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Levantamento identifica o mix de financiamento utilizado pelo produtor, participação dos agentes financiadores das operações de crédito agrícola e períodos de aquisição e recebimento de insumos
Brasília (30/9) – A Organização de Cooperativas Brasileiras (OCB) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) lançaram ontem um novo produto que poderá auxiliar as indústrias e os produtores a entender melhor a dinâmica de mercado do setor e, consequentemente, aprimorar suas estratégias de negócios: a “Sondagem de Mercado”.
Em sua primeira divulgação, o levantamento entrevistou mais de 500 produtores em todas as regiões do Brasil para identificar quais são os principais agentes financiadores do custeio da produção agrícola em solo nacional. Também foi levantado qual o principal período de aquisição e recebimentos de insumos ao longo do ano.
Realizada entre julho e agosto, a sondagem revelou que os produtores agrícolas se utilizam majoritariamente dos bancos públicos para financiar sua operação agrícola, com 62%, seguido das cooperativas, com 16%. Bancos privados e cooperativas de crédito são responsáveis por 13% cada. Já tradings, revendas e indústria de insumos foram citados por menos de 10% dos produtores, como mostram os gráficos abaixo.
Em relação à época de compra e recebimento de insumos, a Sondagem de Mercado mostrou que queda significativa na aquisição destes produtos durante o primeiro semestre de 2015, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Escassez do crédito pré-custeio, atraso na comercialização do grão e a espera do novo Plano Safra fizeram com que o produtor postergasse a decisão de compra.
Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, houve fortes avanços na contratação dos financiamentos de crédito rural suportados pelas cooperativas de crédito, com tickets médios que refletem a utilização dos recursos especialmente por pequenos e médios agricultores.
“A intercooperação das cooperativas de crédito com as agropecuárias tem sido uma das grandes alavancas do custeio da produção rural brasileira. Para se ter uma ideia, atualmente, são mais de 4 mil pontos de atendimento em todo o Brasil e que oferecem serviços de crédito rural”, comenta Márcio Freitas.
JUSTIFICATIVA - Segundo o gerente do Departamento do Agronegócio da Fiesp, Antonio Carlos Costa, a ideia do projeto nasceu da necessidade de acompanhar mais de perto as possíveis modificações na dinâmica de financiamento da produção, comercialização e aumento/redução do pacote tecnológico. “Esse tipo de informação é de fundamental importância em um ambiente de incertezas, em que o cenário macroeconômico brasileiro está afetando o desempenho do setor”, completa Costa.
PERIODICIDADE – A Sondagem de Mercado, produzida pela Fiesp e OCB, será realizada periodicamente e o acesso às informações completas é totalmente gratuito. Para saber mais clique aqui.
"Brasília (30/9) – Representantes da OCB participaram ontem de uma série de audiências públicas, no Congresso Nacional, em Brasília, visando a discussão de assuntos pertinentes às cooperativas do Ramo Transporte. Dentre os assuntos de maior destaque estão: as novas regras para o transporte rodoviário interestadual prestado em regime de fretamento, a segurança no transporte escolar de crianças e a possibilidade de criação de fundos para custear despesas dos associados com furto e roubo de veículos e outros danos.
Na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados foram discutidas as novas regras para o transporte rodoviário interestadual prestado em regime de fretamento, que constam da Resolução 4.777/15 da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que entrou em vigor no início de agosto.
Entre os pontos mais polêmicos da resolução, está a idade dos ônibus e micro-ônibus. Eles só podem circular com até 15 anos de fabricação. Além disso, os micro-ônibus e vans só poderão ser fretados para viagens de até 540 km, no somatório de ida e volta. A resolução anterior da ANTT, de 2005, proibia o fretamento de vans e micro-ônibus para viagens interestaduais e não tratava da idade dos veículos.
Para o Sistema OCB, um dos pontos de maior polêmica diz respeito à exigência de comprovação de um capital social no valor de R$ 120 mil. “As empresas e cooperativas devem comprovar que possuem este valor à ANTT. Isso na nossa opinião representa um fator impeditivo e que até, em alguns casos, pode inviabilizar a atividade de alguns prestadores de serviço”, avalia o analista técnico e econômico do Sistema OCB, Tiago de Barros Freitas.
Para o deputado Diego Andrade (PSD-MG), que pediu a audiência, as resoluções da agência devem proteger e fortalecer os microempresários do setor de transportes. Andrade é relator, na Comissão de Viação e Transportes, de dois projetos de decreto legislativo que sustam a resolução da ANTT – o PDC 217/15, do deputado Marco Tebaldi (PSDB-SC), e o PDC 185/15, do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR).
Ele defende o diálogo com a ANTT para a mudança das regras e a aprovação dos projetos apenas no caso de o diálogo com a agência não ser bem sucedido. “Acredito no bom senso da ANTT, que viu hoje claramente, diante da demonstração de união e força do segmento, que tem algo errado”, destacou.
O superintendente de Serviços de Transporte de Passageiros da ANTT, Alexandre Muñoz, informou que a agência abriu na segunda-feira (28/9) novo prazo para receber contribuições do público sobre a resolução, que agora vai até 6 de novembro. Ele não descarta a alteração das regras após esse prazo. Porém, destacou que o setor foi ouvido em audiências públicas antes da edição da resolução e vários pleitos do setor foram atendidos na norma. “Micro-ônibus não podiam fazer viagens interestaduais e agora podem”, citou.
CADEIRINHAS – As comissões de Educação e de Viação e Transportes debateram ontem as resoluções e propostas relativas à segurança no transporte escolar de crianças. A partir de 1º de fevereiro de 2016, os veículos escolares serão obrigados a usar cadeirinhas para acomodar as crianças de até sete anos e meio. O Sistema OCB tem acompanhado as discussões, a fim de contribuir com as soluções e de forma a assegurar o respeito às particularidades das cooperativas do Ramo Transporte.
De acordo com o deputado Max Filho (PMDB-ES), mesmo sem entrar em vigor, a medida, que foi decidida em reunião do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) no dia 17 de junho de 2015, já causa polêmica entre os pais de alunos e proprietários de empresas de transporte escolar.
Os profissionais autônomos e as cooperativas que atuam no setor de transporte escolar apontam dificuldades de arcar com novos custos. Já os pais alegam que o custo da implantação será repassado para o preço final. Outra preocupação dos transportadores escolares é não ter onde guardar as cadeirinhas, pois transportam crianças de todas as idades.
Para o Contran, a obrigatoriedade da cadeirinha é para que as crianças possam ficar totalmente seguras, o que não é obtido apenas com o uso do cinto de segurança. O custo dos equipamentos, entende o Contran, deverá ser absorvido pelos donos dos veículos escolares.
O presidente da sessão, deputado Max Filho explica que providências deverão ser tomadas: "Nós estamos emprestando o nosso bom-senso, apresentando um projeto de decreto legislativo, sustando esta decisão do Contran, que é equivocada". Se descumprida a regra, os donos dos transportes deverão pagar multa de R$ 191,50 e perderão sete pontos na carteira de habilitação.
Segundo Valmilson Cunha Leite, presidente da Cooptrans e do Movimento Independente de Transportadores Escolares do Espírito Santo, as resoluções são inviáveis do ponto de vista técnico, econômico e de mobilidade. Ele afirma que custo com a implantação das cadeirinhas nas vans escolares seria muito alto. “Este valor seria repassado aos pais”, afirma.
Para ele, o ideal é buscar revogação da resolução e ampliar a fiscalização por parte dos órgãos reguladores, visando combater à prestação de serviços clandestinos e à redução dos índices de sinistralidade.
FUNDOS – Ainda ontem a Comissão de Finanças e Tributação discutiu o projeto de lei que permite aos transportadores autônomos de pessoas e cargas se organizarem em associação e criar um fundo para custear despesas dos associados com furto e roubo de veículos e outros danos, como incêndio. Diversos representantes do setor estiveram presentes na audiência pública, dentre eles o Sistema OCB, que tem acompanhado a tramitação do assunto.
O PL 4844/12, do deputado Diego Andrade (PSD-MG), está em análise na comissão. O texto altera o artigo 53 do Código Civil (Lei 10.406/02). A audiência pública foi solicitada pelo deputado Zé Silva (SD-MG). O parlamentar explica que o maior problema enfrentado pelos caminhoneiros é a insegurança nas estradas, e destaca que "está cada vez mais difícil fazer um seguro para caminhões".
Em seu requerimento para a audiência, o deputado cita ainda que a categoria vem se organizando em associações para se proteger, mas que há várias ações contra elas, sob alegação de que estariam comercializando seguros travestidos de “proteção automotiva” e sem autorização.
Cariri (30/9) – A Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Ceará (Coopanest-CE), realizou no último sábado, na Praça Padre Cícero, em Juazeiro do Norte, uma manhã de serviços e orientações sobre os mitos e verdades a respeito do uso de anestesia em procedimentos cirúrgicos. A Coopanest está presente no Cariri e é a primeira cooperativa de especialidade médica a ser criada no Ceará e a 6ª cooperativa de anestesiologistas instituída no Brasil.
Durante toda a manhã, a população pôde tirar suas dúvidas. Vários médicos anestesiologistas estiveram na Jornada Educativa Coopanest e conversaram com a população. Quem foi até a Praça Padre Cícero recebeu uma cartilha Mitos e Verdades sobre Anestesia que contém informações com sobre a especialidade e dicas sobre como o paciente deve se preparar para uma anestesia segura.
Já no período da tarde foi a vez de a cooperativa ir até o município de Barbalha. Médicos anestesiologistas juntamente com cirurgiões da região realizaram cirurgias gratuitas de nódulo de mama no Hospital e Maternidade São Vicente de Paulo. O mutirão de anestesias gratuitas, conhecido como Projeto Faça Um Rosto Feliz, faz parte do calendário de ações da Cooperativa desde 2007 e tem beneficiado centenas de pacientes em todo o estado. As ações fazem parte das comemorações ao Dia do Médico Anestesiologista, que será celebrado em 16 de outubro em todo o país.
COOPANEST – Com 25 anos de atuação, a Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Ceará (Coopanest-CE) congrega atualmente 370 anestesiologistas cooperados. A atuação da entidade se estende da capital, Fortaleza, aos municípios de Caucaia, Maranguape, Maracanaú e, na região do Cariri (interior do Estado), Barbalha e Juazeiro do Norte - onde há um escritório da Cooperativa. (Fonte: Assimp Sistema OCB/CE)
Política pública que beneficiará 80 mil produtores em cinco estados brasileiros foi construída com a participação do Sistema OCB
Brasília (29/9) – O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Sebrae investirão R$ 387 milhões, até 2019, no programa Leite Saudável. A iniciativa, construída com ampla participação do Sistema OCB, visa a promover a ascensão social de 80 mil produtores e a melhorar a competitividade do setor lácteo brasileiro. O programa foi lançado hoje pela ministra Kátia Abreu durante cerimônia ocorrida na sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Brasília, e contou com a participação do superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile.
O Sistema OCB e os diversos representantes da cadeia produtiva do leite desenvolveram um conjunto de ações que busca aumentar a renda dos produtores e melhorar a produtividade e a qualidade do alimento, além de ampliar os mercados interno e externo.
Segundo o superintendente do Sistema OCB, o programa sinaliza claramente as atuais políticas de governo para produtores, indústria e consumidores. “Propostas como as apresentadas hoje clareiam o horizonte tanto para quem planeja e produz quanto para a indústria e até o mercado consumidor. Foram sinais muito importantes de um programa estratégico para a cadeia produtiva do leite no Brasil. E considerando que aproximadamente 40% da produção de lácteos passa por uma cooperativa, o programa Leite Saudável representa um forte avanço para o desenvolvimento do cooperativismo brasileiro”, avalia Renato Nobile.
ESTADOS – Farão parte do programa os cinco principais estados produtores de lácteos do país: Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Juntos, eles representam 72,6% da produção nacional. O programa terá sete eixos de atuação: assistência técnica gerencial, melhoramento genético, política agrícola, sanidade animal, qualidade do leite, marco regulatório e ampliação de mercados.
- Assistência técnica gerencial
Serão oferecidos, por dois anos, cursos técnicos e de gestão com o objetivo de melhorar a produtividade e a qualidade do leite, ampliando a renda do produtor. Com maior competitividade, será possível elevar 80 mil produtores das classes D e E para a classe C. Transportadores e técnicos dos laticínios também estão no foco do programa.
Os produtores receberão visitas mensais de técnicos, que farão supervisão das propriedades e elaborarão um cronograma de capacitação voltado ao trabalhador da cadeia de leite. Haverá ainda atualização técnica para os transportadores e um ciclo de capacitação para os operadores dos laticínios.
- Melhoramento genético
Com o objetivo de elevar os índices de produtividade do rebanho leiteiro, o Mapa e o Sebrae selecionarão agricultores com potencial de adotar práticas de melhoramento genético, ampliando em 30% a 40% o uso de inseminação artificial. O programa também fornecerá embriões geneticamente melhorados a 2.400 propriedades.
- Política agrícola
O Plano Agrícola e Pecuário 2015/16 tem linhas de acesso a crédito facilitado e de juros subsidiados que potencializam a produção. Os recursos programados para esta safra são de R$ 5,29 bilhões para o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), R$ 1,4 bilhão para o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro) e R$ 28,9 bilhões para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) a taxas de juros anuais que variam de 2,5% a 7,5%.
- Sanidade animal
A fim de ampliar a produtividade dos rebanhos, o Mapa intensificará o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal. Sem as doenças, o país também vai ampliar o acesso aos principais mercados importadores e reduzir os casos de transmissão a humanos.
- Qualidade do leite
O programa prevê a criação, em parceria com a Embrapa, de um sistema de inteligência para gerenciamento de dados da qualidade do leite e a ampliação da unidade do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) de Pedro Leopoldo (MG). O Mapa também vai intensificar a implementação do Plano Nacional de Qualidade do Leite e aprimorar a base de dados dos serviços de inspeção do produto.
- Marco regulatório
O ministério vai atualizar e adequar as legislações do setor lácteo, a fim de garantir a qualidade dos produtos e a saúde pública, diminuir os custos de produção e gerar renda aos produtores. Alterações no Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa), por exemplo, vão regulamentar procedimentos, instalações e equipamentos exigidos para as pequenas agroindústrias, que passarão a produzir produtos lácteos, como queijos artesanais, de forma legalizada e com segurança alimentar.
- Ampliação de mercados
O programa Leite Saudável também visa a triplicar as exportações, com foco nos mercados da China – que compra 14% de toda a produção mundial de leite, o equivalente a US$ 6,4 bilhões – e da Rússia, que importa anualmente US$ 3,4 bilhões.
PARCERIAS – O programa Leite Saudável é resultado de uma ampla parceria com as entidades representativas do setor produtivo, que foram permanentemente consultadas durante a elaboração do programa. Além do Sebrae, apoiam o projeto a Embrapa, o Sistema OCB, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), a Viva Lácteos – Associação Brasileira de Laticínios, a G100 – Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios, a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) e associações de raças leiteiras. (Com informações do Mapa)
João Pessoa (29/9) – O Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado Paraíba (OCB/PB) foi oficializado como integrante do conselho gestor do programa Empreender Paraíba, executado pelo governo estadual. A nomeação dos membros que representarão a entidade no conselho foi publicada no Diário Oficial do estado, na quinta-feira (24/9). A OCB/PB será representada por seu presidente, André Pacelli, que terá como suplente o superintendente da entidade, Pedro D'Albuquerque.
Para Pacelli, a nomeação representa uma conquista para o sistema cooperativista paraibano. "Desde sua criação, em 2011, o Empreender Paraíba tem beneficiado cooperativas agropecuárias, de produção, mineração, entre outros ramos. Acreditamos que este é mais um importante espaço de representação para o cooperativismo paraibano e esperamos que a nossa participação contribua com o bom andamento das ações do Programa", comentou. Além da OCB/PB, órgãos públicos e outras instituições da sociedade civil tiveram representantes nomeados como membros do conselho gestor do Empreender PB. (Fonte: Assimp Sistema OCB/PB)
Campo Grande (29/9) – Dirigentes de cooperativas de eletrificação rural do estado do Mato Grosso visitaram o vizinho Mato Grosso do Sul para conhecer algumas experiências e promover intercooperação. As visitas começaram pela sede do Sistema OCB/MS e foram recebidos pelo presidente da Casa, Celso Ramos Régis.
Durante a visita, o grupo conheceu o sistema cooperativista sul-mato-grossense. Logo depois, estiveram no município de Dourados e visitaram as cooperativas Cergrand e Fercoerms. O presidente da Cegrand, Jorge Luiz Soares Barbosa, afirmou que a visita foi mais válida para eles do que para os visitantes.
"Na verdade, somos nós que aprendemos mais quando recebemos cooperativistas aqui, porque trocamos experiências e ideias. Foi uma grande oportunidade para vermos o cotidiano de cada cooperativa, suas dificuldades e visões de mercado. A gente cresce com isso e, principalmente, quando há intercooperação", afirmou a liderança.
Os cooperativistas de MT conheceram toda a estrutura da cooperativa, desde a sede administrativa, até as lojas em Dourados. Também conversaram com o departamento técnico da Cergrand a respeito de questões energéticas. (Fonte: Assimp Sistema OCB/MS)
Brasília (28/9) – As cooperativas do segmento táxi devem lançar em breve um aplicativo que facilitará a comunicação entre o taxista e o usuário do serviço. O aplicativo faz parte de um projeto mais amplo, que visa a criação da bandeira única para o setor. Os assuntos foram discutidos nesta sexta-feira, em Brasília, pelos integrantes do Grupo de Trabalho Táxi, fórum criado para discussões a respeito do segmento.
O GT discutiu, ainda, sobre o texto base de orientação, a ser assinado pelo Sistema OCB, em relação ao atual cenário tecnológico e difusão de aplicativos clandestinos que vem tomando mercado. Outros debates ocorreram em função dos principais projetos de lei que tramitam tanto no Congresso Nacional e que afetam as cooperativas do segmento.
À tarde foi realizada a reunião das Câmaras Temáticas dos segmentos de Cargas e Passageiros do Ramo Transporte. Da pauta de discussão constava assuntos como as dificuldades enfrentadas por alguns estados no atendimento ao cooperado de cooperativa de transporte no atendimento ofertado pelo Sest/Senat.
O grupo também discutiu sobre as estratégias de atuação sistêmica em relação a criação do marco regulatório do transporte e sobre a criação de um projeto para negociação de redução da base de cálculo do Imposto de Renda para o segmento de passageiros, no âmbito da Receita Federal.
RODA DE NEGÓCIOS – Como uma das definições, a comissão responsável pela elaboração do projeto que viabilize a realização da Rodada de Negócios do Ramo Transporte em 2016, ficou com a missão de, até a próxima reunião do Conselho Consultivo, definir os objetivos, público-alvo e o local mais apropriado para realização do evento.
Brasília (28/9) – A Confederação Paraguaia de Cooperativas (Conpacoop), principal organização representativa do setor país vizinho, promoverá seu primeiro congresso voltado às lideranças juvenis em cooperativas. O evento está programado para ocorrer entre os dias 24 e 23 de outubro na cidade de Villarica, departamento de Guairá.
Segundo a presidente da Conpacoop, Simona Cavazzutti, o objetivo do evento é promover a capacitação de jovens ligados a cooperativas. De acordo com ela, o evento é aberto aos países do Mercosul e buscará fomentar o intercâmbio de experiências entre as empresas cooperativas.
O Sistema OCB e a Conpacoop trabalham conjuntamente para a promoção do movimento cooperativista no Cone Sul. As organizações têm intercambiado comitivas para ações de benchmarking e facilitado o comércio entre as cooperativas dos dois países.
Manaus (28/9) – Maior produtor de mel de abelha do Amazonas, o município de Boa Vista do Ramos (a 271 quilômetros de Manaus) entra em uma nova etapa no ciclo da meliponicultura com a certificação de qualidade da produção, entregue pelo governador, José Melo, em 11/9. O entreposto de beneficiamento de mel da Cooperativa dos Criadores de Abelhas Indígenas da Amazônia (Coopmel) recebeu a certificação do Serviço de Inspeção Estadual, que assegura a qualidade higiênica, sanitária e nutricional dos produtos e é emitido pela Agência de Defesa Agropecuária e Florestal (ADAF).
O entreposto da cooperativa beneficia 70 famílias que trabalham com a atividade. A meta é dobrar o número e elevar a produção, que este ano deve alcançar a marca de 2,5 toneladas. Segundo o governador, o setor está ganhando um novo horizonte de mercado e poderá comercializar o produto em todo o Brasil.
“Entregamos o certificado que vai permitir que todo o mel produzido nessa região possa ser vendido para a merenda escolar, supermercado, ampliando o mercado. Trouxemos muitas coisas boas nessa manhã de trabalho. Em novembro teremos aqui o Banco do Povo e também mais vicinais, que se Deus quiser vamos entrar para fazer “, destacou José Melo durante a visita a Boa Vista do Ramos, onde também entregou títulos de terra a 768 famílias de produtores rurais.
Segundo o presidente da Coopmel, Jair Rodrigues Arruda, o governo do estado está contribuindo para o município de Boa Vista do Ramos fazer da meliponecultura uma grande alternativa de geração de emprego e renda. “A Coopmel deu um grande passo para o fortalecimento da meliponecultura recebendo a possibilidade de comercializar seus produtos a nível nacional”, disse o presidente.
Dentro do pacote de incentivo à meliponicultura, a Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror) prevê financiamento de colmeias, vidros e insumos para impulsionar o setor. A próxima fase é a certificação de produto orgânico, o que vai ajudar a agregar valor aos itens feitos com o mel cultivado pelas famílias.
Em Boa Vista do Ramos, o Governo Estadual prevê a mecanização de cerca de 400 hectares através do Plano Safra 2015-2016, lançado no mês passado pelo governador José Melo. O secretário de Produção Rural, Sidney Leite, explicou que haverá incentivos aos produtores por meio de crédito e subvenção, além de recursos para melhoramento genético.
A seleção dos agricultores será feita através do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal (Idam). Com a Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam), os financiamentos destinados à mecanização agrícola terão subvenção de 85%. Para a aquisição de calcário será de 50%.
Outra medida importante destinada ao produtor rural é a possibilidade de renegociação de dívidas do Pronaf. É preciso estar em dia para acessar recursos do Plano Safra, disse Sidney Leite. (Fonte: Portal Governo do Amazonas – Sistema OCB/AM)
Búzios (28/9) – Cerca de 700 pessoas, entre dirigentes e técnicos, participaram do IV Simpósio Unimed, que terminou hoje, em Armação dos Búzios (RJ). O encontro, organizado pelas Federações das Unimeds dos estados do Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, com apoio do Sistema OCB/RJ, é um marco estratégico de integração e fortalecimento do modelo cooperativista na região Sudeste.
O presidente do Sistema OCB/RJ, Marcos Diaz, e o conselheiro do Sescoop-RJ e presidente da Unimed Centro Sul Fluminense, Sebastião Barbosa, também compareceram. O primeiro dia contou com a apresentação dos cases do Painel Experiências de Sucesso, tendo como vencedores nas categorias Relacionamento com o Cooperado; Recursos Próprios; e Custos Administrativos e Operacionais as Unimeds Vitória; Circuito das Águas e Centro Sul Fluminense, respectivamente. Já à noite, ocorreu a solenidade de abertura oficial do Simpósio, seguida com um coquetel para os presentes.
“Nessa atmosfera, nosso compromisso, durante estes dias, será, tenho certeza, mais ameno e confortável. A leveza intrínseca no estilo desta cidade favorece a reflexão, deixa o pensamento mais dinâmico e criativo e torna nossa tarefa mais prazerosa. Além de ajudar, claro, a encontrar soluções para os desafios que a Saúde Suplementar vivencia, principalmente, o cooperativismo”, disse o presidente da Unimed Federação Rio, Euclides Malta Carpi, ao dar boas-vindas na mesa de abertura, também composta pelos presidentes da Unimed Federação do Espírito Santo e Minas Gerais, Alexandre Augusto Ruschi Filho e Marcelo Mergh Monteiro, respectivamente; pelo presidente da Unimed Cabo Frio, Osmane Sobral Rezende e pelo presidente do Sistema OCB/RJ, Marcos Diaz.
Também fizeram parte da mesa o diretor de Integração Cooperativista e Mercado da Unimed do Brasil, Valdmário Rodrigues Júnior, representando o presidente da Confederação, Eudes de Feitas Aquino; a gerente geral de Análise Técnica da Presidência da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Angélica Carvalho; o presidente da Central Nacional Unimed (CNU), Mohamed Akl; o presidente da Seguros Unimed, Helton Freitas; o presidente da Fundação Unimed, João Batista Caetano; o presidente da Unimed Participações, Nilson Luis May e o presidente do SINCOOMED, Dilson Lamaita Miranda.
Carpi aproveitou o momento para destacar a importância do intercâmbio no Sistema Unimed. “Gostaria de salientar que nosso maior ponto forte, o intercâmbio, ainda esteja defasado quanto aos seus controles. Em tempos digitais, quando os dados estão globalizados e as informações instantâneas, ainda não detemos informações adequadas e, sobretudo, transparentes sobre nossos custos quando comparados com a nossa singularidade. Nossos clientes permeiam o território nacional e a percepção é de que as Singulares exportadoras de clientes são tratadas inadequadamente em seus custos”, complementou.
O presidente do Sistema OCB/RJ, Marcos Diaz, destacou que o encontro é importante, pois “compartilha experiências, contribui para o desempenho das cooperativas e torna as práticas que se destacam na gestão das cooperativas, referência no Sistema Unimed”
A partir do dia 27, a programação técnica foi iniciada com palestras e mesas redondas que ampliam a visão estratégica da gestão das cooperativas. Foram abordados temas como “Segmento da Saúde Suplementar, em especial o Sistema Unimed, na atualidade e no futuro” e “Estágio atual da Responsabilidade Civil Médica e das Instituições de Saúde no Brasil”. Neste dia, ocorreram também atividades para acompanhantes, coordenadas pela jornalista e especialista em etiqueta e comportamento, Cláudia Matarazzo.
No dia 28, foi ministrada a palestra “Valorização do nosso maior ativo, a marca Unimed: ações e desafios”, seguido pelos assuntos rede assistencial; verticalização nas OPS; cenário econômico e político no Brasil e recursos próprios. Após, houve integração na área da feira de negócios, que contou com 14 estandes. (Fonte: Sistema OCB/RJ)
Brasília (25/9) – A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), com apoio do Sistema OCB, realizará uma série de ações comemorativas no Dia Internacional do Café, celebrado oficialmente pela primeira vez pela Organização Internacional do Café, em 1º de outubro, no Pavilhão do Brasil da Expo Milão 2015, na Itália.
A ação também conta com o apoio da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), da Cooperativa de Cafeicultores e Pecuaristas (Cocapec), à Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas (Cocatrel), da Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Varginha (Minasul) e da Cooperativa Central de Cafeicultores e Agropecuaristas de Minas Gerais (Coccamig).
Os trabalhos compreenderão uma sessão de degustação de cafés filtrados, preparados em equipamento “Bunn”, para o público presente na Galeria Verde do Pavilhão, e um workshop de demonstração de preparos de café no auditório, que será conduzido pelo barista brasileiro Eduardo Scorsin, 4º colocado no Campeonato Mundial de Coffee in Good Spirits 2015, e por dois baristas da Escola de Barismo 9Bar de Milão.
Também será realizada a degustação de cafés filtrados “third wave” – que destaca a origem do produto, os detalhes do beneficiamento e as características que diferenciam um café brasileiro do grão de outras origens –, no Centro de Mídia da Expo Milão.
O Pavilhão do Brasil na Expo Milão é organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). As ações de comemoração do Dia Internacional do Café serão coordenadas pela BSCA, por meio de investimentos viabilizados também pelo Conselho Nacional do Café (CNC).
EXPOMILÃO – O local foi escolhido para a ação promocional brasileira porque a Organização Internacional do Café (OIC) também realiza a 115ª Sessão de seu Conselho e o Fórum Global do Café na Expo Milão 2015. Principal instituição mundial do setor, a OIC uniu esforços junto a seus 74 Países Membros e a 26 associações do setor cafeeiro global para estipularem 1º de outubro como o primeiro Dia Internacional do Café oficial.
DIA INTERNACIONAL – No mundo todo, em várias datas ao longo do ano, muitos países celebram seus próprios dias nacionais. Porém, em março de 2014, os Estados Membros da OIC decidiram organizar o primeiro Dia Internacional do Café, estipulado em 1º de outubro de 2015, com o intuito de criar uma única data para que amantes da bebida possam celebrar em todo o planeta.
Segundo a OIC, as associações do setor cafeeiro, tanto dos países produtores, quanto dos consumidores, uniram-se à entidade para comemorar o Dia Internacional do Café e, para promover a ação, criaram o site http://internationalcoffeeday.org/ e a hashtag #InternationalCoffeeDay.
Mais informações para a imprensa
BSCA – Assessoria de Comunicação
Paulo André Colucci Kawasaki
(61) 8114-6632 /
Salvador (25/9) – A Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Bahia, por meio da sua Comissão de Direito Cooperativo, em parceria com o Sistema OCEB promoverão no dia 28/11, o 1º Seminário Baiano de Direito de Trabalho Cooperativo. O evento será realizado no Fiesta Convention Center, das 8h às 18h e discutirá as principais questões sobre o tema na atualidade. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas de forma gratuita através do link http://inscricao.oab-ba.org.br.
O seminário conta com a participação do ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Guilherme Augusto Caputo Bastos, além de renomados palestrantes da Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. A abertura será realizada pelo presidente da OAB-BA, Luiz Viana Queiroz, e pela vice-presidente da Escola Superior de Advocacia Orlando Gomes (ESA-BA).
Destinado a advogados, assessores jurídicos das cooperativas integrantes do Sistema Cooperativista Baiano, estudantes de direito e o público em geral interessado em conhecer o mundo das Sociedades Cooperativas, o evento visa apresentar os aspectos legais acerca das cooperativas de trabalho, desde a sua constituição, até o seu acesso ao mercado, evidenciando a força do empreendimento cooperativo.
Para Ângela Gedeon, advogada da OCEB, e membro da Comissão de Direito Cooperativo da OAB-BA, o seminário dará oportunidade a advogados, juízes, membros do Ministério Público do Trabalho, e demais operadores do direito, de se aprofundar sobre o direito de trabalho cooperativo, apresentando aspectos das legislações que regulamentam as cooperativas de trabalho, ampliando a visão dos mesmos acerca deste tema.
“Um dos problemas que se tem hoje na área jurídica é a falta de conhecimento dos profissionais do direito acerca de direito de trabalho cooperativo, posto que não existe nas grades curriculares das universidades matérias que trate do assunto, o que dificulta para as cooperativas, o acesso as informações acerca deste tema”, ressalta Gedeon.
Os participantes também terão oportunidade de discutir acerca do “cooperativismo legal”, e de temas relacionados à Lei 12.690, que dispõe sobre a organização e o funcionamento das Cooperativas de Trabalho.
Comissão de Direito Cooperativo da OAB-BA – A existência de uma Comissão de Direito Cooperativo na OAB é de suma importância para a divulgação dos princípios e doutrina cooperativista perante a área jurídica, para os operadores do Direito. A comissão é composta por membros (advogados) que se dedicam ao estudo do cooperativismo e conta com a representação do Sistema OCEB, por meio da presença de suas advogadas Ângela Gedeon, e Ially Gomes.
Rio de janeiro (25/9) – Vídeos, livros, cartilhas, revistas, informativos, áudios, entre outros materiais do Sistema OCB/RJ poderão estar à disposição da sociedade. Isso ocorrerá graças à implantação do Programa de Gestão de Documentos e Informações (PGDI) a partir de 2016 na unidade fluminense. O projeto foi apresentado aos funcionários da instituição no dia 21/9 pela gestora do Centro de Documentação e Memória Institucional do Sistema OCB, Patrícia Cauceglia. Representantes da Cooperativa de Bibliotecários, Documentalistas e Analistas de Informação (Datacoop) também estiveram presentes.
Segundo Patrícia, o objetivo do PGDI é gerenciar documentos e informações e viabilizar que o programa seja aceito em todas as regionais. Além disso, visa a valorização do tempo do profissional durante a jornada de trabalho, qualificando o rendimento. “Nossa intenção é aumentar a produtividade dos funcionários. O profissional costuma gastar 50% do tempo de trabalho procurando documentos inexistentes, ou salvos em lugares errados”, revelou Patrícia.
Durante a apresentação, os funcionários puderam ver na prática as funcionalidades do sistema. Patrícia mostrou também que todos os trâmites e pedidos de demandas ao OCB nacional poderão ser acompanhados pelo PGDI. O Programa tem previsão de início para 2016.
Entre as funcionalidades do Programa está o de fazer os registros de documentos, a gestão dos acervos arquivísticos e especiais, de documentos constitutivos e normativos, além de assistência técnica de arquivos e assistência bibliotecária. “O Centro de documentos guardará todos os documentos de funcionários e ficará disponibilizado no site do Sistema OCB/RJ. De acordo com a Lei de Acesso a Informação, todos os arquivos devem ficar à disposição da sociedade”, explicou Patrícia.
BIBLIOTECA DO COOPERATIVISMO – Por meio do PGDI, o Sistema OCB viabilizou a Biblioteca Brasileira do Cooperativismo, uma das iniciativas comemorativas ao aniversário de 45 anos OCB. As consultas podem ser feitas tanto física quanto virtualmente. Por meio de um sistema de busca com várias opções de refinamento de pesquisa, o interessado tem acesso a todas as informações produzidas ao longo do tempo tanto pela unidade nacional, quanto por suas unidades estaduais.
A Biblioteca Brasileira do Cooperativismo estimula, ainda, uma maior interação entre o cidadão e o movimento cooperativista, pois permite que, além de poder assistir a um vídeo, por exemplo, o internauta opte por reservar um exemplar físico, a ser lido nas dependências do Sistema OCB. (Fonte: Assimp Sistema OCB/RJ)
Evento começou hoje, em Belo Horizonte, e contou com a participação do movimento cooperativista brasileiro
Brasília (24/9) – O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, participou hoje no início da tarde da abertura da terceira edição da Semana Internacional do Café, que ocorre em Belo Horizonte (MG). Ele ressaltou a importância da cooperação nos tempos atuais. "Estamos vivendo um momento de muitas preocupações e a única certeza que temos é das atitudes que podemos tomar. Temos de juntar capital social para superar toda e qualquer dificuldade e é por isso que convido vocês para vivenciar o cooperativismo, desde a sua essência até sua prática", reforça o presidente.
A Semana Internacional do Café (SIC) é realizada pela Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (FAEMG), pelo Sebrae, pela Café Editora e pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura e recebe o apoio do Sistema OCB, Sistema Ocemg e Sicoob Crediminas.
NÚMEROS – O presidente Márcio Freitas destacou, também, a importância da organização da cadeia produtiva em cooperativas, permitindo ao produtor brasileiro receber, em média, mais de 85% do preço da exportação do café, um recorde mundial. Segundo ele, essa organização, “provê condições econômicas mínimas à adoção de práticas para uma produção sustentável e de qualidade, tanto é que segundo o IBGE, 48% da produção cafeeira nacional passa pelas cooperativas.”
Atualmente, o Brasil responde por 35% da produção global de café mundial. Também ocupa lugar de destaque no ranking mundial de consumo. É o segundo colocado. Em 2014, as vendas ao exterior registraram mais de 8 milhões de sacas, segundo informações do Conselho dos Exportadores do Brasil (Cecafé).
ABERTURA – Além do presidente do Sistema OCB, também compuseram a mesa de abertura: o presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato, que falou sobre o orgulho dos mineiros em sediar o encontro, deixando um pedido aos presentes: "Sejam cooperativistas! A cooperação enriquece nossa vida".
Caio Alonso Fontes, diretor de planejamento da Café Editora, agradeceu as parcerias feitas para a concretização da 3ª Semana Internacional do Café. "Sem o apoio de vocês, não seria possível realizar esse evento"; e o presidente da Faemg, Roberto Simões. Segundo ele, Minas Gerais é sinônimo de café. "Parece que ele já faz parte da alma mineira, pois em todo lugar que você vai tem um cafezinho pronto, te esperando. E talvez seja por isso que o estado é o maior produtor do grão".
A SIC é uma das principais ações de promoção do café tanto de Minas Gerais quanto do Brasil e seu objetivo é desenvolver o mercado brasileiro, divulgando a qualidade dos cafés nacionais para o mercado interno e para os países compradores, além de potencializar ao máximo o resultado econômico e social desse setor.
CAFÉ E COOPERATIVISMO – O Sistema OCB conta atualmente com 102 cooperativas operando com café. Deste total, 50 se dedicam exclusivamente à produção do grão. Essas cooperativas estão presentes em oito estados: MG, ES, SP, PR, BA, GO, RJ e RO. Das cooperativas cadastradas no sistema, que trabalham com café, aproximadamente 58% estão em Minas Gerais e 14% no ES.
Vantagens do cooperativismo para o produtor
- Agregação de valor ao produto;
- Economia de escala;
- Acesso a diferentes mercados, independente do tamanho da produção;
- Prestação de serviços, desde assistência técnica, classificação, comercialização, crédito, repasses de políticas públicas etc;
- Defesa dos interesses - por meio das unidades estaduais do Sistema OCB;
- Benefício social - está no DNA do movimento cooperativista, desde seus princípios, gestão democrática, participação econômica dos membros, educação e formação.
PROGRAMAÇÃO – Entre os destaques da programação está o Espaço Café Brasil, que traz em sua 10ª edição uma ampla plataforma de negócios. Já para os milhares de apreciadores e apaixonados por este grão, a Semana Internacional do Café é a oportunidade perfeita para aprimorar o paladar e conhecer as últimas novidades e tendências do mercado.
“Quem passar pela SIC vai absorver dicas de harmonizações, conhecer novos cafés que serão servidos por baristas de todo Brasil, participar de palestras ministradas por nomes de peso do setor cafeeiro nacional e internacional, e viajar pelos sabores e aromas da feira”, ressalta Caio Alonso Fontes, diretor da Café Editora.
Outro destaque é o DNA Café 2015, que realiza encontros, em formato de mesa redonda, com representantes de diversos setores do café. Também fazem parte da agenda do evento, entre outros eventos simultâneos, o Fórum da Agricultura Sustentável, Reuniões do Educampo Café, Espaço Café+Forte, Sala de Cupping & Negócios, Coffee of the Year Brasil e o Encontro IWCA Brasil – Aliança Internacional das Mulheres do Café do Brasil. Haverá também a participação de profissionais de vários países, que apresentam conteúdos relevantes em áreas como cultivo, certificação, torra, cafeterias, tendências e negócios.
SERVIÇO
Semana Internacional do Café
Data: 15 a 18 de setembro
Local: Expominas – Av. Amazonas, 6200 - Gameleira, Belo Horizonte – MG.
Informações/Inscrições: www.semanainternacionaldocafe.com.br.
Brasília (24/9) – Municípios ou consórcios intermunicipais que atuam com práticas de inclusão socioeconômica de catadores de materiais recicláveis podem se candidatar até o dia 1º de novembro, na terceira edição do Prêmio Cidade Pró-Catador. A iniciativa é promovida pela Secretaria-Geral da Presidência da República e pela Fundação Banco do Brasil (FBB), em parceria com o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Para que as cooperativas de catadores de materiais recicláveis tenham a chance de participar é necessário que a prefeitura do município em que atuam proceda à inscrição. Para o Sistema OCB, essa participação visa o estreitamento dos laços entre cooperativas e poder público municipal, e ao estímulo à publicidade de boas práticas em prol do desenvolvimento tanto do meio ambiente quanto das pessoas.
Serão quatro categorias de premiação conforme a estimativa da população municipal. Os critérios para a seleção são: inclusão socioeconômica dos catadores, sustentabilidade, caráter inovador, replicabilidade, impacto no público-alvo, integração com outras políticas, participação da comunidade, existência de parcerias e escopo do projeto.
PREMIAÇÃO – As iniciativas vencedoras devem apresentar uma proposta de investimento social à Fundação BB, no valor de até R$ 120 mil, por meio de projeto da prefeitura, cooperativa ou associação de catadores participantes da iniciativa. O recurso poderá ser utilizado tanto para o desenvolvimento de algum programa a ser implementado ou até mesmo para o fortalecimento de ações que já são executadas.
SUCESSO - O termo de cooperação para validação do edital foi assinado no dia 21/9 pelo ministro Miguel Rossetto (SG) e pelo presidente da FBB, José Caetano Minchillo. A premiação, segundo o ministro, é uma homenagem às experiências que dão certo e que demonstram a viabilidade de associar políticas de qualidade ambiental com inclusão social: “a terceira etapa do prêmio mostra o quanto avançamos e consolidamos as boas práticas que estimulam a geração de emprego e renda, dignidade e a organização social de catadoras e catadores. O Prêmio Cidade Pró-Catador representa o avanço na Política Nacional de Resíduos Sólidos do país”, avalia Rosseto.
CONHEÇA O PRÊMIO – A primeira edição do Prêmio Cidade Pró-Catador foi lançada em setembro de 2013 e contou com inscrição de 63 municípios, dos quais 10 foram selecionados na primeira etapa. As iniciativas foram avaliadas in loco por uma comissão de técnicos do governo federal, que escolheu as quatro que mais se destacaram no desenvolvimento de políticas públicas junto aos catadores de materiais recicláveis – Arroio Grande (RS), Bonito de Santa Fé (PB), Crateús (CE) e Ourinhos (SP).
A segunda edição do Prêmio Cidade Pró-Catador teve como público alvo municípios ou consórcios intermunicipais. Foram mais de 80 inscrições em quatro categorias, definidas conforme o tamanho dos municípios, com 12 cidades selecionadas para avaliação in loco e quatro iniciativas vencedoras – Londrina (PR), Santa Cruz do Sul (RS), Manhumirim (MG) e Brazópolis (MG). As iniciativas contempladas receberam como prêmio a possibilidade de apoio a um projeto para aperfeiçoarem suas experiências de inclusão social e econômica de catadores de materiais recicláveis. (Fonte: Secretaria-Geral da presidência da República)
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Edital
Formulário
Camaçari (24/9) – As cooperativas legais são peças-chave para as estratégias de desenvolvimento local na Bahia. Essa foi a principal mensagem que o presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado da Bahia – OCEB, Cergio Tecchio, levou a mais de duzentos prefeitos baianos presentes ao 4º Encontro de Prefeitos da Bahia, promovido pela União dos Municípios da Bahia (UPB), no último dia 19/9, em Camaçari (BA).
O evento foi realizado com a participação de diversos órgãos públicos e instituições da sociedade civil, envolvidas no debate sobre a situação dos municípios baianos e suas alternativas para alcançar o desenvolvimento sustentável.
Integrando um painel ao lado do Sebrae, da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do governo do estado e da Universidade Federal da Bahia, o Sistema OCEB deu a sua contribuição relatando as formas pelas quais as cooperativas legais mobilizam as potencialidades econômicas das regiões e retém a riqueza gerada pelos cidadãos do município a partir de seus saberes e fazeres.
Dentre outras coisas, Cergio Tecchio deu exemplos de vários setores onde o cooperativismo legal contribui efetivamente para melhorar a qualidade da vida das pessoas e, ao final, propôs aos prefeitos o incentivo à organização do povo em forma de cooperativas para superar as dificuldades e multiplicar as oportunidades: “Por meio do empreendedorismo cooperativo e coletivo, possibilitamos a geração de renda, receita e qualidade de vida para as pessoas em cada município e em cada território”, acrescentou o presidente. (Fonte: Assimp Sistema OCEB)
Rio de Janeiro (24/9) - A troca de experiências para o Ramo Habitacional foi o mote de um encontro promovido por representantes de cooperativas do Brasil e Portugal. Cooperativistas de Brasília, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro estiveram com integrantes da comitiva lusitana, composta pelo presidente da Federação Nacional das Cooperativas Habitacionais Econômicas (Fenache) Guilherme Vilaverde, também presidente da Cooperativa Sete Bicas
A reunião contou também com a participação de Antônio Correia Pinto e Antônio Carlos Coelho, conselheiro e assessor da federação, respectivamente. O objetivo do encontro foi compartilhar ideias e agregar valores que são referências nas demais localidades.
Pelo Rio de Janeiro, participaram da reunião o presidente do Sistema OCB/RJ, Marcos Diaz, e o representante estadual do Ramo Habitacional junto ao Sistema OCB e assessor da cooperativa Chave Real, Afonso de Souza Filho.
O representante de Brasília foi o diretor administrativo e financeiro da Confederação das Cooperativas Habitacionais do Brasil (CONFHAB), Francisco de Assis Costa, e, pelo Rio Grande do Norte, o presidente de honra da CONFHAB, Jaime Calado Pereira dos Santos.
Para Afonso de Souza Filho, o evento foi satisfatório, os representantes dos dois países puderam conhecer as experiências já realizadas. “Os cooperativistas de Portugal e do Rio Grande do Norte trouxeram experiências e nos passaram como se dá a sustentabilidade das cooperativas. Nos ensinaram caminhos de como conseguir renda, deixando uma parte dos empreendimentos para a cooperativa. Eles incluem, por exemplo, no custo de um imóvel, uma sala para as cooperativas”, comentou.
O representante do ramo habitacional no Rio de Janeiro afirmou que o grande problema das cooperativas habitacionais são a sustentabilidade e o financiamento. “A partir do que vimos no encontro, vamos trabalhar para melhorar a sustentabilidade e criar alternativas para que as cooperativas continuem existindo”, comentou.
Outro encontro entre as comitivas já está sendo planejado. A proposta é que ocorra no mês de outubro, em Brasília, em data a ser definida. (Fonte: Assimp Sistema OCB/RJ)
Porto Alegre (23/9) – O governador José Ivo Sartori recebeu uma comitiva do Ministério da Agricultura e Alimentação da Alemanha, liderada pelo vice-ministro, Robert Kloss e representantes da DGRV (Central de Cooperativas da Alemanha). A audiência ocorreu na tarde do dia 18/9, no Palácio Piratini, na capital Porto Alegre.
Os alemães estão no Brasil para uma missão oficial que inclui o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul. Como principal aspecto a ser ressaltado da agenda no Palácio Piratini, está o convite do Ministério da Agricultura da Alemanha para uma visita oficial do governo gaúcho ao país em 2016.
O Sescoop/RS possui um acordo de cooperação bilateral com o país europeu que visa, entre outros, aproximar as experiências de sucesso das cooperativas agropecuárias alemãs. O governador Sartori ressaltou as relações solidificadas dos gaúchos com a Alemanha, em especial com as cooperativas gaúchas. Agradeceu a visita da comitiva alemã e disse que o governo estadual, através dos secretários presentes e com a parceria das cooperativas, irá organizar uma missão oficial para a Alemanha.
Robert Kloss elogiou a agricultura do Rio Grande do Sul, e realizou o convite para que uma missão do governo estadual e das cooperativas gaúchas visite a Alemanha nos próximos meses, quando fez uma referência a Semana Verde de Berlim, com sua próxima edição em janeiro de 2016. Disse ainda que o roteiro poderá incluir a visita a cooperativas de carnes, lácteos e de crédito.
Kloss disse ainda que “pelas informações que recebemos deste Estado, a solidificação das cooperativas no sul do país é fruto do trabalho conjunto de seus associados, muitos deles imigrantes alemães, e que são sinônimo de sucesso”, observou.
O presidente do Sistema Ocergs, Vergilio Perius, que foi convidado pelo governo a integrar os serviços preparatórios à visitação, salientou a importância do fortalecimento das relações internacionais, e disse que o cooperativismo poderá contribuir nesse aspecto, ao estabelecer mais relações comerciais com a Alemanha.
Acompanharam o governador na agenda os secretários de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo, Tarcísio Minetto, de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco e o secretário substituto da Agricultura, André Petry, o cônsul geral da Alemanha em Porto Alegre, Stefan Traumann e o deputado estadual João Fischer, além dos diretores da Ocergs e presidentes de cooperativas Margaret Garcia da Cunha e Valdir Feller. (Fonte: Assimp Sistema Ocergs)
Brasília (23/9) – A Agência Nacional de Saúde (ANS) divulgou o raio X das cerca de 1,2 mil operadoras de planos de saúde, cooperativas ou não, resultado do programa de Qualificação das Operadoras 2015 – ano base 2014. E as cooperativas foram muito bem na avaliação, repetindo o sucesso do ano passado. Dos 10 maiores Índices de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS), três são do Sistema Unimed e três do Sistema Uniodonto.
A divulgação tem o objetivo de conferir maior transparência, facilitar a escolha do consumidor sobre o plano que irá contratar ou possibilitar que ele cobre pelos serviços já contratados. O Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) é conhecido como a ‘nota’ das operadoras, variando de zero a 1.
O índice considera os dados disponíveis nos sistemas da ANS para análise em quatro dimensões: Atenção à Saúde (que tem o maior peso, com 40% do valor de avaliação); Econômico-Financeira (20%); Estrutura e Operação (20%); e Satisfação dos Beneficiários (20%).
A média do IDSS das cooperativas médicas foi 0,787, rendimento superior quando comparado as demais operadoras médicas (autogestão, medicina de grupo, filantropia e seguradora especializada em saúde), que tiveram média de 0,688.
A diferença entre a média das cooperativas odontológicas e das operadoras classificadas como odontologia de grupo foi ainda maior: 0,789 das cooperativas contra 0,642 das demais operadoras odontológicas.
Este bom desempenho reflete o trabalho desenvolvido pelas cooperativas, que correspondem a 30% das operadoras em atividade no Brasil e que em 2014 movimentaram mais de 50 bilhões de reais. Atualmente, cerca de 24 milhões de pessoas são usuárias de planos ofertados por cooperativas médicas e odontológicas.
Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, o sucesso do cooperativismo de saúde se deve à forte aceitação na sociedade, postura socialmente responsável, maior remuneração e valorização dos profissionais da área, modelo de referência na prevenção e no atendimento à saúde, difusão de valores e princípios cooperativistas e solidariedade.
Ranking | Razão Social | IDSS (Base 2014) |
1º | UNIMED VALE DO CARANGOLA COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO LTDA | 0,97750 |
2º | ASSOCIAÇÃO POLICIAL DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE DE PRESIDENTE VENCESLAU | 0,97720 |
3º | UNIODONTO DE UBERABA - COOPERATIVA DE TRABALHO ODONTOLÓGICO | 0,95860 |
4º | UNIMED PALMEIRA DOS ÍNDIOS COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO | 0,95380 |
5º | UNIODONTO/RN - COOPERATIVA ODONTOLOGICA DO RIO GRANDE DO NORTE | 0,94830 |
6º | UNIODONTO DE RORAIMA - COOPERATIVA DE TRABALHO ODONTOLÓGICO | 0,93970 |
7º | FUNDAÇÃO SANEPAR DE ASSISTÊNCIA SOCIAL | 0,93910 |
8º | ASSOCIAÇÃO PRÓ-SAÚDE | 0,93570 |
9º | UNIMED SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO | 0,93570 |
10º | ASSOCIAÇÃO POLICIAL DE ASSISTENCIA À SAUDE DE SAO JOAO DA BOA VISTA | 0,93540 |
Confira os detalhes, clicando aqui.
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Sucessão familiar na atividade agropecuária: questão vital para a economia do país
Brasília (23/9) – A sucessão familiar na propriedade rural é um tema que tem demandado muito da atenção de todos os componentes do setor produtivo brasileiro. Por isso, o Sistema OCB, a Embrapa Gado de Leite e a Federação Pan-Americana de Produtores de Leite (Fepale) têm unido forças para trabalhar a questão e assegurar o futuro da agropecuária.
Uma das ações desenvolvidas é o Encontro Pan-Americano de Jovens Produtores de Leite, que discute com os próprios jovens sua permanência na propriedade. São apresentadas, aos participantes, questões como novas tecnologias disponíveis, financiamentos, pesquisas, vantagens e possibilidades e estímulos à continuidade da produtividade agropecuária.
O evento já teve duas edições: a primeira, no Uruguai e, a outra, na semana passada, no Brasil. A sucessão familiar foi o tema de um dos painéis do Encontro realizado na cidade de Juiz de Fora (MG), que contou com a participação de mais de 200 jovens de diversos países da América Latina. Um dos palestrantes foi o pesquisador e consultor na área de gestão empresarial, com foco na sucessão na agricultura familiar, Lucildo Ahlert. Para ele, os pais precisam tomar conhecimento da intenção dos filhos, incentivando-os desde cedo à continuarem a produção agropecuária. Confira.
Quais os desafios para a sucessão familiar na propriedade rural?
Lucildo Ahlert – Inicialmente, a questão passa pelo entendimento dos pais em preparar um sucessor. Eles não se dão conta, pelas atividades intensas que têm, da urgente necessidade que isso demanda, e aí a questão passa batida. Geralmente, essa preocupação só ocorria quando os filhos se casavam, por volta dos 18 anos. Aí os pais sabiam que precisam ajuda-los a terem uma propriedade.
Hoje em dia, isso é muito diferente, pois os filhos – se se casam, casam mais tarde – têm outro caminho: vão à escola, buscam formação profissional, etc. Então, os pais se preocupam basicamente em ajudar os jovens a buscar essa educação na cidade e, assim, continuam na atividade rural.
Falta inserir os filhos no negócio. Os pais não estão habituados a isso. Consideram-nos dependentes até que se casam e partem.
Por sua vez, os filhos querem sua independência financeira e têm um projeto de vida e os pais precisam dialogar e tentar entender esse desejo de vida futura. Eles necessitam conhecer esses projetos e trabalhar para que os filhos que têm a vontade de dar continuidade às atividades rurais, comecem desde cedo a ser estimulados a lidar com a realidade do campo.
E uma porta de entrada é a participação do filho na gestão da propriedade, até porque os jovens de hoje em dia têm muito mais habilidade em utilizar as novas tecnologias em seu favor. Eles podem, por exemplo, inserir os dados da realidade da fazenda em programas específicos e, assim, obter informações de qualidade e que podem ajudar na tomada de decisões, a melhorar a produtividade e ampliar o acesso a mercados.
O senhor acredita que as famílias, por falta de informação ou até preconceito, estimulando pouco a permanência do jovem na atividade rural?
Lucildo Ahlert – Os pais por não terem informações de qualidade sobre o quanto sua atividade rural significa realmente, têm muito mais uma visão das incertezas do negócio do que das possibilidades viáveis. Neste caso, por não enxergar o que faz, os pais empurram os filhos para as cidades. Mas a grande questão é que os pais também desconhecem as dificuldades da cidade e isso é muito sério.
Quando o filho começa a utilizar as novas tecnologias para obter informações sobre a propriedade, é possível ver o quanto a atividade rural familiar é rentável. Isso é visão de negócio. Até porque a propriedade já está formada, a cadeia de clientes já existe e até há, de certa forma, uma sustentabilidade do negócio. Ao passo que, na cidade, o filho deverá começar do início a sua vida profissional, o que também não é fácil, sem mencionar todos os aspectos que envolvem a zona urbana.
O jovem precisa se sentir parte da engrenagem que sustenta o país. E a agropecuária Tem movido a economia brasileira, especialmente em momentos de crise, como este pelo qual passamos no momento.
Qual a importância da sucessão na propriedade rural para o país?
Lucildo Ahlert – Eu diria que a sucessão precisa ocorrer mais e mais cedo, porque hoje existe uma necessidade de investimentos pesados a cada momento, em função das demandas do mercado e do surgimento de novas tecnologias. Quando uma propriedade não tem sucessão, pode continuar até certo ponto, enquanto os pais conseguem trabalhar, mas com o tempo, o investimento diminui e isso que causa uma redução na capacidade produtiva.
Tenho visto alguns casos em que os avós passam a propriedade para os netos, ocorre que o custo disso é alto demais, até que o neto torne-a produtiva novamente. No Brasil, o cidadão pode comprar uma casa, financiando-a em 30 anos, mas na hora de contratar um investimento para organizar a propriedade, o tempo máximo é de 10 anos. Na Alemanha os bancos já perceberam que isso é uma realidade e, por isso, concedem empréstimos de até 25 anos.
Há bons exemplos de como inserir os jovens na propriedade rural?
Lucildo Ahlert – Sim. Estamos trabalhando com duas cooperativas, onde focamos na formação de jovens. Alguns deles até fazem curso superior, mas as faculdades são muito genéricas e seus cursos não são tão aplicáveis à propriedade rural. Então, atuamos neste gap, assim o jovem tem um ensino baseado na teoria e na prática.
A primeira coisa que fazemos é um balanço da propriedade. Isso gera uma novidade, tanto para os filhos quanto para os pais, quando eles percebem o valor de capital da propriedade, muitas vezes maior do que o de empresas na cidade.
Então os filhos começam a mudar os conceitos e a controlar os custos. Por exemplo, na produção de leite, ele passa a saber quanto custa produzir um litro e qual o lucro que ele pode obter com isso. Aprendem a fazer projetos, buscando soluções práticas para cada situação. Estes projetos podem prever, inclusive, a participação nos lucros. É uma forma de, aos poucos, inserir o jovem no negócio. Assim, o filho vai obtendo conhecimento e começa a falar de igual pra igual com o pai, participando cada vez mais da gestão da propriedade.