respectivamente.


JUDICIÁRIO

No âmbito jurídico, Mário De Conto coloca o desenvolvimento de modelos de governança democrática, e a visão do judiciário trabalhista e do Ministério Público do Trabalho a respeito do cooperativismo de Trabalho como desafios do setor.

“O modelo do cooperativismo de Trabalho pode sim dar certo, desde que se demonstre que o resultado do trabalho vai efetivamente para o trabalhador, e que se comprove que o cooperativismo de Trabalho pode ser uma instância democrática de serviço. Esse é o nosso desafio, demonstrar essa viabilidade do modelo do cooperativismo de Trabalho para que ele possa ter papel dentro dessa nova economia, dessa economia digital”, afirmou De Conto.

Entre as oportunidades levantadas, além do cooperativismo de plataforma, os representantes das cooperativas destacaram a gestão pró-sustentabilidade do ramo Trabalho, a importância da busca de mercados, a lei da terceirização e as ferramentas de gestão oferecidas pelo Sistema OCB.


OPORTUNIDADE

O terceiro painel do evento contou com a mediação da analista técnica e econômica do Sistema OCB, Carla Bernardes de Souza, e teve como tema central o debate sobre as inovações e as plataformas de negócios que surgem como oportunidade para as cooperativas. Em sua explanação, o desembargador federal do Tribunal Regional do Trabalho, Ricardo Fraga, salientou a importância de o movimento cooperativista buscar o diálogo e a aproximação com o Ministério Público do Trabalho, com o objetivo de esclarecer e dirimir as dúvidas sobre as particularidades da legislação cooperativista, ainda de difícil compreensão por parte dos órgãos competentes.

Fraga afirmou que o cooperativismo traz em sua essência o papel de organizador social. “O nosso papel hoje é de sermos organizadores sociais e, por isso, o cooperativismo tem muito a contribuir. Para aumentar a coesão social, o cooperativismo é um grande tema e uma excelente alternativa”, complementou.

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Experiência alemã pode contribuir com cooperativas agro



Brasília (19/6/18) – A Alemanha é considerada um dos países onde o jeito cooperativo de fazer negócio já possui uma base sólida, sustentada por um importante tripé: arcabouço jurídico favorável, significativa participação econômica e reconhecimento da sociedade. E, por isso, representantes do cooperativismo brasileiro estiveram lá, durante toda a última semana. O objetivo da imersão foi conhecer a experiência das cooperativas agropecuárias alemãs para, então, identificar e replicar boas práticas que possam ser desenvolvidas aqui no Brasil.

A missão internacional faz parte de um acordo de cooperação técnica firmado em julho do ano passado, entre Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Sistema Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e Confederação das Cooperativas Alemãs (DGRV).

Ambas as instituições pretendem viabilizar, no âmbito das cooperativas agropecuárias brasileiras, serviços de alta qualidade, de acordo com as necessidades de qualificação, fortalecimento da gestão, padronização de processos e potencialização de controles e resultados.

Durante a viagem, os brasileiros tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais de perto sobre o sucesso do movimento cooperativista alemão. O grupo visitou confederações de cooperativas, federações regionais, cooperativas e, ainda, o Ministério de Alimentação e Agricultura do país. O roteiro incluiu, também, uma visita a Academia das Cooperativas da Alemanha (ADG), uma das mais famosas do mundo.

A ADG foi criada em 1970 e é a responsável pela capacitação de diretores e executivos de cooperativas (particularmente diretores dos bancos cooperativos) e também dos auditores que atuam diretamente no movimento cooperativista da Alemanha. A Academia é uma associação sem fins lucrativos e seus sócios são as cooperativas da Alemanha que realizam uma contribuição anual, com base em seus ativos.

“É sempre muito rico conhecer a realidade do movimento cooperativista de outros países, especialmente, o da Alemanha, já consolidado social, econômica e politicamente. Ver como eles conseguiram superar as dificuldades que ainda temos por aqui é, certamente, um caminho alternativo para vencermos os obstáculos seja no âmbito da gestão ou de marcos legais que estimulem o desenvolvimento das cooperativas brasileiras”, avalia Renato Nobile.

DGRV

A Confederação Alemã de Cooperativas (DGRV) é o órgão de representação das cooperativas na Alemanha. Desenvolve o trabalho de representação política, capacitação dos cooperados, além de auditoria e avaliação do desempenho em seu mercado de atuação.

Na Alemanha, a legislação obriga que todas as cooperativas sejam auditadas a cada ano. O mandato de auditoria foi outorgado à DGRV e às federações regionais de auditoria. Desta maneira, as cooperativas estão sujeitas a auditorias estatutárias. Outra tarefa fundamental das federações é assessorar as cooperativas, em particular no que se refere a gestão de negócios, questões jurídicas e a organização de atividades de capacitação e treinamento.

A nível nacional existem quatro federações orientadas para determinados ramos que cuidam dos interesses das cooperativas afiliadas (assessoria, coordenação, informação e atividades de governança):

- BVR: Associação Federal de Bancos Populares e Bancos Raiffeisen responde pelo interesse de todos os bancos filiados.
- DRV: Federação Alemã Raiffeisen, atendendo a cooperativas rurais de mercadorias, industrialização e serviços.
- ZGV e.V: Federação Central dos Grupos Industriais Integrados atende as cooperativas industriais de mercadorias e serviços.
- ZDK: Federação Nacional das Cooperativas de Consumo.

Sescoop e CNPQ prorrogam inscrição de projetos

Brasília (8/6/18) – Quem desenvolve algum projeto científico sobre o cooperativismo ou pretende estudar esse modelo de negócio tem até a próxima quarta-feira, dia 13, para participar da chamada pública do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O edital conta com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e o prazo de inscrição foi prorrogado até a semana que vem.

Os objetivos são estimular a produção científica sobre a realidade das cooperativas e, ainda, aproximar os pesquisadores de universidades do dia a dia dos cooperados brasileiros. Ao todo, 28 trabalhos serão selecionados e receberão estímulo financeiro para o custeio das pesquisas e bolsas. O valor total destinado aos projetos é de R$ 2,7 milhões.

As propostas devem versar sobre assuntos que se enquadrem em um dos seguintes eixos: impactos econômicos e sociais do cooperativismo nas comunidades e no país; competitividade e inovação nas cooperativas, governança cooperativa e cooperativismo e cenário jurídico.

Os projetos devem ter duração de dois anos e podem concorrer a duas faixas de investimentos. A primeira, de até R$ 25 mil, é direcionada a mestres e recém-doutores. A segunda, de até R$ 150 mil, é voltada para doutores. Para ficar por dentro de todas as informações, é só conferir o edital no site do CNPq. Lá também é possível encontrar um modelo de elaboração de proposta.

Marca do Dia C 2018 ilustra bilhete da loteria federal

Brasília (8/6/18) – O Dia de Cooperar (Dia C) é um programa que só dá certo porque conta com voluntários e parceiros muito especiais. A Caixa Econômica Federal, por meio da Gerência de Produtos Lotéricos, é um deles. A instituição financeira está contribuindo com a divulgação da marca do Dia C 2018, impresso nos 84 mil bilhetes da loteria federal, cuja extração ocorrerá em 7 de julho, Dia Internacional do Cooperativismo, às 19h. Os interessados em adquirir os bilhetes podem se dirigir a qualquer casa lotérica do país, na semana entre 18 e 22 deste mês. O valor total da extração é de R$ 350 mil.

Assim, todos os brasileiros que comprarem o bilhete poderão ver que atitudes simples movem o mundo e reforçam o conceito de que uma grande transformação é o resultado de pequenas ações, muitas vezes até individuais, mas que engajam, inspiram e motivam outras pessoas a fazerem a parte delas”, comenta a gerente de Desenvolvimento Social de Cooperativas do Sistema OCB, Geâne Ferreira.

Celebração

Em função da copa do mundo, a data da celebração do Dia C foi antecipada para o dia 30 de junho.

Impacto

Só no ano passado, mais de dois milhões de pessoas foram beneficiadas pelas iniciativas de quase 1,6 mil cooperativas, realizadas em todas as regiões do país, por mais de 120 mil voluntários. Vale destacar que as iniciativas do movimento Dia de Cooperar estão alinhadas aos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, propostos pela Organização das Nações Unidas, com o objetivo de erradicar a pobreza extrema no mundo até 2030.

Essas iniciativas também reforçam o propósito do Movimento SomosCoop: tornar o cooperativismo mais conhecido pela sociedade e despertar o orgulho naqueles que já fazem da cooperação uma prática diária.

Acesse o site o Dia C e conheça a iniciativa!

Dia Internacional do Cooperativismo celebrará sustentabilidade



Brasília (5/6/18) – Por sua capacidade de gerar trabalho, emprego e renda, aliando o social ao econômico e, assim, transformando realidades ao redor do mundo, mais de 1,2 bilhão de cooperados, em 107 países, celebrarão em 7 de julho, o Dia Internacional do Cooperativismo. A data é estimulada pela Aliança Cooperativa Interancional (ACI), organismo de representação global das cooperativas, da qual a OCB faz parte.

A ideia da ACI é que, nessa data, as cooperativas ao redor do globo, num mesmo dia, realizem ações que mostrem a força do cooperativismo. Por isso, todos os anos, a Aliança define um tema e um slogan para marcar a celebração. Assim, neste ano, o tema Consumo e Produção Responsável faz referência ao Objetivo do Desenvolvimento Sustentável número 12 (clique aqui para conhecer), estabelecido pela ONU, visando a erradicação da pobreza no mundo até 2030. Quanto ao slogan, a ACI propôs o seguinte: “Sociedades sustentáveis por meio da cooperação”.

NO BRASIL

Aqui no Brasil, desde 2015, o Sistema OCB decidiu promover duas celebrações na mesma data: o Dia Internacional do Cooperativismo, que sempre ocorre no primeiro sábado do mês de julho, e o Dia de Cooperar, um movimento composto por iniciativas voluntárias diferenciadas, contínuas e transformadoras, realizadas por cooperativas, em todos os estados brasileiros, e que estão alinhadas com os ODS, da Onu.

Entretanto, por conta dos jogos da Copa do Mundo, o Sistema OCB decidiu antecipar em uma semana as duas celebrações. Assim, as cooperativas brasileiras, apoiadas pelas organizações estaduais e unidade nacional do Sistema OCB realizarão suas ações e iniciativas no dia 30 de junho.

MENSAGEM GLOBAL

Confira abaixo a mensagem da ACI direcionada às cooperativas de todo o mundo a respeito do Dia Internacional do Cooperativismo:

96º DIA INTERNACIONAL DO COOPERATIVISMO

24º DIA INTERNACIONAL DE COOPERATIVAS DAS NAÇÕES UNIDAS

Sociedades sustentáveis por meio da cooperação

No dia 7 de julho de 2018, cooperados de todo o mundo celebrarão o Dia Internacional das Cooperativas. Por meio do slogan Sociedades Sustentáveis através da cooperação, mostraremos que, graças aos nossos valores, princípios e estruturas de governança, as cooperativas possuem tanto sustentabilidade quanto resiliência em sua essência, já que o interesse pela comunidade é o sétimo de seus princípios orientadores. A Aliança Cooperativa Internacional está incentivando seus associados a usarem a hashtag #CoopsDay e o guia dos cooperados (versão em espanhol) para divulgar o evento.

“Nós representamos 1,2 bilhão de cooperados. Não há outro movimento econômico, social e político no mundo que, em menos de 200 anos, tenha crescido tanto quanto nós. Mas o crescimento não é o mais importante. Nós consumimos, produzimos e usamos os recursos que o planeta nos dá, de forma cuidadosa e com muito respeito ao meio ambiente e com as comunidades. É por isso que somos um parceiro fundamental para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas ”, afirma o presidente da Aliança Cooperativa Internacional, Ariel Guarco.

Sociedades sustentáveis são aquelas que correspondem aos limites ambientais, sociais e econômicos e conduzem ao crescimento. Por sua própria natureza, as cooperativas desempenham um papel triplo:

• Como atores econômicos, criam oportunidades de emprego, meios de subsistência e geração de renda;

• Como empresas centradas nas pessoas com objetivos sociais, contribuem para a igualdade e justiça social;

• Como instituições democráticas, são controladas por seus associados, desempenhando papel de liderança na sociedade e nas comunidades locais.

Enquanto um relatório recente da PwC mostrou que duas em cada cinco empresas ainda ignoram ou não possuem engajamento significativo com os ODS, as cooperativas assumiram a liderança. As cooperativas têm participação importante para cumprir todos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e seus alvos associados.

Em 2016, a Aliança Cooperativa Internacional lançou a campanha Coops For 2030 para demonstrar o compromisso das cooperativas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e celebrar a contribuição cooperativa para tornar o mundo um lugar melhor.

As cooperativas têm experiência na construção de sociedades sustentáveis e firmes. Por exemplo, muitas cooperativas agrícolas trabalham para manter a longevidade da terra onde cultivam, por meio de práticas agrícolas sustentáveis. As cooperativas de consumo, cada vez mais, apoiam o abastecimento sustentável de seus produtos e educam os consumidores sobre o consumo responsável. As cooperativas habitacionais ajudam a garantir moradias seguras e acessíveis.

Os bancos cooperativos contribuem para a estabilidade graças à sua proximidade aos seus clientes e proporcionam acesso a financiamento a nível local e são abrangentes mesmo em áreas remotas. As cooperativas de serviços estão envolvidas no acesso rural à energia e à água, e muitas delas estão engajadas na liderança da transição energética para contribuir com a democratização da energia elétrica.

As cooperativas sociais e de trabalho em diversos setores (saúde, comunicações, turismo, etc.) visam fornecer bens e serviços de maneira eficiente, criando empregos sustentáveis e de longo prazo – e elas o fazem cada vez mais de maneira amigável ao planeta.

“No Dia Internacional das Cooperativas, vamos mostrar ao mundo: que é possível crescer com democracia, igualdade e justiça social; que nossas sociedades não podem continuar desperdiçando recursos e excluindo pessoas; que devemos melhorar o presente e preservar o futuro para as próximas gerações; e que nos orgulhamos de fazer parte desse movimento. Um movimento com valores e princípios. Um movimento comprometido com a justiça social e a sustentabilidade ambiental”, afirma Guarco.

Dia C é Coop



Brasília (16/5/18) – Cuidar do econômico sem descuidar das pessoas. Essa é a natureza do cooperativismo, um modelo de negócios que já envolve um em cada cinco brasileiros, na geração de trabalho, emprego e renda. E, assim, gerando e compartilhando resultados sociais e econômicos, pouco a pouco, o cooperativismo vai ganhando o Brasil e mostrando que cooperar vale a pena, quando todos trabalham juntos pelo bem comum.

Colocando em prática o princípio cooperativista do Interesse pela Comunidade, as cooperativas se empenham em melhorar não só a vida de cooperados, familiares e empregados, mas de todos aqueles que vivem ao redor delas. Um grande exemplo disso é o Dia de Cooperar (Dia C), um movimento de responsabilidade social que prevê iniciativas voluntárias diferenciadas, contínuas e transformadoras, realizadas por cooperativas, com o irrestrito apoio do Sistema OCB e de suas unidades estaduais.

O Dia C, que em 2018 completa cinco anos de atuação nacional, já faz parte, inclusive, da agenda estratégica do Sistema OCB e reforça o propósito do movimento SomosCoop: tornar o cooperativismo brasileiro mais conhecido pela sociedade e despertar o orgulho naqueles que já fazem da cooperação uma prática diária.

E motivos para se orgulhar desse modelo econômico não faltam. Só no ano passado, mais de dois milhões de pessoas foram beneficiadas pelas iniciativas de quase 1,6 mil cooperativas, desenvolvidas por mais de 120 mil voluntários, em todas as regiões do país. Aliás, essas iniciativas estão alinhadas aos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, propostos pela Organização das Nações Unidas, com o objetivo de erradicar a pobreza extrema no mundo até 2030.

Uma pequena mostra dessas iniciativas compõe uma publicação muito especial: uma revista cuidadosamente editada pelo Sistema OCB para mostrar o alcance das milhares de ideias que saíram do papel em 2017 e que têm modificado, para melhor, a vida de muitos brasileiros. (clique aqui

“O Dia C já se transformou em um grande movimento nacional de projetos estruturados e iniciativas voluntárias com o objetivo de fortalecer o cooperativismo, tornando-o um instrumento efetivo de transformação de realidades no Brasil. Essas atividades foram realizadas em 1081 cidades espalhadas por todos os estados e no Distrito Federal, mostrando o quanto estamos presentes na vida das pessoas e em todos os cantos do país”, avalia Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB.

SAIBA MAIS

Quer saber como o cooperativismo pode contribuir com a construção de um Brasil mais justo, equilibrado e com melhores oportunidades para todos? Basta clicar em um dos links abaixo:

- Dia de Cooperar

- Revista Dia C 2017 (vá para o fim da página)

- Movimento SomosCoop

- Cooperativismo Brasileiro

AgroBrasília é sucesso, diz organizador



Brasília (16/5/18) – Produtores rurais, agentes financeiros, empresas agropecuárias e de desenvolvimento tecnológico, além de pesquisadores e interessados no setor produtivo brasileiro participam, desde ontem, da 11ª edição da Feira Internacional dos Cerrados, a AgroBrasília. O evento é realizado pela Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF) que está completando 40 anos de atuação no Centro-Oeste brasileiro.

A feira conta com o apoio do Sistema OCB e segue até sábado, dia 19, com o objetivo de apresentar novidades e inovações tecnológicas que aumentem a produtividade no campo. Ao todo, mais de 440 expositores estão preparados para mostrar seus produtos e serviços exclusivos. No ano passado, mais de 99 mil pessoas passaram pela feira, que movimentou o equivalente a R$ 710 milhões em volume de negócios.

Para se ter uma ideia da evolução da AgroBrasília, em 2008, quando ocorreu a primeira edição, os resultados foram os seguintes: 12 mil visitantes, 100 empresas expositoras e um volume de negócios estimado em R$ 50 milhões.

O coordenador geral da feira, Ronaldo Triaca, avaliou a evolução da AgroBrasília ao longo desses  10 anos e disse que, além da cooperação empregada na organização do evento, a grande variedade de culturas, aliada ao alto grau de interesse das empresas, nessa região, são elementos que explicam o sucesso do evento. Confira!

Como você avalia essa primeira década da feira?

A AgroBrasília tem crescido muito nos últimos 10 anos, tanto que em 2018 estamos realizando a 11ª edição e, para nós, isso é motivo de muita celebração, pois a Coopa-DF está completando 40 anos de operação. Sabemos que em diversos lugares do país há grandes e importantes feiras promovidas por cooperativas. Quisemos fazer o mesmo, por isso, visitamos muitas delas para adaptar o formato à nossa realidade, fazendo uma feira com o nosso jeito. Não temos interferências políticas, por exemplo, e a cooperativa, apesar de sua equipe reduzida, tem conseguido trabalhar e fazer a feira acontecer.

A que você atribui o sucesso da AgroBrasília?

De fato, na nossa avaliação, a feira tem sido um sucesso, provado pelos números que só aumentam, ano após ano. Atribuo esse sucesso ao que essa macrorregião do Planalto Central representa. A AgroBrasília nada mais é do que o reflexo de uma região que é fantástica, graças à sua intensa diversificação de culturas e atividades. Diria que essa é uma característica quase única no mundo.

Em outros lugares é possível encontrar grandes regiões produtoras de, por exemplo, soja, milho, algodão, cana de açúcar, mas, aqui, temos uma diversidade muito grande. Além dessas culturas que eu já citei, temos ainda: feijão, trigo, café, cebola, alho, batata, girassol, etc. E tudo isso está sendo produzido com muita tecnologia.

Qual a importância da tecnologia para a produção e produtividade no campo?

Bom, temos a maior concentração de área irrigada da América Latina e, diferente de outras regiões, o produtor daqui precisa de mais equipamentos por hectare para produzir, porque as janelas de plantio são menores. Basicamente, o produtor da nossa região precisa fazer até três safras por ano, na mesma área. E isso acaba refletindo na própria feira, porque o produtor vem e precisa comprar e as empresas especializadas na agropecuária, como um todo, acreditam muito nessa região. Então, tecnologia de ponta é uma necessidade para o campo.

Como avalia a participação do Sistema OCB na feira, apresentando o SomosCoop?

A participação do Sistema OCB é fundamental para nós. Tanto que, desde o início, sempre contribuiu muito com a realização da feira. Quanto ao movimento SomosCoop, diria que ele veio bem a calhar, pois apresenta, aqui na feira, o cooperativismo, ainda mais num ano em que a nossa cooperativa – Coopa-DF – completa quatro décadas. Sabemos que muito já foi feito e que ainda há bastante coisa para se fazer, mas acho que o SomosCoop tem muito para contribuir com o nosso modelo econômico. Tomara que esse movimento não termine! Pelo contrário. Espero que em 2019 possamos ter outros projetos para que o cooperativismo seja valorizado como deve ser, de fato.

Conhecer para Cooperar começa dia 14

Brasília (9/5/18) – São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Estes são os próximos destinos do último módulo prático do projeto Conhecer para Cooperar – Ramo Saúde, que ocorrerá entre os dias 14 e 18. Os formuladores de políticas públicas e representantes de agentes financeiros que integram a comitiva conhecerão de perto a realidade da Uniodonto e Unimed Campinas, Uniodonto e Unimed do Brasil, Cooperativa Paranaense dos Anestesiologistas (Copan), Unimed Curitiba, Unimed Grande Florianópolis e Uniodonto Santa Catarina.

O grupo também terá a oportunidade de ver o funcionamento da Organização das Cooperativas dos estados anfitriões: Ocesp, Ocesc e Ocepar. A Federação das Unimeds do Estado de Santa Catarina também faz parte da programação, composta por visitas e reuniões técnicas.

O projeto é uma realização do Sistema OCB em parceria com a Faculdade Unimed e tem por objetivo apresentar a governança, as estratégias de gestão e, ainda, os conceitos essenciais e desafios enfrentados pelo setor de saúde cooperativista a representantes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), do Ministério da Saúde (MS), e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Para o Sistema OCB, quanto maior o conhecimento dos formuladores de políticas públicas a respeito da atuação das cooperativas brasileiras, melhor será a efetividade dos normativos, resoluções e leis propostas para o setor.

RAMO SAÚDE

As cooperativas brasileiras de saúde estão entre as mais sólidas do mundo. Elas estão presentes em 85% do território nacional e são fundamentais para levar atendimento de qualidade a milhares de pessoas, em todos os estados. Este modelo cooperativo, reconhecido como um dos maiores do mundo, responde por mais de 32% dos beneficiários da saúde suplementar brasileira nos planos médico e odontológico.

São mais de 22 milhões de brasileiros que utilizam planos de saúde cooperativos. Com mais de 50 anos de atuação no Brasil, as 813 cooperativas de saúde, segmentadas em três confederações, reúnem mais de 225 mil cooperados e geram quase 100 mil empregos diretos.

Semana ENEF está chegando

Brasília (8/4/18) – O uso consciente do dinheiro ainda é algo que precisa ser trabalhado, discutido e estimulado entre os brasileiros. Por isso, o Comitê Nacional de Educação Financeira (Conef), do Banco Central, apoiado por cooperativas e um pool de parceiros, realizará entre os dias 14 e 20 deste mês, a Semana Nacional de Educação Financeira, mais conhecida como Semana Enef.

O evento já está na quinta edição e tem por objetivo promover uma estratégia nacional de como usar o dinheiro de forma consciente, educada, inclusive poupando e investindo sempre que possível. As ações ocorrem em todo o país e, para isso, o Banco Central conta com o apoio das cooperativas de crédito.

Segundo o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, só em 2017, praticamente metade de todas as iniciativas de educação financeira foi realizada por cooperativas. Nobile também destacou o número de beneficiados com essas ações. “Para se ter uma ideia, no ano passado, 2,6 milhões de pessoas foram contempladas com iniciativas de educação financeira (palestras, minicursos, atividades lúdicas, etc...). Desse total, 46,9% compareceram às ações desenvolvidas pelas cooperativas”, frisou.

Confira abaixo a entrevista completa com o líder cooperativista.  

Qual a importância da Semana ENEF para o cooperativismo?

Renato Nobile – Bem, em primeiro lugar, destaco que as cooperativas, independentemente do ramo, trabalham para transformar a realidade de seus cooperados, empregados, familiares e a sociedade à sua volta.

Por isso, neste momento em que o Banco Central, por meio da Semana ENEF, realizada pelo Comitê Nacional de Educação Financeira (Conef), propõe ações de educação financeira dos brasileiros, as cooperativas não podem ficar de fora. Nossa participação, portanto, atende a pelo menos dois princípios do nosso movimento: educação, formação e informação e, ainda, interesse pela comunidade.

Falando especificamente sobre as cooperativas de crédito, elas se engajam porque tem no seu negócio a lida com dinheiro. Para elas, quanto mais educados forem seus cooperados, mais chances de potencializar os resultados financeiros e, além deles, os sociais. Para nós, cooperativistas, a educação – em todos os campos – o melhor caminho para a construção de um futuro com melhores oportunidades para todos.

E, assim, juntos, cada um fazendo o que pode para melhorar o seu entorno, faremos parte do processo de construção de um novo Brasil... um país mais justo, equilibrado e próspero.

De que forma as cooperativas podem contribuir com esse processo de educação financeira?

Renato Nobile – Como eu disse, as cooperativas têm feito sua parte para a construção de uma sociedade onde cada indivíduo seja valorizado por sua capacidade de trabalho em prol do coletivo. É claro que cada um tem seus sonhos e luta pela realização deles, mas o que o cooperativismo nos ensina é que podemos trabalhar em conjunto para realizar os sonhos uns dos outros. Desta forma, todos participam do processo e ninguém fica sem ver seu desejo sair do papel. Essa é a relação de ganha-ganha que pauta a cooperativa. Juntos, somamos nossa força para agir coletivamente, num processo constante de enriquecimento social.

Nós acreditamos muito nisso. E, considerando a capilaridade das nossas cooperativas de crédito – afinal de contas estamos em praticamente todos os municípios brasileiros, em alguns deles, inclusive, como a única instituição financeira existente – temos o dever de contribuir.

Palestras e cursos, presenciais ou a distância, sobre o valor do dinheiro, como lidar com ele, onde e como investir e, ainda, como planejar a vida financeira são grandes exemplos de como as cooperativas podem contribuir com a sociedade. Parece simples, mas não é. Ainda tem muita gente que acha que dinheiro é um bicho de sete cabeças e, por isso, tem medo de se informar.

É por isso que estimulamos as cooperativas a fazerem parte desse grande evento de educação financeira, realizando ações locais, com grande repercussão na vida e no modo de agir das pessoas.

O evento está em sua quarta edição. É possível mensurar a contribuição das cooperativas de crédito?

Renato Nobile – Claro que sim! De acordo com os números do próprio Banco Central, praticamente metade de todas as ações realizadas só na última edição do evento, ou seja, em 2017, ocorreu por iniciativa e empenho das cooperativas de crédito. O mesmo ocorreu com relação ao público alcançado por essas ações.

Para se ter uma ideia, no ano passado, durante toda a semana, 2,6 milhões de pessoas foram contempladas com iniciativas de educação financeira (palestras, minicursos, atividades lúdicas, etc...). Desse total, 46,9% compareceram às ações desenvolvidas pelas cooperativas.

E nossa expectativa para este ano é que esse número aumente. Por isso é fundamental que as cooperativas se envolvam ainda mais na divulgação da programação da Semana ENEF. Assim, juntos, podemos fazer do Brasil o país do futuro, já no presente.

Qual a importância da educação financeira no Brasil?

Renato Nobile – Temos a certeza de que a educação financeira é um componente importante para o desenvolvimento sustentável do país. Por isso, eventos como a Semana ENEF funcionam como marcos para discutir esse assunto. Não devemos ter medo do dinheiro. Ele é uma ferramenta que pode melhorar a vida das pessoas e, para isso, é necessário disseminar o conhecimento sobre o que o mercado oferece e, também, estimular o hábito de poupar e o consumo consciente.

Consumir de forma consciente e planejada, aderir ao crédito apenas quando necessário e conveniente, investir em produtos financeiros de origem conhecida, ofertados por provedores de serviço legalmente atuantes no mercado, todos esses são elementos que devem estar presentes na vida do cidadão bem-educado financeiramente, independente da conjuntura econômica que se viva.

Como qualquer processo educativo que vise a mudança de um comportamento, a educação financeira deve ser permanente e continuada ao longo da vida, iniciando-se desde a escola e avançando pela vida adulta. Só com essas discussões é que o brasileiro terá base para saber tomar as decisões mais adequadas e de acordo com sua realidade.

Conheça o site da Semana Enef.

SICAF será 100% digital a partir de junho

Brasília (7/5/18) – O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP) acaba de lançar a Instrução Normativa (IN) nº 3, de 26 de abril de 2018, que estabelece uma nova regra de funcionamento para o Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (SICAF). A mudança passa a valer a partir do dia 25 de junho deste ano. Com a modalidade 100% Digital, fornecedores, dentre eles as cooperativas, serão dispensados de apresentar documentos presencialmente e as unidades cadastradoras deixarão de existir.

Os 386 mil fornecedores que já fazem parte do sistema e os mais de 24 mil novos cadastrados por ano contarão, a partir de junho de 2018, com a facilidade de viabilizar sua participação nas compras governamentais e atualização de dados por meio de upload de documentos diretamente na plataforma do SICAF.

A novidade também extinguirá o atendimento presencial de aproximadamente 1.855 unidades cadastradoras. Dessa maneira, cerca de 4 mil agentes públicos poderão desempenhar novas atividades para o Estado, o que contribuirá para um serviço público mais ágil e menos burocrático. A economia estimada aos cofres públicos é de R$ 65 milhões ao final do primeiro ano de implantação do sistema.

“O SICAF 100% Digital é uma ferramenta que vai trazer mais agilidade, economicidade e segurança nas licitações com o Governo Federal, eliminando a carga burocrática”, afirma Antonio Paulo Vogel, secretário de Gestão do MP.

O cadastro no SICAF abrangerá os níveis de credenciamento, habilitação jurídica, regularidade fiscal federal e trabalhista, regularidade estadual/municipal, qualificação técnica e qualificação econômico-financeira. Os fornecedores devem ficar atentos às fraudes praticadas por portais não autorizados, que divulgam a cobrança do serviço de cadastramento junto ao Governo Federal. O cadastro de fornecedores no SICAF é e continuará sendo gratuito.

Para iniciar o procedimento do registro cadastral, o fornecedor interessado, ou quem o represente, deverá criar seu usuário no Brasil Cidadão e acessar o SICAF no Portal de Compras do Governo Federal, por meio de Certificado Digital conferido pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP – Brasil).

FORNECEDORES

Todas as pessoas físicas ou jurídicas que têm interesse em participar das licitações do Governo Federal devem se cadastrar no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (SICAF), mantido pelos órgãos e entidades que compõem o Sistema de Serviços Gerais (SISG). Integram o SISG toda a Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional.

Quer saber mais sobre o SICAF? Basta clicar aqui.

(Com informações do Ministério do Planejamento)

Cooperativismo: gerando trabalho e emprego

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​Brasília (30/4/18) – “Não me vejo fora da cooperativa. Hoje, consigo conciliar meu sonho (a pedagogia) com meu amor (o cooperativismo).” Cheia de entusiasmo ao falar de sua vida profissional, a jovem pedagoga, Jaquelina Lacerda de Moura, conta que se sente preparada para o mercado de trabalho, graças aos princípios e valores do cooperativismo – vividos na prática ao longo de seus oito anos na Cooperativa de Ensino de Língua Estrangeira Moderna (Cooplem), localizada em Brasília-DF.

“Quando cheguei aqui, tinha apenas 14 anos. Era uma menina! A cooperativa me ajudou a contribuir com a melhoria da qualidade de vida da minha família. Comecei como menor aprendiz, depois me tornei estagiária e, agora, trabalho na secretaria da unidade administrativa, atendendo professores e outros funcionários. Cursei minha faculdade de pedagogia, pagando, sozinha, as mensalidades, e, graças à política de incentivo da Cooplem, também pude ajudar minha irmã a se manter na faculdade, durante o primeiro ano dela”, lembra Jaquelina.

“Aqui na cooperativa, pude realizar meu sonho que era me tornar professora. Talvez não conseguisse de outra forma. Sou muito grata ao cooperativismo, pois tenho a certeza de que, por meio dele, tenho condições de sonhar e trabalhar para realizar novos projetos, como uma pós-graduação, por exemplo”, conclui a colaboradora da Cooplem, a primeira cooperativa de idiomas do país e uma das maiores do mundo, administrada exclusivamente por professores.​​

TRABALHADOR

A história de Jaquelina ilustra bem a importância do cooperativismo na vida dos brasileiros, quando o país celebra o Dia do Trabalhador (1º de maio). Ela é uma das 376 mil colaboradoras que se dedicam, diariamente, a contribuir com a construção de um Brasil mais justo, equilibrado e com mais oportunidades para todos, porque sabe que cooperar vale a pena.

“O cooperativismo é um jeito humanizado de gerar negócio, trabalho e renda. É por isso que ele transforma realidades. Para se ter uma ideia, as nossas 6,6 mil cooperativas congregam 13,2 milhões de pessoas e geram quase 380 mil empregos diretos. E a única coisa que liga toda essa gente é confiança. Elas trabalham umas pelas outras, porque acreditam que, juntas, podem ir mais longe, diminuindo riscos e compartilhando os resultados”, explica Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB.​​

MAIOR CAPITAL

Ele reforça que o cooperativismo é o modelo econômico de milhões de pessoas, que valoriza cada rosto por traz de um produto ou serviço. “Gente é o maior capital de uma cooperativa. As pessoas são a razão de ser do nosso movimento, contribuindo, cada uma do seu jeito, com o desenvolvimento do nosso país. Aliás, não estamos sozinhos. Fazemos parte de um movimento global de geração de riquezas e valores. No mundo, já somos mais de um bilhão de cooperados e nossa relevância também se comprova pelo número de empregos que geramos em mais de 100 países: são mais de 250 milhões de postos de trabalho”, enfatiza Márcio Freitas.

Para a liderança cooperativista, o Dia do Trabalhador é uma data que merece comemoração. “A cooperação é o resultado da confiança mútua! E é essa confiança que nos faz, local e diariamente, por meio da nossa capacidade e força de trabalho, atuar em prol de um mundo melhor. Afinal de contas, o trabalho sério, honesto, comprometido é a única forma de garantir que cada brasileiro possa realizar seus sonhos. E o sonho de todos nós, cooperativistas, é o de construir um futuro onde todos tenham orgulho de fazer parte de uma sociedade mais justa e próspera”, conclui o presidente do Sistema OCB.​​

NÚMEROS NO BRASIL

O cooperativismo está mais presente na vida dos brasileiros do que muita gente possa imaginar. Veja:

- Cerca de metade de toda a produção agropecuária passa por uma cooperativa agro;

- As cooperativas de crédito formam a maior rede de atendimento financeiro e, em mais de 500 cidades, são a única instituição financeira presente;

- Mais de 22 milhões de brasileiros têm saúde garantida por meio de cooperativas médicas;

- Cerca de 330 milhões de toneladas de cargas circulam pelas estradas do país graças às cooperativas de transporte;

- Em grande parte da zona rural do país, internet e energia elétrica chegam aos lares e subsidiam o desenvolvimento da região, por meio de cooperativas de infraestrutura.​​​

DADOS GLOBAIS

Além da representatividade econômica no Brasil, o cooperativismo também é destaque em grandes economias mundiais. Confira:

- A maior rede bancária da França, o Credit Agricole, é uma cooperativa e detém 59 milhões de clientes e 24% do mercado francês.

- 92% de todo alimento produzido no Japão vem de um cooperado.

- A maior rede de supermercados de Israel é uma cooperativa.

- 80% de todos os fertilizantes produzidos na Índia vem de cooperativas.

- 95% da produção de leite do México é feita por cooperativas.

- 92% da exploração mineral na Bolívia é feita por cooperativas.

- 98% da produção de leite da Nova Zelândia é feita por cooperativas.

AGO aprova contas do FGCoop




Brasília (26/4/18) – A transparência é uma das marcas do cooperativismo. Por isso, prestar contas é mais do que natural para cooperativas e suas representações nas mais diversas esferas. Nesta quarta-feira (25), por exemplo, o Fundo Garantidor das Cooperativas de Crédito (FGCoop) realizou sua assembleia geral ordinária (AGO), a fim de mostrar os números e resultados referentes a 2017.

O evento, conduzido pelo presidente do CA do FGCoop, Bento Venturim, contou com as presenças do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, e do representante da Diretoria de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução, do Banco Central, José Reynaldo de Almeida Furlani. Também participaram da AGO, representantes de cooperativas singulares, de centrais, de confederações, de unidades estaduais e servidores do Banco Central.

Os representantes dos sistemas de crédito cooperativo (Sicredi, Unicred, Sicoob e Cresol), dos sistemas organizados em dois níveis (Cecred) e da OCB, representando as cooperativas não filiadas a centrais, após leitura dos pareceres dos auditores internos e independentes, aprovaram as contas do FGCoop e as ações para 2018.

CONFIANÇA

“Nós agradecemos a todos pela confiança. Isso nos dá mais força para continuar avançando. Por isso, iniciaremos em 2018 as operações de assistência financeiras às cooperativas associadas ao Fundo e que estejam enfrentando situações de risco de descontinuidade. No primeiro momento, nossa recomendação será a união com outra cooperativa, mas, no futuro, esperamos poder auxiliá-las a se recuperarem financeiramente”, comenta Bento Venturim, presidente do FGCoop.

PLANEJAMENTO

“O mais importante evento do ano foi a realização do planejamento estratégico para os próximos cinco anos, participativo e acoplado à construção das diretrizes estratégicas do SNCC. Além da definição de missão, visão e valores, os objetivos estratégicos indicaram os projetos definidos para 2018”, avalia Lúcio Faria, diretor executivo do Fundo.

CONFIANÇA

“Ao aprovar a prestação de contas do FGCoop, o que a assembleia geral fez foi mostrar o quanto confia no nosso Fundo Garantirdor. Aliás, confiança também será o fruto que todo o SNCC colherá com esse processo de auxílio às cooperativas em risco de descontinuidade. É um investimento na imagem do nosso modelo econômico e, assim, todos os ramos ganham, pois credibilidade não tem preço. Parabéns a equipe do FGCoop por nos mostrar tanta evolução em tão pouco tempo”, ressalta Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB.

NA HORA CERTA

“Quando analisamos a história do Banco Central, com todos os desafios que envolvem o aperfeiçoamento da segurança do Sistema Financeiro Nacional, percebemos que o FGCoop surgiu na hora certa, complementando esse mecanismo de segurança, traduzido em credibilidade e desenvolvimento seguro”, enfatiza o representante da Diretoria de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução, do Banco Central, José Reynaldo de Almeida Furlani.

RAZÃO DE SER

Em 2017, o FGCoop vivenciou a primeira experiência de garantir os depósitos de 2.647 associados a uma cooperativa liquidada no mês de março. A operação que envolveu um recurso de R$ 18,6 milhões foi relevante, pois mostrou dois aspectos: a) o FGCoop pode agir de acordo com sua razão de ser, com êxito; b) e confirmou a necessidade de uma atuação mais proativa para evitar que a situação se repita.

Hoje, no Brasil, os mais de 9 milhões de brasileiros que confiam suas economias a uma cooperativa de crédito contam com as mesmas garantias oferecidas aos correntistas de bancos comerciais. Significa dizer que, no caso de uma intervenção ou liquidação extrajudicial, cada CPF ou CNPJ terá até R$ 250 mil em depósitos e investimentos garantidos pelo FGCoop.

NÚMEROS

Em 2017, o FGCoop apresentou os seguintes resultados:

- R$ 797,4 milhões referentes ao patrimônio social acumulado;

- R$ 797 milhões em aplicações financeiras.

Além disso:

- 99,3% dos associados a cooperativas de crédito captadoras de depósitos têm seus investimentos totalmente cobertos pelo FGCoop;

- 777 é o número de cooperativas de crédito captadoras de depósitos associadas ao FGCoop (em 31/12/17);

- 9,7 milhões de brasileiros estão associados a cooperativas de crédito e têm seus depósitos e investimentos protegidos pelo FGcoop;

- 5.806 é o número de pontos de atendimento das cooperativas de crédito, constituindo a maior rede de agências do país;

- R$ 122,5 bilhões é o saldo de depósitos de pessoas físicas e jurídicas nos bancos cooperativas e nas cooperativas de crédito até o fim de dezembro do ano passado – valor 18,9% maior em relação a 2016.

Instituto Sicoob passa a atuar em todo o país

Brasília (17/4/18) – Como parte da estratégia do Sicoob em expandir conhecimento e experiência social a partir do cooperativismo financeiro, o Instituto Sicoob de Desenvolvimento Sustentável passou em 2018 a ter alcance nacional e sede em Brasília (DF). O Instituto, que já atuava nos estados do Paraná, Rio de Janeiro, Amapá, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo, agora conectará pessoas de todo o Brasil com o objetivo de apresentar o cooperativismo como alternativa para um mundo mais colaborativo.

Segundo o presidente do Instituto Sicoob, Marco Aurélio Almada, o Instituto tem um enorme valor estratégico para o Sistema. Almada conta que a nacionalização representa um novo passo para abrir importantes discussões voltadas ao desenvolvimento sustentável das áreas em que atuam as cooperativas do Sicoob.

“Precisamos nos apresentar como verdadeiramente somos: uma instituição financeira competitiva, mas que coopera e compartilha valores com a comunidade em que está. Em 2017, o Instituto Sicoob alcançou a marca de mais de 130 mil pessoas impactadas e 135 municípios atendidos”, declara.

VOLUNTARIADO

O diferencial do Instituto Sicoob está no banco de voluntariado formado por empregados, diretores e cooperados do Sistema. Só no ano passado, o Programa Voluntário Transformador totalizou mais de 1,3 mil voluntários cadastrados, um crescimento de 31% em um ano, somando mais de 5,3 mil horas de trabalho voluntário desenvolvido em prol das comunidades.

Além de garantir o desenvolvimento social da comunidade na qual está inserido, ao fazer parte do projeto, o indivíduo contribui para o seu crescimento pessoal, entrando em contato com valores essenciais para promoção da cidadania como democracia, igualdade, responsabilidade e solidariedade.

CIDADÃO

“Em um mundo no qual a informação é praticamente uma moeda, garantir o quinto princípio do cooperativismo de educar, formar e informar, é estar um passo à frente. O Instituto Sicoob começa sua atuação desde os mais jovens. No público do Programa Cooperativa Mirim, o número de alunos saltou de 25 para 587 em apenas quatro anos, e a promessa é de continuar expandindo esses ideais em todo o país. Formar uma geração mais consciente dos seus direitos e deveres é essencial para um futuro promissor”, afirma o superintendente do Instituto, Luiz Edson Feltrim.

EDUCAÇÃO

No eixo de Educação Cooperativista, mais de 61 mil pessoas foram sensibilizadas diretamente, número 43,5% maior em relação a 2016. O programa Cooperjovem, desempenhado pela associação em parceria com o Sescoop, avançou 52% de um ano para outro, atendendo mais de 29 mil alunos, em 215 escolas públicas e privadas.

Dentro do Programa Cooperativa Mirim, o Instituto Sicoob fundou as primeiras cooperativas com a participação do público infanto-juvenil da Região Norte do Brasil. Em 2017, o programa fechou o ano com 17 cooperativas mirins instituídas e mais de 580 associados.

O programa de Educação Financeira também cresceu e trouxe resultados significantes. Por meio dos programas, como as Palestras e o Se Liga Finanças, mais de 7 mil pessoas foram capacitadas. Já o pilar de Educação Ambiental oportunizou palestras e debates sobre o consumo consciente para mais de 3,5 mil pessoas.

 

INTERESSE PELA COMUNIDADE

O Instituto Sicoob para o Desenvolvimento Sustentável foi criado em 2004 com o objetivo de difundir a cultura cooperativista e contribuir para a promoção do desenvolvimento sustentável das comunidades. Atua em território nacional por meio de ações conjuntas e integradas com as cooperativas e na formação de voluntários para promover o desenvolvimento local.

A instituição tem como finalidade o sétimo princípio do cooperativismo, o interesse pela comunidade, ao fomentar a promoção de líderes comunitários com a cultura cooperativista. Sua metodologia está fundamentada no e no quinto princípio do cooperativismo: interesse pela comunidade e educação, formação e informação.

SICOOB

O Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil, Sicoob, possui 4,1 milhões de cooperados em todo o país e está presente em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. É composto por 466 cooperativas singulares, 16 cooperativas centrais e a Confederação Nacional das Cooperativas do Sicoob (Sicoob Confederação).

Integram, ainda, o Sistema, o Banco Cooperativo do Brasil do Brasil (Bancoob) e suas subsidiárias (empresas/entidades de: meios eletrônicos de pagamento, consórcios, DTVM, seguradora e previdência) provedoras de produtos e serviços especializados para cooperativas financeiras.

A rede Sicoob é a quinta maior entre as instituições financeiras que atuam no país, com mais de 2,6 mil pontos de atendimento. As cooperativas integrantes do Sistema oferecem aos cooperados serviços de conta corrente, crédito, investimento, cartões, previdência, consórcio, seguros, cobrança bancária, adquirência de meios eletrônicos de pagamento, dentre outras soluções financeiras. Mais informações acesse: www.sicoob.com.br

Fonte: Instituto Sicoob

Bahia lança novo ciclo do PDGC

Brasília (12/4/18) – Uma boa gestão faz toda a diferença no resultado de uma empresa e quando falamos em cooperativa, um dos grandes aliados no processo de melhoria contínua dessas práticas é o Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC). Desenvolvido pelo desenvolvido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), o PDGC acaba de ter seu novo ciclo lançado para as cooperativas baianas.​

O evento ocorreu no último dia 6/4 e foi realizado pelo Sistema OCEB e serviu, também, para reconhecer a participação das cooperativas baianas nos ciclos anteriores. O lançamento contou com a participação da gerente geral da unidade nacional do Sescoop, Karla Oliveira, além de lideranças cooperativistas do estado.​​​​​​

Convite

O anfitrião, presidente do Sistema OCEB, Cergio Tecchio, fez questão de ressaltar que o PDGC pode ser usado para melhorar a gestão de cooperativas de pequeno, médio e grande porte. Ele convidou os presentes a assumirem, novamente, o compromisso de participar ativamente desse novo ciclo e, para isso, colocou o Sistema OCEB a disposição de todos para fazer com que o cooperativismo avance e, consequentemente, ajude a sociedade a progredir.​​​​

Adesão

Karla Oliveira, por sua vez, relembrou a trajetória do PDGC, desde seu início, discorrendo sobre os resultados que a ferramenta tem proporcionado às cooperativas brasileiras. “Ao longo desses cinco anos tivemos uma adesão crescente. Atualmente, contamos com a participação de mais de 1,5 mil cooperativas, de todas as regiões do país. Isso mostra o interesse e o comprometimento das cooperativas com esse propósito de aprimoramento de seus processos de gestão”.​

Cenário Positivo

Na Bahia, a participação das cooperativas no PDGC aumentou consideravelmente em 2017. Ao todo, 53 cooperativas concluíram o PDGC e 19 participaram do Prêmio Sescoop Excelência de Gestão. A expectativa do Sistema OCEB é de que esse número aumente em 2018, pois o trabalho para melhorar constantemente a gestão das cooperativas do estado continua.

Para isso, a próxima ação será a realização de workshops regionais focados no PDGC, na gestão de processos e no plano de melhorias.

(Com informações do Sistema OCEB)

Rio de Janeiro abraça Cooperjovem

Brasília (12/4/18) – O jeito humanizado de gerar negócio, que diferencia o cooperativismo dos demais modelos econômicos, tem sido disseminado entre jovens de todo o Brasil. Este é o foco do programa Cooperjovem, desenvolvido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) desde o ano 2000 e que está prestes a contribuir com a qualificação dos jovens das cidades fluminenses de São Francisco do Itabapoana e Carapebus.​

No Rio de Janeiro, o Cooperjovem é estimulado pelo Sescoop/RJ e Instituto Sicoob que, desde o ano passado, já é desenvolvido nas escolas municipais de Mendes, Bom Jesus do Itabapoana, Maricá, Campos dos Goytacazes e Vassouras, atendendo a mais de 4,5 mil alunos da rede pública, estimulados a trabalhar cooperativamente por meio de práticas pedagógicas.

A ideia tem atraído cada vez mais o interesse de outros municípios do Rio de Janeiro. Em Angra dos Reis e Três Rios, por exemplo, as tratativas para o desenvolvimento do Cooperjovem já estão avançadas junto às respectivas secretarias de educação.

“É a entrada para uma nova visão de mundo dentro das escolas, uma ferramenta para educar as crianças no sentido de que devemos ser cooperativos, pensando sempre no coletivo e fazendo parte de algo maior e do poder coletivo de transformar realidades”, afirmou a coordenadora de Desenvolvimento Social do Sescoop/RJ, Cristiane Quaresma.

Segundo Silvana Lemos, gestora do Cooperjovem no Rio de Janeiro, pelo Instituto Sicoob, o Programa tem uma proposta desafiadora de ampliar o olhar do educador para além dos muros das escolas. “Instiga a sua prática pedagógica e o estimula a fazer em conjunto com os colegas, com a direção, com os pais, com as associações locais para que o espaço público educacional seja reconhecido como de todos e todas”.

 

EXEMPLO

Alguns trabalhos já estão dando frutos. É o caso do município de Mendes. No local, o Cooperjovem, por meio dos Projetos Educacionais Cooperativos (PECs) – iniciativas que buscam envolver a escola como um todo, a família do aluno e a comunidade do entorno com base nos valores do cooperativismo – já transformou a realidade de comunidade.

Uma horta comunitária foi criada, com a intenção de estimular a alimentação saudável nas crianças e melhorar a qualidade da merenda escolar. Além disso, o PEC contribuiu para o fim da depredação de uma quadra escolar, como conta aSilvana Lemos.

“O problema foi resolvido com duas iniciativas: A primeira uma articulação das Secretarias de Educação e Esporte de Mendes para promover atividades físicas para a comunidade, como futsal e ginástica aberta. Outra iniciativa foi deixar a chave da escola com um líder comunitário que mora ao lado e administra o uso da quadra nos fins de semana. Neste caso, já foram criados até dois times de vôlei que jogam aos sábados e domingos”, disse.

 

SENSIBILIZAÇÃO

No mês de março foi realizado em Mendes, um encontro com professores de municípios – antigos e novos – que aderiram ao Cooperjovem. O objetivo foi apresentar os pontos importantes ao desenvolvimento do Programa, como a qualidade da educação, a responsabilidade das pessoas, o paradigma da cooperação e a reavaliação dos seus PECs, com vistas à melhoria contínua do Programa.

“Este foi um momento de sensibilização, pois oferece novas estratégias de ação que facilitam todo o encaminhamento didático dentro da escola”, explicou Iran Pitthan, instrutor do Cooperjovem desde 2017. (Com informações do Sescoop/RJ)

É tempo de agir!

Brasília (28/3/18) – O ano de 2017 foi repleto de boas notícias para o cooperativismo brasileiro. Em diversos ramos, as conquistas obtidas junto aos Três Poderes vão ficar na história. Houve a aprovação do PLP 100/2011, a regulamentação do Programa de Aquisição de Alimentos com elevação do orçamento, eventos de desenvolvimento profissional e muito mais. ​

Quem fala sobre o que representou o ano passado para as cooperativas é o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, que acaba de realizar a assembleia geral ordinária da entidade. Para ele, 2018 é um ano muito importante para o país, saiba o porquê!

O senhor sempre diz que as cooperativas crescem em tempos de crise e em 2017 o brasileiro sentiu fortemente, ainda, seus impactos negativos. Poderia explicar como foi o ano 2017 para o cooperativismo?

Gosto muito de uma fase dita por Mahatma Gandhi que resume muito bem o atual momento do cooperativismo brasileiro: “Seja a mudança que você quer ver no mundo”. Por isso, precisamos continuar trabalhando, independentemente do que vemos ou lemos nos jornais. Afinal de contas, as pessoas precisam produzir, as contas não param de chegar e o Brasil precisa crescer. E, para que o Brasil cresça, só há um jeito: todos devem se unir e trabalhar, trabalhar muito.

Essa postura empreendedora e destemida, que já faz parte da rotina daqueles que fazem da cooperação uma prática diária, trará resultados concretos para nossa sociedade e economia do país. Foi o que constatamos em 2017: apesar de toda a crise econômica, o número de cooperados vem crescendo a cada ano no Brasil. Já estamos próximos dos 14 milhões. Esse é o sinal de que a sociedade brasileira acredita no nosso modelo econômico.

Aliás, todos os dias as cooperativas mostram o tanto que estão engajadas em tornar o Brasil um país melhor. O Dia de Cooperar, um movimento nacional de iniciativas transformadoras realizadas por elas, com o apoio de todo o Sistema OCB, é uma das provas disso. O sucesso dele é tão grande que em 2017, fomos convidados a falar na Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a importância do nosso movimento para a sustentabilidade do planeta, junto com Índia, Japão e Noruega. Foi um momento único para o cooperativismo do Brasil. E o que apresentamos? O Dia C!

Na ocasião, fiz questão de destacar: quem estava ali não era a OCB ou Márcio Lopes de Freitas. Quem estava falando para lideranças mundiais eram as 6,6 mil cooperativas brasileiras, que plantam diariamente, nos quatro cantos do Brasil, as sementes da mudança. E cada ação realizada por uma cooperativa — seja ela grande ou pequena — contribui para deixar a sociedade brasileira mais justa, mais ética e mais sustentável.

Por falar em sociedade, o senhor acredita que os brasileiros já conhecem bem o cooperativismo?

Olha, se analisarmos os números, por exemplo, segundo os nossos cálculos, cerca de 30% dos brasileiros estão vinculados ao cooperativismo de alguma forma, percebemos que ainda há muito espaço para crescer, ou seja, ainda há brasileiros que não conhecem o nosso modelo econômico, caracterizado pelo jeito humanizado de gerar negócios, trabalho e renda. Por isso, em 2017, após vários estudos e pesquisas, decidimos lançar no final do ano o movimento SomosCoop, criado com dois objetivos estratégicos.

O primeiro responde bem a sua pergunta, já que objetiva conscientizar as pessoas sobre a importância do cooperativismo para o desenvolvimento do Brasil. Já o segundo é aumentar, ainda mais, o orgulho e a sensação de pertencimento de quem já abraçou essa nova maneira de produzir riquezas no Brasil. Desafios que fazem parte da nossa missão e que serão prioridade em 2018.

Por falar nisso, qual deve ser o tom dos trabalhos da OCB em 2018?

Temos diversas prioridades, mas como 2018 é um ano bastante importante para o país, considerando as eleições presidenciais, teremos um trabalho intenso a ser feito. Enquanto representantes do cooperativismo, temos o compromisso de apresentar aos presidenciáveis as necessidades das cooperativas brasileiras e de conscientizar os cooperados sobre a importância do voto.

Além disso, para a equipe da OCB, é tempo de preparar o XIV Congresso Brasileiro de Cooperativismo, previsto para ocorrer em 2019. Aliás, esse é um evento emblemático, pois nele serão discutidos os caminhos que iremos percorrer, juntos, para fazer com que o cooperativismo seja reconhecido pela sociedade por sua competitividade, integridade e capacidade de gerar felicidade para as pessoas.

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Voltando a 2017, poderia destacar os fatos mais marcantes para as cooperativas do país?

O ano de 2017 foi muito importante para o cooperativismo brasileiro, de diversas formas. Por exemplo, depois de seis anos de trabalho intenso e ininterrupto, conseguimos aprovar nas duas casas do Congresso, o PLP 100/11 que possibilita aos municípios que tenham disponibilidade de caixa depositarem seus recursos nas cooperativas de crédito. Foi um grande passo rumo à consolidação do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo.

Aliás, vale destacar que as cooperativas de crédito estão distribuídas por todo país e são reguladas e fiscalizadas pelo Banco Central do Brasil, e que seus números são muito expressivos. Elas reúnem mais de 9 milhões de cooperados e seus ativos, em 2017, somaram R$ 220 bilhões, enquanto os depósitos captados foram R$ 103 bilhões e os empréstimos concedidos de R$ 81 bilhões.

O mesmo projeto de lei, agora convertido na Lei Complementar nº 161/2018, pois foi sancionado no início deste ano, também possibilitaram que as cooperativas de crédito realizem a gestão dos recursos do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop).

Também foram lançadas as Diretrizes Estratégicas do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC). Para a consecução desse trabalho foram realizadas, na primeira etapa, entrevistas com lideranças do cooperativismo de crédito e importantes agentes públicos que têm influência direta no segmento. Ao final do processo, foram identificados seis grandes desafios e 11 diretrizes estratégicas traçadas para superá-los.

E no Ramo Agropecuário, quais foram os destaques?

No Agro, tivemos a regulamentação do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Depois de muitas idas e vindas, reuniões e debates técnicos promovidos pela OCB, o Governo Federal editou o Decreto nº 9.214/2017, que reforçou a possibilidade de agricultores familiares, suas cooperativas e associações contratarem prestação de serviços ou aquisição de insumos de terceiros para beneficiar, processar e industrializar sua produção quando da participação no PAA.

O Decreto também ampliou o rol de beneficiários do programa, possibilitando que os produtos da agricultura familiar sejam destinados à rede pública de saúde, aos estabelecimentos prisionais e às unidades de internação do sistema socioeducativo, além dos beneficiários tradicionais.

Com a aprovação, o orçamento do programa saiu dos R$ 4 milhões, inicialmente propostos pelo Poder Executivo, para quase R$ 380 milhões, reforçando a importância do programa para a agricultura familiar e suas organizações (cooperativas e associações), fortalecendo a geração de renda no campo e combatendo a insegurança alimentar.

Tivemos ainda a revisão do Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018, que ao ser lançado, prejudicou bastante as cooperativas. Contudo, depois de muita conversa com o governo federal conseguimos reverter o quadro e garantir mais uma safra. Foram realizadas reuniões de sensibilização e diversos debates técnicos entre representantes do cooperativismo, do governo e do Congresso Nacional. Promovemos até uma audiência pública, com o apoio da nossa Frencoop.

Com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e dos integrantes das frentes parlamentares da Agropecuária (FPA) e do Cooperativismo (Frencoop), as ações resultaram na publicação de uma nova resolução publicada pelo Conselho Monetário Nacional.

Tivemos também, o lançamento dos resultados do Censo das Cooperativas de Leite. O trabalho foi realizado em parceria com a Embrapa Gado de Leite. As informações foram consolidadas a partir dos dados repassados por mais de 160 cooperativas de todas as regiões do Brasil, e analisados pelos pesquisadores e técnicos da OCB.

Poderia citar outros destaques referentes aos demais ramos?

Sim! Logo em janeiro de 2017, o Sistema OCB oficiou a ANEEL sobre a necessidade de construção da metodologia de subvenção das cooperativas, para garantir o seu equilíbrio econômico financeiro. A OCB, em parceria com a Confederação das Cooperativas e Infraestrutura (Infracoop), conseguiu que grande parte das contribuições fossem acatadas pela Agência, resultando em um importante incremento (25%) no valor a ser recebido pelas cooperativas a título de subvenção, com um valor estimado em R$ 350 milhões por ano para as 38 cooperativas permissionárias existentes. Essa foi uma das maiores conquistas das cooperativas do ramo Infra.

Por falar nisso, em 2017, consolidou-se a parceria entre o Sistema OCB e a DGRV para o fomento da geração de energia nas cooperativas. Entre os produtos desta atuação, destaque para a cartilha intitulada “Coopere e gere sua própria energia”. O objetivo foi trazer informações sobre a possibilidade de organização de consumidores de energia em cooperativas de geração por fontes renováveis. No ano passado, a parceria ganhou um reforço no trabalho de fomento, a participação da Cooperação Técnica Alemã (GIZ). A GIZ é referência mundial em arranjos tecnológicos para geração de energias renováveis e eficiência energética.

Os ramos Trabalho e Transporte foram os focos de seminários realizados por todo o país. Foi uma oportunidade para conhecer um pouco da realidade local desses dois ramos e promover a discussão de temas de interesse das próprias cooperativas. 

No ramo Saúde, tivemos a satisfação de iniciar o projeto Conhecer para Cooperar com foco no Ramo Saúde. Foi realizado o módulo teórico do projeto, que conta com a participação de representantes do Ministério da Saúde, da Agência Nacional de Saúde Suplementar, do Conselho Administrativo de Defesa Econômica e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES.

Vale lembrar que o projeto foi idealizado para ampliar o conhecimento de grupos estratégicos da sociedade sobre o modelo cooperativista e suas especificidades e que o projeto conta com o apoio da Faculdade Unimed.

Fizemos também um intercâmbio entre as cooperativas do Ramo Educacional, com o objetivo de conhecer práticas de gestão reconhecidamente exitosas, formas de fortalecer a identidade cooperativista e o trabalho com as cooperativas escolares. Os representantes do Conselho Consultivo do Ramo Educacional foram convidados a participar de visitas e reuniões técnicas.

E para coroar tudo isso, tivemos a chance de premiar as cooperativas com as melhores práticas em gestão e governança, quando realizamos o Prêmio Sescoop Excelência de Gestão. No ano passado, o prêmio chegou à sua 3ª edição com um marco: dois novos níveis foram disponibilizados às cooperativas - Compromisso com a Excelência e Rumo à Excelência.

Assim, 41 cooperativas reconhecidas. Entre as premiadas, estavam 10 estados brasileiros. Outra novidade foi a decisão da banca julgadora de identificar uma cooperativa em cada nível de maturidade para receber o Destaque Melhoria Contínua. Ao todo, o Prêmio Sescoop Excelência de Gestão contou com 248 cooperativas inscritas.

Nossa, a OCB realizou bastante coisa em 2017, fora o que o senhor nem listou. Poderia, por fim, deixar uma mensagem aos cooperados do país?

Eu gostaria apenas de reforçar a visão da diretoria da OCB que é de continuar trabalhando com vontade, responsabilidade, ética e transparência. Só assim a gente vai poder mostrar, juntos, que vale muito a pena cooperar. Não temos que ter medo dos cenários político e econômico. Quem trabalha de maneira correta, primando por uma gestão e uma governança de qualidade, com a preocupação no desenvolvimento profissional de quem faz o dia-a-dia da cooperativa, sempre vai encontrar um cliente, um mercado!

Vamos começar hoje, a construir o futuro que queremos amanhã, pois nossa meta é fazer com que, até 2035, o cooperativismo seja reconhecido pela sociedade por sua competitividade, integridade e capacidade de gerar felicidade às pessoas. E essa é uma missão de todos nós! Vamos juntos, afinal, SomosCoop!

Técnicos iniciam curso sobre cereais de inverno

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Brasília (23/3/18) – A troca de experiências a respeito da produção de cereais de inverno é o tema de uma ação de desenvolvimento profissional, realizada pela OCB em parceria com a Embrapa Trigo. Entre os dias 20 e 23/3, 34 técnicos de cooperativas tiveram aulas teóricas e práticas, sobre a cadeia produtiva em cereais de inverno.

A programação desse módulo ocorreu na sede da Embrapa Trigo, em Passo Fundo (RS) e, ao longo do ano, estão previstos sete outros módulos com diversos temas voltados à produção de grãos, desenvolvidos em encontros mensais com programação de três dias.

No primeiro módulo, o tema foi Introdução ao cooperativismo e fundamentos da agricultura conservacionista e da fertilidade do solo, apresentado por meio de atividades teóricas e práticas. O pesquisador da Embrapa Trigo José Eloir Denardin destacou que o solo é a base da produção agrícola. “Não é possível garantir a produtividade pensando apenas na planta. O solo é um fator limitante”, enfatiza.​​

Erosão e Prejuízo

Segundo ele, no Brasil, estima-se que a erosão tem gerado perdas anuais de 500 milhões de toneladas de solo e de oito milhões de toneladas de adubo aplicado nas lavouras, causando prejuízos ao ambiente (assoreamento e contaminação de rios, córregos, lagos), à agricultura (limitação do potencial produtivo e maior risco de perdas por estiagens) e ao consumidor (maior preço dos alimentos).

Da mesma forma, a compactação e o adensamento do solo, decorrentes da adoção do plantio direto ao invés do sistema plantio direto, vêm se constituindo em fator de risco à produção de grãos. O problema afeta o desenvolvimento radicular das plantas, limitando os fluxos de água, ar, nutrientes e raízes no solo, acentuando os efeitos do déficit hídrico mesmo em períodos curtos sem chuva. ​​

Conservação

De acordo com o Chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Trigo, o analista Jorge Lemainski, o foco em agricultura conservacionista envolve amplo conjunto de tecnologias, considerando a aptidão e a capacidade de uso das terras, formas de preparo do solo, diversificação de culturas, uso preciso de corretivos, adubos, agroquímicos, máquinas e implementos agrícolas, práticas de controle da erosão, até mesmo o equilíbrio financeiro do produtor.

Participação

Além da equipe da área de solos e nutrição de plantas da Embrapa Trigo, o módulo de agricultura conservacionista contou com a participação de professores da Universidade de Passo Fundo (Vilson Klein) e da Sementes Falcão (Humberto Falcão). Na introdução ao cooperativismo, o representante da OCB foi analista técnico e econômico, João Prieto.

Participam da programação deste ano um total de 17 cooperativas: Camnpal, Coasa, Cotrijal, Cotripal, Coagrisol, Copermil, Cotriel, Auriverde, Cotricampo, Alfa, Comtul, Cotriba, Coagril, Frísia, Coagril, Cotapel e Cotrimaio. 

(Com informações da Embrapa Trigo)

Coapa é a primeira cooperativa do Norte a implantar o GDA

Brasília (22/3/18) – Quanto mais informações, mais segura é a tomada de decisão. Por isso, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) desenvolve o Programa de Acompanhamento Econômico e Financeiro das Cooperativas (GDA), que acaba de chegar à região Norte. A Cooperativa Agropecuária do Tocantins (Coapa) é a primeira de sua região a implantar o GDA, que já funciona, além do TO em outros nove estados. O treinamento dos profissionais que vão operar a ferramenta ocorreu no início desta semana e contou com a participação de colaboradores da cooperativa e também do Sistema OCB/TO. 

O programa é disponibilizado gratuitamente e viabiliza um monitoramento sistemático dos principais indicadores de desempenho econômico-financeiro de uma cooperativa, permitindo que suas informações sejam transformadas em dados gerenciais. Isso confere mais transparência à gestão e um melhor acompanhamento por meio dos relatórios gerados pelo sistema. Possibilita, ainda, mais agilidade e segurança na tomada de decisões estratégicas.

Para o presidente da Coapa, Ricardo Khouri, a importância do GDA está intimamente relacionada à melhoria da performance da eficácia dos dados contábeis das cooperativas. “Passaremos a ter em mãos indicadores que podem refletir diretamente numa tomada de decisão mais efetiva e segura. O programa vai permitir uma análise gerencial mais abrangente e contribuir para a melhoria no processo de gestão da Coapa”, avaliou.

As cooperativas interessadas em implantar o GDA devem entrar em contato com o Sescoop no seu estado de origem e solicitar o treinamento.

(Com informações Ascom Coapa)